sexta-feira, dezembro 31, 2004
Feliz Ano Novo
quinta-feira, dezembro 30, 2004
Primeira impressão
Se há défice de democracia nos Estados Unidos evidenciados pelo desenrolar das eleições Norte-Americanas e pelo desrespeito pelas minorias étnicas, por outro lado existe, nos Estados Unidos, algo que dá maior vitalidade democrática. A quantidade de movimentos cÃvicos, dos vários quadrantes, em prol da reivindicação de direitos que são negados a várias camadas sociais da população Norte-Americana, são, sem dúvida, o pequeno detalhe que faz a diferença entre os Estados unidos e a Europa. Qualquer das vias, isto, só não é suficiente para que nos possamos esquecer da violação, reiterada, de vários Direitos Humanos naquele paÃs, ou, a violação dos Direitos Humanos que aquele paÃs comete noutros paÃses. Agora vejamos a imaculada Europa e o que foi em tempos e no que se está a tornar actualmente, atendendo aos últimos desenvolvimentos do que é e foi a polÃtica externa Europeia, bem como, algumas medidas que alguns paÃses europeus têm tomado. Se até há bem pouco tempo a generalidade dos paÃses europeus era reconhecida pelo sistema de Segurança Social, com os paÃses escandinavos a encabeçar a lista dos paÃses com maior desenvolvimento a este nÃvel, isto, actualmente tem vindo a ser delapidado e os sistemas de Segurança Social dos vários paÃses europeus tem vindo a ser reduzido significativamente, quase sem excepção. As polÃticas neo-liberiais dos vários governos europeus, tendo os Estados Unidos como exemplo, têm vindo a implementar um sistema, cada vez mais, idêntico ao dos Estados Unidos com todas as desvantagens que este sistema traz. NotÃcias como as que vêem de Itália, indicando que o governo Italiano pretende deslocar os reclusos estrangeiros das cadeias italianas para os paÃses de origem dos reclusos por esta via ser mais vantajosa financeiramente, é um pequeno passo para a instauração de um espÃrito neo-liberalista igual, ou pior logo se verá, aos dos Estados Unidos. Não podemos esquecer que, a ideia de deslocação de reclusos para os paÃses de origem, mesmo que financiando os estabelecimentos prisionais dos respectivos paÃses, é, na sua essência, a mercantilização do sistema prisional. Nos Estados Unidos onde o sistema prisional é privado e representa milhões de dólares para as entidades que os exploram, há necessidade de “clientesâ€� a toda a hora em prejuÃzo de um sistema judicial justo e não discriminatório para as minorias étnicas. Será isto que pretendemos que se torne a Europa? Estes pequenos detalhes fazem-me pensar, seriamente, acerca da validade da afirmação que despoletou este post. Afirmar que há mais democracia nos Estados Unidos em comparação com a Europa, parece-me cada vez mais que terá validade atendendo no que a Europa se está a tornar com todo este neo-liberalismo injectado em doses industriais. Qualquer das vias, o mais equilibrado será afirmar o seguinte: Nos Estados Unidos haverá mais democracia em comparação com o que a Europa se está a tornar.
quarta-feira, dezembro 29, 2004
Mediante as circunstâncias
Quantos aos bons momentos que ocorreram, proponho-me a a desfrutá-los mais tarde.
terça-feira, dezembro 28, 2004
O ano acaba mas ainda há tempo para asneiradas
Vivemos actualmente num perÃodo conturbado em que a economia europeia está literalmente de rastos. O que terá na origem deste problema económico europeu? Os custos excessivos e extraordinários que os Estados Unidos empregam com a guerra no Iraque produzem uma depreciação do valor do dólar por este estar a ser utilizado para custear a Guerra do Iraque. Ora, nisto vem um pacto de Estabilidade e uma polÃtica externa europeia que vai no sentido de não pressionar em demasia o governo Norte-Americano na retirada das tropas Norte-americanas do Iraque. Estamos, actualmente, a restringir a economia europeia, provocando desemprego, para que os défices orçamentais dos paÃses membros permaneçam baixos e consequentemente, o Euro veja a sua cotação o mais baixa possÃvel mediante as circunstâncias actuais. Sem querer estamos também a auxiliar o esforço de guerra Norte-Americano.
A dependência que, a meu ver é subserviência, da União Europeia aos Estados Unidos está a produzir efeitos que conduziram a Turquia a candidata à adesão. Não me oponho pelo facto de a Turquia ser um paÃs islâmico mas sim pelo facto de esta ser candidata por pressão exercida pelos Estados Unidos à União Europeia. Não me posso esquecer da questão dos Curdos, da pena de morte, da violação dos Direitos Humanos nas cadeias da Turquia, da questão de Chipre entre outras antes sequer de considerar a Turquia como candidata. Pessoalmente não quero a Turquia na União Europeia, muito antes disso, queria antes a Arménia e até mesmo a Geórgia na União Europeia já para não falar nos restantes paÃses de Leste europeus.
Por cá o combate ao défice vai-se fazendo de uma forma desastrosa e irresponsável. Fernando Negrão, Ministro da Segurança Social, ou melhor, ministro da (des)segurança social, não vai efectuar o pagamento do subsÃdio de doença e de desemprego no dia 29 do corrente mês. Desta forma, vai ser possÃvel passar alguns milhões de euros de custos para o ano seguinte e, consequentemente, para o próximo governo. É vergonhoso e escandaloso a ausência de substância vertebral deste (des) governo. Desta forma, e nunca querendo ser pessimista, o próximo ano está a prever-se difÃcil mas esperemos que se consiga superar e emendar as asneiras até agora cometidas.
segunda-feira, dezembro 27, 2004
Na ressaca do Natal
quinta-feira, dezembro 23, 2004
Prendas de Natal
Fica aqui então um desejo de um Bom Natal para todos vós e encontramo-nos na próxima semana, mais gordos com os doces de natal concerteza, mas mais felizes devido à quadra natalÃcia.
quarta-feira, dezembro 22, 2004
Não custava nada
Parábola
"Um homem encontra-se no quintal de sua casa e arremessa pedras para a rua. Nisto, o homem, vê um vizinho seu a sair para a rua e a tropeçar numa das muitas pedras que este arremessou. O vizinho, magoa-se com a queda e nisto, o homem que estava a arremessar as pedras para a rua, saà a correr de sua casa em socorro do seu vizinho. Ao ir em auxÃlio do seu vizinho, também este tropeça numa das muitas pedras que ele próprio arremessou para a rua e magoa-se também."
Qual é a moral desta história ?
Entrevistas
Muitos já foram entrevistados para um emprego a que concorreram. Do outro lado, encontraram um indivÃduo a colocar questões, por vezes, algo estranhas. Eu fui um desses indivÃduos, ou seja, um entrevistador. Durante 3 anos percorri Portugal de lés a lés a fazer entrevistas a candidatos a um emprego. Foi, sem dúvida, uma experiência muito gratificante para mim apesar dos senãos que esta profissão tem. Falei com milhares de pessoas e colhi as impressões, possÃveis, que uma entrevista de 30 a 60 minutos poderá oferecer. No entanto, conheci muitos outros colegas de profissão, na altura, e apercebi-me do lado menos bom da profissão. Fiquei impressionado com um certo prazer, quase sórdido, de alguns colegas meus em “entalaremâ€� os candidatos com questões que, por vezes, fugiam um pouco do âmbito daquilo que se pretendia fazer. Sempre encarei uma entrevista com todo o respeito que o acto merece e também, não podemos esquecer, o respeito que qualquer pessoa merece. Incoerências são muito fáceis de encontrar em qualquer pessoa, e é fácil também, chegar a um ponto em que fazes com que um entrevistado(a) fique encurralado(a). No entanto, o que se consegue aferir disso? Pouco, muito pouco, apenas que o entrevistador(a) é um(a) idiota. Outro aspecto que me marcou e que, de certa forma, fez com que eu colocasse de lado, por uns tempos, o recrutamento e selecção de pessoal tem a ver com o acesso que certas pessoas têm a dados recolhidos nas entrevistas.
Outro aspecto que contra o qual eu me insurgo é o preconceito. Muitos entrevistadores procuram candidatos à sua imagem e semelhança e dessa forma, passam ao lado de bons profissionais por causa disso. Uma vez entrevistei um indivÃduo para programador de software vestido estilo Dead Kennedys e os respectivos brincos e tachas e sei lá mais o quê. Se eu fosse entrar no preconceito básico de outros entrevistadores, teria passado ao lado de um grande profissional, dos melhores de Portugal.
terça-feira, dezembro 21, 2004
Flash
* expressão idiomática que significa criança e que não tem a versão em feminino, o que não deixa de ser estranho pois lembro-me das conversas da minha mãe e da minha avó a falarem do tempo em que eram cachopo.
segunda-feira, dezembro 20, 2004
Rasteiro
Sem querer generalizar, desde o tempo do liceu que criei muita resistência ao protótipo do laranjinha. Sempre achei esse tipo de pessoa muito distante de mim por dar ênfase a aspectos da vida que a mim não fazem muito sentido. Sempre os tive como indivÃduos que prezam muito a criação de uma imagem que, na maior parte dos casos, é distante da real imagem deles. Sempre me fez confusão a uniformização das pessoas, ou seja, todos vestirem um mesmo tipo de vestuário para identificação de um grupo qualquer. Actualmente, o protótipo dos laranjinhas de cabelo nos olhos, fralda de fora e sapatinho de vela faz-me confusão pelo manifesto mau gosto no corte de cabelo e vestuário, já para não falar no pormenor que é o facto de, numa multidão, quase não se conseguir distinguir uns dos outros. Para quando o despertar dessa gente para aquilo que é óbvio? Têm que ganhar a vida e lutar por ela. Esquemas já não podem dar mais.
Um amigo meu referia num dia destes um aspecto interessante acerca da polÃtica nacional. O visual dos nossos polÃticos, em especial, daqueles que ocupam, até Fevereiro pelo menos, o poder. Aonde é que já se viu um fato azul-escuro com gravata amarela e camisa azul com gola amarela? Não têm olhos na cara? Que polÃticos cinzentões que nós temos.
Outro aspecto que me faz gostar cada vez menos destes tipos da Direita é a peseudo-especialização que estes reclamam possuÃr para poderem tomar as decisões sem arcar com as consequências.
Governo de Direita? Adeus ou vai-te embora!
domingo, dezembro 19, 2004
Oratória soufflé com pronúncia nasalada
Lisboa é uma cidade enorme e com encantos e surpresas a cada esquina e em cada rosto que passa. É pena que, durante este tempo todo, se tenha permitido associar à ideia de Lisboa as tias e tios de bem. É desprestigiante e calunioso reduzir Lisboa a tais personagens mas, pessoalmente, não me consigo abstrair dessa imagem mental que me é veiculada com uma classe polÃtica dominada por Lisboa e que personifica esse mal. DaÃ, quando me perguntam qual a minha zona favorita de Lisboa eu responda sempre que é aquela zona que tem uma placa azul lindÃssima a dizer " A1 Norte - Porto" não que eu seja do Porto e aliás até gosto da cidade do Porto.
Voltando ao discurso do Santana Lopes, não deixei de observar o quanto a polÃtica pode ser porca quando praticada por gente muito pouco séria, como é exemplo Santana Lopes. Espero sinceramente que, nas próximas eleições, muitoas pseudo-polÃticos da treta decidam finalmente que é tempo para fazer uma reorientação profissional. Proponho que Santana Lopes inicie uma carreira como colunista da imprensa cor de rosa ( mal empregue a flor que não tem culpa nenhuma). Por fim, volto a frisar que, o que disse acerca de Lisboa não excluà os manifestos encantos que a cidade guarda a quem a visita. É claro que, uma visita a Lisboa, não deve ser muito mais longa que um dia. Quando lá tenho que ir fico sempre com a sensação que fico com uma moca de tubo de escape, a cidade está muito poluÃda e fumarenta.
P.S: Muitos Lisboetas julgam falar o Português padrão mas, devo alertar-vos, que os Lisboetas têm uma pronúncia acentuada. PortuguÊs padrão falo eu carago!
sábado, dezembro 18, 2004
Natal
Não pretendo tirar a magia ao natal, até porque, e apesar de algum desvirtuamento congénito que este possuÃ, o natal tem a sua magia por mais que não seja para as crianças. Gosto moderadamente do natal por ser uma altura do ano propÃcia ao juntar do clã oliveirinha, de resto, passo um pouco ao lado da festa de anos do menino jesus. Qualquer das vias, na noite de natal eu desligo sempre o exaustor, não vá o diabo tecê-las.
FELIZ NATAL ! MERRY XMAS! FELIZ NAVIDAD! e etc e etc.....
sexta-feira, dezembro 17, 2004
Filmes
Portugal é um autêntico filão de estrelas de comédia romântica. Imaginem o Filme intitulado " Socorro, a minha madrasta é um extraterrestre" ter, em vez de Dan Ackroid e Kim Basinger, ter Santana Lopes no papel de Dan Akcroid e Paulo Portas no papel de Kim Basinger a extraterrestre no filme?
quinta-feira, dezembro 16, 2004
Vendo bem as coisas
Oliveirinha: Então você já ouviu o que aquele deputado disse na Assembleia Regional da Madeira?
Madeirense: Ouvi e o tipo ele fez muito bem! O que era preciso é que se dissesse o mesmo na Assembleia da República acerca de muitos deputados!
Oliveirinha: Está bem mas lá na Madeira parece-me que a situação é bem pior.
Madeirense: Pior ou melhor o facto é que também cá se passa a mesma coisa ou você não lê os jornais?
Oliveirinha: Pois de facto, por momentos, esqueci-me de quem nos desgovernava e continua a desgovernar até Fevereiro.
Moral da história: Todos fizeram menção às declarações do deputado Madeirense como algo vergonhoso, para mim, tirando um certo impropério desnecessário, o que o deputado Madeirense disse está certo e realmente faz muita falta, por cá, chamarem-se os bois pelos nomes. Oliveirinha dix it!
Suplesse
quarta-feira, dezembro 15, 2004
Borderline
Muitas pessoas pensam que se conhecem bem e que nada de novo, em termos de personalidade, poderá mudar ao longo dos tempos. No entanto, isso não é verdade. Eu, por exemplo, sou um borderline em termos de personalidade e sempre pensei que isso fosse uma caracterÃstica minha e não um sintoma. O facto é que é um transtorno de personalidade e, apesar de não ser grave nem impeditivo, prejudicava-me de certa forma. O Raminhos veio a ajudar-me bastante como um exercÃcio para debelar este transtorno que tenho. Este transtorno como outros são a consequência da sociedade em que vivemos e, infelizmente, cada vez mais frequentes. Ninguém pense que é feito de ferro porque não o é. Eu que estou treinado para detectar estes transtornos de personalidade nunca pensei que pudesse ter este género de transtorno mas, imaginem o que é alguém que detecta isto noutras pessoas aperceber-se que tem isto. Não é muito grave e é relativamente fácil de debelar se enfrentado de frente.
terça-feira, dezembro 14, 2004
A realidade não é opaca
segunda-feira, dezembro 13, 2004
Conversas
Comentar a violência que se pratica ao forçar crianças a assistirem a espectáculos culturais ou, por muito trivial que possa parecer, a bares e cafés a altas horas da noite sem olhar à vontade destas, é interessante mas, chega-se sempre a um ponto em que se tem que mostrar um passaporte. De todos os que participam, ideias e considerações são remetidas à mesa e a anuência é fácil, e depois coloca-se sempre a questão pessoal na matéria. Há ideias acerca do tema que são genéricas e facilmente anuÃveis por todos mas é fácil falar de fora, sem matéria de facto consubstanciada em factos que nos ligam, carne com carne, ao objecto da conversa, as crianças. Muitas foram as ideias, dotas e sábias diga-se, mas no final fica-se sempre com a ideia que bom é aturar os filhos dos outros.
Uma criança é um indivÃduo cuja personalidade se está a formar e, apesar de serem o produto do seio familiar, é também um indivÃduo que irá crescer moldado pelas circunstâncias que o mundo que o rodeia lhe proporciona. No caso que referi anteriormente, ou seja, levar uma criança para um espectáculo cultural realizado de noite apenas porque os pais querem muito ir e julgam que se junta o útil ao agradável mas não é assim. A discussão acerca da violência perpetrada pelos pais aos filhos vai muito mais além da violência fÃsica. Há outras formas de violência perpetrada inconscientemente aos filhos pelos pais, sendo o exemplo dado anteriormente um caso. No entanto, urge sermos um pouco pragmáticos e equacionar a questão da seguinte forma: Até onde é que vai se pode esticar o conceito tradicional de famÃlia evitando formas de violência para as crianças? Aonde é que fica a fronteira?
Dá-me a impressão, cada vez mais, que bom é aturar os filhos dos outros pois aturar os nossos é como aturarmo-nos a nós próprios. Por vezes, inculcamos a noção de liberdade com aquilo a que nós, quando crianças, não tivemos e gostarÃamos de ter tido mas, e a criança, aonde fica esta? Ter filhos exige muito de nós e é imprescindÃvel estarmos bem para connosco para termos todo o êxito, relativo, que é possÃvel ter.
domingo, dezembro 12, 2004
Cultura Dominical
Deixo-vos algumas pérolas da cultura futebolÃstica desse palco que é a primeira divisão distrital:
Baixa os cornos ó boi!!
Tu queres mas é uma xuxa!.....no rabo!
Ó xôr agente vá pedir reforços que isto hoje está a ser um autêntico roubo à mão armada!
Sempre acompanhados pelos eternos e imprescindÃveis elogios à senhora mãe do árbitro é claro. O que ainda se aproveita são as minis e as pevides porque de resto é um autêntico arrail de porrada.
sábado, dezembro 11, 2004
Verdade lá palisse
Outra aspecto que me encheu as medidas foi a valiosa lição que aprendi acerca da corrupção em Portugal. Vale bem a pena pois mesmo que seja detectada, prescreve sempre, e quem a pratica saà ileso. Para mais a Figueira da Foz não se pode queixar porque sempre ficou com umas palmeiras muy xiras por supuesto e que lá fazem muita falta.
sexta-feira, dezembro 10, 2004
Europa
Quando penso acerca da União Europeia, vejo algo muito mais vasto do que a mera associação de vários paÃses unidos por um ideal comunitário. As velhas concepções neo-clássicas de nação diluÃram-se por assim dizer em prol do bem comunitário num plano meramente ideológico. Isso não se verifica no plano prático, pois, o que se verifica é um constante debitar de discursos europeÃstas de Ãndole comunitário e nos bastidores uma praxis polÃtica de mais profundo nacionalismo e interesse umbilical de cada nação que compõe a União Europeia. A questão é tão importante quanto é o referendo que se vai realizar acerca da Constituição Europeia. Sabendo de antemão que, os paÃses mais industrializados e mais populosos, irão, concerteza, continuar com um discurso comunitário e por detrás a efectuar imposições de exigências meramente nacionalistas que irão beneficiar a eles em primeira mão, resta saber, para nós Portugueses, se a questão da maioria qualificada irá beneficiar Portugal e os restantes paÃses mais pequenos e populosos. Volto a questionar a forma como a pergunta do referendo foi colocada. Não concordo com a maioria qualificada, no entanto, concordo com a existência de uma Constituição Europeia. Quanto ao texto da Constituição, tenho sérias reservas quanto a este mas, como tudo na vida ou quase, pode ser emendado.
Uma particularidade da União Europeia que me seduziu foi a possibilidade de se criar um bloco que pudesse fazer frente aos EUA, não que, com isso, pretendesse que a União Europeia tivesse uma posição hegemónica e neo-colonialistas como os EUA têm actualmente. Pretendia que fossemos um barómetro, um ponto de referência e aproveitássemos a imensa cultura europeia, tão impregnada de culturas não-europeias, uma riqueza incalculável, fosse por assim dizer o ponto de referência com as devidas reservas e respeito pela diversidade cultural mundial. Com as movimentações que tenho observado ultimamente, temo, que a União Europeia seja, cada vez mais, um mito. Urge mudar muita coisa na União Europeia.
quarta-feira, dezembro 08, 2004
Inbicta
terça-feira, dezembro 07, 2004
Secreta
Outro aspecto acerca da notÃcia veiculada hoje sobre a substituição do Director, aliás, Directora do SIS por um militar, é o facto de me parecer um pouco estranho, senão oportúno, pela contingência da perda do governo por parte daqueles que ainda, provisóriamente, se mantêm em poder. Que o SIS anda por aà a investigar todos nós sabemos mas o que é que investiga ou quem investiga é que não se sabe. O que se sabe é que o SIS está activo e por todo o lado.
�frica
Devo confessar que me custa ouvir algumas teorias absolutamente idiotas acerca da pretensa natureza guerreira dos povos africanos e da forma como estes parecem não conseguir viver em paz entre eles. Dá-me a impressão que muitas pessoas julgam que os conflitos entre nações africanas dentro de um mesmo paÃs que é a mesma coisa que um pretenso conflito entre alentejanos e algarvios ou entre portistas e benfiquistas. Fomos ensinados a menosprezar a identidade cultural dos povos africanos e a pensar de acordo com a teoria que “fomentavaâ€� a presença dos paÃses europeus em Ã�frica. A ideia que me referi é a de que os africanos precisavam de nós porque eram selvagens e não conheciam a civilização ocidental.
Há uma coisa que sempre me preocupei em seguir na minha vida. Devo viver a história do meu povo tal como ela é, ou seja, tenho que aprender com o que fiz de mal e com o que fiz de bem.
As reacções à dominação, em muitos aspectos, nefasta dos paÃses europeus sobre Ã�frica foi negativa, no entanto, não posso desculpar, nem tolerar ideologias racistas como reacção a outras ideologias racistas. Não posso tolerar ideologia que enalteçe a negritude nem a pureza racial do branco, por quanto, só conheço o OMO, que lava mais branco, como ideal de brancura.
segunda-feira, dezembro 06, 2004
Laranja manhosa
Poderão pensar que estarei a exagerar, pois vos digo que espero bem que sim. Todo o cuidado é pouco neste momento. Não se esqueçam que o eleitorado laranja é idoso, adivinhem lá quem é que foi aumentado.
domingo, dezembro 05, 2004
Campo e a cidade
A cidade, esse campo enorme de flores e árvores de pedra e cimento, têm pessoas pequeninas. Vivem num só dia as quatro estações do ano. São esculpidas pelos elementos. Circulam, correm e são moldadas pelos elementos mas não se apercebem o quão pequeninas são ao lado da floresta de pedra. A primavera é pródiga também na cidade, as pessoas são generosas quando estão em si na primavera.
sábado, dezembro 04, 2004
Pus-me a pensar
Parabéns ao Cacaoccino
sexta-feira, dezembro 03, 2004
Tolerância
É tolerante pois não olha a raça, credo, convicções polÃticas, orientação sexual, sexo nem idade mas mata! Protegam-se do Virus HIV!
Caridade e consumismo
Devo dizer, antes demais, que as obras de caridade são de salutar, como também é de salutar as pessoas que, por um motivo ou outro, prestam o seu trabalho ou auxÃlio a essas obras de caridade. Nem tudo o que luz é ouro, penso eu. A moça que referi anteriormente estava a trabalhar para uma obra de caridade que, através da venda de um cartão de descontos, iria auxiliar quatro instituições. Até aqui tudo bem senão fosse eu ser um tipo um pouco complicado por vezes, confesso. Faz-me um pouco de confusão certas obras de caridade que se aliam a empresas comerciais em que, as empresas comerciais, utilizam, de certa forma, a boa vontade das pessoas em ajudar o próximo para dessa forma angariar clientes. As empresas que aderiram ao cartão, dá-me a impressão, pensaram da seguinte forma: “ Vou queimar alguns impostos e angariar clientes com o engodo do desconto que esse cartão proporcionaâ€� Agora pergunto, nesta perspectiva, aonde está a Caridade? Assim custa-me dar seja lá o que for por causa dessas empresas “caridosasâ€�. Quanto à moça, devo dizer, nada tenho a apontar, a não ser um pequeno detalhe. Quando esta debitava o discurso de uma forma mecanizada, a uma dada altura, só me lembrei daquelas máquinas que dizem: “ crrr crrr soy un iorro sin verguença, day me una moneda! Quiero hablar contigoâ€� a moça que me desculpe mas foi isso que eu me lembrei quando a ouvi a debitar o discurso.
Moral da história, confesso que sou esquisito por vezes e que talvez seja pouco rÃgido com alguns valores e convicções pessoais mas, devo dizer também, o consumismo faz-me impressão, puxa de mim as mais estranhas reacções. Quanto à caridade, dou de bom grado, em dinheiro ou géneros à s Instituições de caridade e não a essas joint-ventures com interesses pouco caridosos de certas empresas.
quinta-feira, dezembro 02, 2004
Desgoverno para a Rua!
Passando para um outro ponto, de suma importância, e que tem a ver com a leitura que faço desta situação em que nos encontramos, devo dizer que fiquei satisfeito com a decisão do presidente da República e com o facto de se aproximar, com as eleições, um momento de levantamento do ânimo geral do paÃs. Esta situação porém traz em anexo outras questões importantes que implicam alguns problemas. O Desgoverno, ainda em funções, fazendo apanágio da sua forma de despolÃtica, fará concerteza ainda muitos estragos até à s eleições. É altura de engordar os sacos azuis antes que seja tarde, e também, inaugurar muitas obras de fachada para as eleições autárquicas e legislativas que se aproximam. Com isto, o futuro governo terá problemas adicionais para governar. A grande expectativa estará no que os partidos a concurso apresentarão ao paÃs. Logo veremos, creio que seja esta a última hipótese para qualquer governo demonstrar que afinal pode-se fazer polÃtica seriamente em Portugal, e que, no fundo, ainda há esperança.
Quanto à actuação Presidente da República, devo dizer que continuo a achar que este errou ao dar o Poder, de uma forma dinástica, a uma coligação descoligante e enferma em projecto e capacidade de governação. Perdemos 4 meses que, infelizmente, se revelaram como se de 4 anos se tratassem.
terça-feira, novembro 30, 2004
Adeusinho!!
Justitia
Descartes dizia que se uma premissa estiver errada, todos os juÃzos subsequentes estarão errados também, apesar de estes poderem parecer encerrar em si uma lógica. Quando um sistema judicial de um qualquer paÃs assenta a sua preponderância na figura de um Juiz e de um delegado do Ministério público, está a pender, sobre a justiça, as premissas de duas figuras. Como os demais, são humanos, têm pensamentos, convicções, incertezas, certezas e razões que os movem, os impelem, para analisar os demais e o mundo que os rodeia. Têm premissas como todos nós e raciocÃnios lógicos também como nós, são falÃveis, como falÃvel é qualquer ser humano. No entanto, um sistema que prevê uma polÃtica de amedrontamento latente de todos os intervenientes do Sistema Judicial, fazendo com que estes mergulhem num mar lunático da tranquilidade, podre, de princÃpios que aos factos nada servem, antes pelo contrário, é romper abruptamente toda e qualquer esperança que depositamos num sistema que preconiza a luta entre o BEM e o MAL. O Sistema mergulha numa espiral em que não se distingue um pólo do outro, está confuso. O BEM pode ser o MAL e vice-versa e o princÃpio do contraditório entra, afinal somos humanos, temos que compreender que poderemos errar.
Nem tudo está mal no Sistema Judicial, este é galante e educado, reconhece os demais notáveis representantes da mais fina Sociedade. A boa sociedade vê aqui a celeridade de um sistema que pune, que anda, que assegura a necessária segurança para prosseguirmos na luta entre o BEM e o MAL. O Sistema vive numa grave depressão, aconselha-se uma higiene do sono eficaz para evitar as alucinações corporativistas que o apoquentam. Deverá fugir das suas secretarias poeirentas que lhe causam sinusite e má disposição, os secretários não são pajens de costas largas para aguentarem a todo custo os impropérios, o Hospital está cheio. Como fase final, aconselha-se uma terapia ocupacional, a actividade far-lhe-á levantar a moral e a auto-estima. O exercÃcio fará maravilhosas melhorias ao seu aspecto que se arrasta.
Devo dizer primeiro que não sou advogado, nem juiz, nem Delegado do Ministério Público e respeito o trabalho dos referidos mas, não desculpo o Sistema Judicial nem o Corporativismo da classe.
segunda-feira, novembro 29, 2004
Middle age crisis
Outro aspecto que têm estes momentos de reencontro é o facto de nós inculcarmos as recordações que temos de pessoas que já não vemos à muito tempo. Regra geral, as pessoas mudam, vão amadurecendo e, infelizmente, vão ficando muito chatas. Estarmos a conversar com pessoal que conhecemos quando éramos crianças, recordando os episódios imemoráveis de mil diabruras e verificar como entretanto ficaram chatos , faz-nos pensar acerca de várias coisas. Claro está que já não faço nem metade das diabruras que fazia quando mais jovem, no entanto, tenho um puto traquinas dentro de mim, é mais forte do que eu confesso.
DVD voador
Na carta de demissão o ministro fala em traição. Será que prometeram um gabinete com DVD e afinal este não tinha?
domingo, novembro 28, 2004
Coerência
sábado, novembro 27, 2004
Noite de Fados
Parecem bandos dji Arara, Ã solta
Os moleques, os moleques....
Tive mais sorte do que juÃzo, parece-me.
sexta-feira, novembro 26, 2004
Emigração
O fenómeno da xenofobia é como que um trigger shot para expiação dos males de um paÃs, ou seja, é mais fácil inculcar as culpas, seja lá do que for, no outro, o desconhecido, do que nos apontarmos na equação. De alguma forma, é humano e animalesco ao mesmo tempo daÃ, atendendo ao facto de estarmos num ponto civilizacional tão avançado, ou pelo menos, presumimos que sim, estes actos, animalescos, já não têm razão de ser. Os emigrantes são uma mais valia para qualquer paÃs se as autoridades desse paÃs souberem tirar proveito disso.
Durante muito tempo foi-nos incutida a noção de paÃs, nação num espaço fÃsico e concreto, estanque. Hoje em dia, com o advento da comunicação, os paÃses são as respectivas culturas e as pessoas que vestem e representam essa cultura, como tal, somos, quer queiramos quer não, cidadãos do mundo.
A cauda da Europa
Esta história de Portugal ocupar a cauda da Europa leva-me a pensar em que animais estavam a pensar quando meteram Portugal na cauda. Será um peixe? Se for um peixe estamos tramados porque de um lado o urso (Rússia) come do outro a águia pega (EUA).
quinta-feira, novembro 25, 2004
Artigo 527
Os Estados Unidos são um contrasenso em termos no que respeita a Democracia, se é que existe mesmo por lá. Concerteza que este artigo foi publicado numa altura, que não a nossa, em que deveria haver o mÃnimo de elegância e até mesmo um interesse em debater projectos polÃticos e ideias base para a governação de um paÃs. Na actualidade, o projecto polÃtico de cada candidato é dispensável, o que interessa, segundo o eleitorado norte-americano, é o candidato e a sua religião.
Parece algo distante mas é importante verificar que, um paÃs como o Estados Unidos, com uma posição global hegemónica, não consegue, nem sabe viver em democracia, havendo até um déficit democrático naquele paÃs. O mais grave é que este tÊm o maior e mais bem apetrechado exército do mundo e andam por aà a dar lições de democracia, aliás, quanto à s lições de democracia, os Estados Unidos, parecem aqueles alunos cábulas que não estudaram para o exame então começam a mandar uns bitaites a ver conseguem que alguém, inadvertidamente, lhes dê algumas pistas para o que querem saber sem perguntar directamente ou admitir que não vêem um boi da questão.
Plano
Eis o plano:
Passo 1: Trocamos a Madeira pela Galiza, têm que levar o Alberto João Jardim .
Passo 2: Os galegos são uma boa onda, não dão chatices e ainda ficamos com o dinheiro gerado pela Zara (é só a 3ª maior empresa de vestuário). A industria têxtil portuguesa é revitalizada. A Espanha fica encurralada pelos Bascos e Alberto João Jardim .
Passo 3: Desesperados os espanhóis tentam devolver a Madeira (e Alberto joão). A malta não aceita.
Passo 4: Oferecem também o Pais Basco. A malta mantém-se firme e não aceita.
Passo 5: A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência. Cada vez mais desesperados os espanhóis oferecem-nos: a Madeira, PaÃs Basco e Catalunha. A contrapartida é termos que ficar com o Alberto João e os Etarras. A malta arma-se em difÃcil mas aceita.
Passo 6: Dá-se a independência ao PaÃs Basco, a contrapartida é eles ficarem com o Alberto João. A malta da Eta pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar. Sem o Alberto João a Madeira torna-se um paraÃso. A Catalunha não causa problemas (no fundo no fundo, são mansos).
Passo 7: Afinal a Eta não aguenta com o Alberto João, que entretanto assume o poder. O PaÃs Basco pede para se tornar território português. A malta aceita (apesar de estar lá o Alberto João).
Passo 8: No PaÃs Basco não há carnaval. O Alberto João emigra para o Brasil...
Passo 9: O Governo brasileiro pede para voltar a ser território português. A malta aceita e manda o Alberto João para a Madeira.
Passo 10: Com os jogadores brasileiros mais os portugueses (e apesar do Alberto João) Portugal torna-se campeão do mundo de futebol! Alberto João enfraquecido pelos festejos do carnaval na Madeira e Brasil, não aguenta a emoção e zás batea sola. Passo 11: E todos viveram felizes para sempre!
quarta-feira, novembro 24, 2004
Caixa de cores
Por vezes os problemas são caixinhas pequenas, nós é que nos sentimos atraÃdos para cair nelas.
terça-feira, novembro 23, 2004
Estatura média dos Portugueses
Os nados, do sexo masculino, desde 1965 até 2001 foram analisados através de estatÃsticas fornecidas pelo Exército Português, vulgo inspecções, e mostraram uma evolução em termos de estatura média dos portugueses de geração para geração. De facto, os portugueses estão cada vez mais altos à medida que os cuidados de saúde e alimentação vão melhorando. Qualquer das vias, o estudo revela particularidades interessantes que nos revelam o Portugal profundo. As zonas do Litoral são aquelas que registam as maiores subidas médias de estatura e também registam um maior número de sujeitos incluÃdos nas classes mais altas. No interior, sendo do Distrito de Castelo Branco o mais destacado, é onde se verificam as menores subidas da estatura média, com excepção a Santarém que regista uma das maiores subidas de estatura média no espectro das provÃncias do Interior e do paÃs também. Outro aspecto inquietante sobre este estudo indica que a subida média de estatura de 1993 para cá tem vindo a subir com cada vez com menor intensidade, o que revela que há cada vez mais deficiências no sistema de saúde e na alimentação, fruto talvez de uma maior taxa de desemprego geracional, ou seja, os despedimentos verificados na indústria do Litoral e que visou, em especial, os trabalhadores menos qualificados e na casa dos quarenta anos, afectou o rendimento familiar e a alimentação. A Madeira lidera a tabela com a estatura mais baixa do paÃs e também com o maior Ãndice de taxa de mortalidade, o que nos faz concluir que alcatrão e hotéis não são alimentos muito nutritivos e que potenciem a elevação da estatura das crianças.
Em suma, cada vez mais, e não é só de agora, existem dois paÃses dentro do mesmo território, o Litoral e o Interior. Dá a sensação que há portugueses de primeira e portugueses de segunda, e essa diferença agudiza-se cada vez mais. Preocupa-me um pouco, não por complexos com a altura até porque, pessoalmente, estou acima da média registada a nÃvel nacional que é de 1,73 cm, mas porque, a estatura média, é o reflexo de um sistema de saúde que se detiora a olhos vistos. Curioso foi ver nos jornais e na televisão a apresentação dos resultados a nÃvel nacional, fazendo crer que foi uma grande conquista a nÃvel nacional. Como podem verificar, não foi para todos, e a estatÃsticas têm destas coisas. Se eu comer um frango e tu que lês não comeres nada, estatisticamente, nós os dois comemos meio frango mas tu passaste fome. Dá que pensar.
Vamos à bola.
Este episódio abriu um precedente importante que é o facto de quem quer que seja ter a hÃpotese de falar com um ministro acerca dos mais idiotas temas que lhes passarem na cabeça. No ano passado o Ferroviários foi roubado, em casa, por um árbitro caseiro de Mação. Estou a aguardar uma audiência com o ministro-adjunto e o Papa.
segunda-feira, novembro 22, 2004
VÃtimas da PIDE
sábado, novembro 20, 2004
Viagens
O meu ideal de turismo não é propriamente a visita a lugares históricos, aliás, estes só podem ser desfrutados quando conhecemos bem quem os construiu.
sexta-feira, novembro 19, 2004
Referendar ou que é difÃcil referendar
A suposta perca de autonomia é-me relativa até certo ponto, o que não me é relativo é o sistema de votação escolhido pela Nova Constituição Europeia que prevê que paÃses, como Portugal, tenham cada vez menos peso nas decisões tomadas pois, cada paÃs, terá um peso de voto constante no número de habitantes. É evidente que Portugal e outros paÃses mais pequenos vão estar lá a encher pneus.
Por fim, em cada paÃs será efectuado um referendo acerca da Nova Constituição Europeia, o que já de si é um problema pois a forma como irá ser colocada a questão(ões) será de difÃcil concepção. Este post no grupo do pato ilustra bem a dificuldade que será escolher bem o conteúdo das perguntas do referendo.
De passita em passita
Parece-me que hoje em dia a “perseguiçãoâ€� que existe aos fumadores é tanta que poder-se-á antever que futuramente um fumador terá que andar na rua com um guizo como se fazia antigamente com os leprosos. Creio que esta história toda está impregnada de uma lógica batatal, mas também sou suspeito pois fumo. Seguindo a lógica batatal das autoridades, se o tabaco faz mal e é lÃcito cobrar impostos aos fumadores, legalize-se as drogas também e cobre-se impostos também não?!
Outra coisa que me faz impressão, a mim mesmo são as campanhas anti-tabagistas como é exemplo daquela que dizia que beijar uma mulher que fuma é o mesmo que lamber um cinzeiro. Olhe que não, olhe que não! Para mais, e nunca esquecendo os malefÃcios que o tabaco traz, fumar um cigarro é um acto sublime, enaltecedor e potenciador do mais intenso prazer. Pessoalmente, não me arrependo de alguns cigarros que fumo durante o dia e noite, e que me dão um substancial prazer, os outros que fumo entretanto é que constituiem o problema. para quem não sabe, porque não fuma, um cigarro enquanto enviamos um fax para a China via Nova Iorque, dá um prazer do caraças. Um cigarro após uma cambalhota, dá um prazer enorme, o problema, como já disse, são os outros cigarros que fumamos entretanto e que são puro vÃcio. Como disse mário cesariny, não há nada como chegar à beira de precipÃcio e cair verticalmetne no vÃcio.
quinta-feira, novembro 18, 2004
Guerra
Numa situação de guerra as nossas acções futuras são imprevisÃveis, nunca saberemos até onde poderemos ir, ou o que seremos capazes de fazer, é animalesco. A responsabilidade maior nestas situações é de quem faz a guerra, de quem a promove, quem a executa, salvas as excepções, funciona e tenta sobreviver como pode, exponenciando tudo o que de bom e mau tem, é mais forte do que cada um.
O cérebro humano funciona a 27 % , mais ou menos, de sua capacidade, o resto é ocupado pelo subconsciente que, por si, é um mundo de gravações efectuadas ao longo da vida. Por vezes, em sonhos, é-nos revelado medo, ânsia, desejos e outras sensações. Acordamos pensando que é um sonho ou que é algo irreal mas, por vezes, não é. Na cabeça de cada um daqueles que actualmente vivem no meio da guerra do Iraque, ficaram com o seu subconsciente gravado com mais episódios medos, ânsias e coisas boas muito poucas. Quem ordena ou promove a guerra, geralmente, não é sujeito a estas gravações sequer.
Em Portugal, apesar de insistentemente ser ocultado ou ignorado, temos ainda muitos casos de ex-combatentes com sintomas de stress de guerra. Nada é documentado, nem são mostrados o ex-combatentes ainda internados no Hospital Militar com complicações graves do foro psicológico que vegetam desde o dia em que foram desmobilizados e já lá vão mais de trinta anos em alguns casos. Dá-se, a uma geração sacrificada, 150 Euros por mês, pelos anos perdidos de suas vidas naquela guerra sem sentido.
Não inventei nada de novo com este post eu sei, nem quis reinventar aqui a roda, no entanto, acho muito importante relembrar sempre isto. Numa altura em que se fala tanto em questões de segurança e a necessidade de ver as forças armadas apetrechadas com meios bélicos capazes de neutralizar essa “ameaçaâ€�, a verdadeira ameaça continua a existir no provocar ou não da guerra. As polÃticas externas utilizadas pelos diversos paÃses, onde incluo Portugal, infelizmente, dão azo a que essa lógica animal da guerra floresça e ganhe força. É um animal que se deve ter enjaulado mas não ignorado, a guerra, não é uma entidade externa à condição humana, como não é o ódio, faz parte de cada um de nós mas temos que ter consciência disso e saber enfrentar esse problema.
Natal
ah pois é!
quarta-feira, novembro 17, 2004
PCP e Hollywood
Vamos a votos!
O bicho papão
Tudo começou com um comentarista da mesma cor do desgoverno a criticá-los, e estes, a sanearem-no. Depois foi a Direcção de informação da RTP, da mesma cor polÃtica do desgoverno, a ser amavelmente colocada na posição de ter que se demitir. Agora vem a história do Terrorismo e sua ameaça velada sobre o paÃs. Dá-me a impressão, aliás, é quase uma certeza que, a notÃcia de uma suposta ameaça terrorista a Durão Barroso não é mais do que, primeiro, ocupar o tempo de antena e desviar as atenções e também, em segundo lugar, a criação de mais um argumento para a desgovernação. Foi feita uma asneira pelo desgoverno, a culpa, é do terrorismo está-se mesmo a ver. Parece a história do bicho papão, ou seja, tenham medo, tenham muito medo que o bicho papão anda aÃ, o terrorismo, mas o desgoverno está aà para dar cabo dele.
Estou muito farto de toda esta chafurdice, desta forma de estar na vida, deste rame rame doentio a que este paÃs está mergulhado à muito tempo. Basta!
terça-feira, novembro 16, 2004
Há lá coisas
Não posso deixar de estar contente com o clube do meu coração, o Sporting, deu uma cabazada, á moda antiga, aos desgraçados do Boavista. É lindo!
segunda-feira, novembro 15, 2004
Mais uma noite, mais uma emoção
Nota, se pretenderem uma noite divertida do estilo twilightzone, contactem-me que consigo juntar estas personagens todas e fazer espectáculos pelo paÃs inteiro e quiçá estrangeiro dependente do caché.
domingo, novembro 14, 2004
What´s the big idea?
O Halloween foi na semana passada, porque é que o Pedro Santana Lopes disse este fim de semana que precisa de 10 anos de governação? É um trick or treat? Bolas deixem-nos em paz, assustados já estamos nós com alguns meses de governação do PSL.
sexta-feira, novembro 12, 2004
Eco-moment
Hoje
Fungagá da Bicharada
Assim se vai andando ou desandando neste paÃs de brincadeira, tudo está a ser abafado, tudo foi acalmado até nos esquecermos das asneiradas do desgoverno.
quarta-feira, novembro 10, 2004
Curiosidades
Uma das imagens que temos do Ribatejo são os campinos com o seu traje tÃpico composto por um barrete verde e vermelho. Nem sempre foi assim, no tempo da Monarquia, os campinos estavam ao serviço das quatro casa reais do Ribatejo, e o seu barrete era, como era a bandeira da casa real, azul e branco. Quanto à dança, o Fandango, tÃpicamente, esta também era dançada por mulheres mas, por imposição da Igreja, foi proibida à s mulheres porque estas, ao dançarem, expunham muito as partes fudengas ( ipsis verbis de acordo com os escritos).
Mais uma curiosidade, na terminologia tauromáquica, não é correcto dizer-se que se vai a uma tourada mas sim, a uma corrida de toiros. Tourada é apenas uma grande confusão de gente.
Todos conhecem o Corridinho como dança tÃpica do Algarve, no entanto, a tradição foi criada numa ocasião, pelo Ministro da Cultura de Olveira Salazar, o António Ferro que, numa ocasião de um festival de danças populares, viu o seu escrupuloso plano de actuações dos vários grupos falhar. Supostamente, todos os grupos teriam 15 minutos de actuação mas por um atraso em algumas actuações, o grupo vindo do Algarve, que era o último a entrar em palco, viu o seu tempo de actuação reduzido para 5 minutos. Nesta situação o Ministro António Ferro foi aos bastidores falar com o grupo Algarvio para que estes fossem actuar em apenas 5 minutos, ao que, um dos elementos lhe respondeu dizendo que não seria possÃvel a não ser que fosse a correr. O Ministro António Ferro respondeu imediatamente que teria que ser assim esmo, a correr, e assim nasçeu o corridinho do Algarve.
Ritual
terça-feira, novembro 09, 2004
Very complicayte if u know what i mean
Os meus antepassados viviam sem as condições que nós, actualmente, nos apropriámos sem saber realmente o quanto foi duro para as obter, às anteriores gerações é claro, no entanto, vivemos a vida como se tudo, ou a vida, fosse chocolate. Foi isso mesmo que me recordei hoje, meu avô um dia, pragmático como era, disse-me um dia : Netinho, a vida não é chocolate, por vezes é amarga mas não te esqueças do docinho que provaste e adoça-a sempre que puderes, é o melhor que levas desta vida.
Ao meu avô Raul Bento Lima a minha homenagem, bem hajas avô.
segunda-feira, novembro 08, 2004
Calma estranha
Por vezes tenho fim de semanas a atirar para a twilightzone e este último não foi excepção. Desde os tipos com o chapelinho á caçador na cabeça e um maduro, vestido a rigor, traje ribatejano entenda-se, a fazer pontaria à mesa onde eu estava com a cabeça de cada vez que caÃa com tamanha bebedeira que levava naquela cabeça. Evitei ir para a feira da golegã para não ter que levar com estas cenas mas mesmo assim pareçe que tenho um iman qualquer que atraà estas personagens.
sexta-feira, novembro 05, 2004
Ninhou
Só os charales do Ninhou é que jordavam na piação. Os covanos não penetram na piação à modeia.
Português
O calão MindrÃco é o liguajar tÃpico das pessoas naturais de Minde.
MindrÃco
Não sejam do Zé Bonito e apoiem-nos, em nome dos nossos ladinos, a não deixar a piação dos charales cair no Galdino.
Português
Por favor, deixem-nos fazê-lo e apoiem esta iniciativa, em nome dos nossos filhos, de tentar que o calão Minderico não caÃa em esquecimento.
Esta é uma das muitas pérolas que o Ribatejo tem para oferecer a todos aqueles que vierem visitar o Ribatejo.
Fusca Nova ( boa noite)
Aproxima-se a passos largos
Não é mais setembro nem ninguém vai morrer, no entanto, aproxima-se a passos largos a Feira do Cavalo na Golegã. Mais um ano, mais uma feira das vaidades e das caganças falando curto e grosso como deve ser por estas bandas. Todos os anos chegam hordas de Ribatejanos de Cascais e do Estoril com os chapéus de caçador, botas de lavrador e indumentária de cavaleiro a cheirar a naftalina. É engraçado ver o pessoal vestido à Ribatejano a falar com o sotaque lisboeta, parto o côco a rir, aliás, partia até deixar de ter paciência para ver tamanha feira de vaidades.
De resto, a feira, até é engraçada para quem gostar de fazer gincana por entre as bostas de cavalo e os cavalos propriamente ditos. Para quem aprecia a espécie equÃdea , na feira, poderá vislumbrar belos exemplares de quatro e duas patas .
Chinês ou quase
quarta-feira, novembro 03, 2004
O triunfo dos porcos
Speechless!
terça-feira, novembro 02, 2004
O livro proibido
Em Viseu um livreiro foi intimado a retirar da montra de sua livraria um livro intitulado “ As mulheres não gostam de foder�. Nada mais idiota que isto não poderia acontecer senão vejamos o campo das hipóteses, várias, que se oferecem a este caso.
Decisão correcta de intimar a retirada do livro da montra:
- Porque é mentira e os livros não devem propagar mentiras. As mulheres também gostam de foder.
- Uma montra de uma livraria não deve ser o local de expiação das frustrações de um qualquer livreiro. DaÃ, se as mulheres não gostam de foder, isso só se verifica com o livreiro, ou seja, as mulheres não gostam de foder….com o livreiro.
Decisão Incorrecta de intimar a retirada do livro da montra:
- Se as mulheres realmente não gostam de foder, então, o reconhecimento do problema é o primeiro passo para a reabilitação, ou seja, pode ser que comecem a gostar do bom que tem a vida. DaÃ, o livro tem um papel inestimável de conciliação conjugal, debelando um problema que origina muitos divórcios e viagens a Bragança.
- Tem que se ter cuidado com a linguagem, não que as mulheres não gostem de foder, pelo contrário, elas gostam mas não é para se dizer assim às bandeiras despregadas.
Isto é como em tudo na vida, a linguagem é muito importante e para cada aspecto da vida há diferentes linguagens. Se perguntarmos a um polÃtico como é que este vai resolver um determinado problema, este, nunca diz que não faz a mÃnima ideia, diz antes que se está a estudar bem o dossier.
P.S: Só um pormenor, com estes fod...todos, aclientela vai ser jeitosa vai?!
É hoje que se vai decidir muita coisa, ou Kerry ou desesperem
Não sei porque é que penso assim mas, temo ainda, que Bush ganhe as eleições, incendiando ainda mais o cenário internacional de conflitos e atentados terroristas. O Iraque transformou-se, como Espanha no inÃcio do século passado com Guerra Civil Espanhola, num viveiro de ideais radicais, alimentados pelos Estados Unidos e a sua polÃtica neo-colonialista, como reacção à imposição de uma ocupação militar e polÃtica do Iraque. A China vive actualmente um perÃodo de apogeu económico consubstanciado pela oferta de mão-de-obra mal paga e em alguns casos, escrava. O que acontecerá quando os trabalhadores chineses se aperceberem que o sonho é um pesadelo, que os bens materiais que as sociedades ocidentais proporcionam não são mais do que rebuçados amargos.
Por cá como será o futuro do paÃs? Cada vez se produz menos, cada vez mais a classe polÃtica merece menos credibilidade e o futuro? Qual será o futuro? Se não formos nós, o povo, a pegar neste paÃs e a esquecermos de vez as velhas formas de estar na vida herdadas pelo anterior regime fascista, não teremos um futuro muito risonho. Qualquer das vias nem tudo é mau por cá, assim como assim além de haver gente que passa fome, ainda há muita gente que come. Creio, no entanto que, a apatia que se vive no paÃs em torno dos polÃticos da praça, vai trazer frutos no futuro, as pessoas estão mais crÃticas e as acções que antigamente passavam sem qualquer resistência, actualmente, vão passando cada vez mais com relutância e resistência. Pode ser que estejamos no caminho certo. A malta mais novinha de agora ( pareço um cota a falar mas enfim) está revoltada mas sem ideias.
Conversa de sábado à noite com um jovem de lenço à Arafat no pescoço:
Jovem: ó pá esta cena tas ver tá bués da mal memo, tas a ver.
Oliveirinha: Sim está mal mas porque é que está mal? O que pensas acerca disso?
Jovem: é pá não sei tas a ver tá buéda mal e quê!
Oliveirinha: Ok já disseste isso mas o que achas que está mal? O que farias se pudesses mudar alguma coisa?
Jovem: É pá tas a ver não sei mas tá buédamal esta cena toda pá! Um gajo…..é pá nã dá tas a ver?!
Oliveirinha: Não, não estou a ver népia!
Entretanto conversei com um puto que é filho do dono de um café onde a malta do oliveirinha se reunia e conversava, e o jovem dizia-me que hoje em dia parece que não há comunicação, as pessoas vivem isoladas numa ilha qualquer que construÃram nos seus meios de comunicação virtuais e não falam, não discutem ideias, nada. Isto fez-me pensar numa série de coisas, fazendo qualquer das vias uma ressalva dizendo que, apesar de tudo, poderÃamos nós na altura não ter ideias muito melhores que as dos demais, no entanto, tÃnhamos algumas e pensávamos nas coisas, produzia-se algo. Hoje em dia o importante é ser bonito e galante, não há mais formas de se compor uma estante.