segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Viragens e outros U-turns alucinantes

Estas eleições, ou melhor, os resultados das últimas eleições provocaram uma série de viragens e U-turns alucinantes do estilo montanha russa com meia pirueta e mortal e meio de saída. Marques Mendes, esse basquetebolista frustrado, afirmou que o PSD encorreu num erro de se afastar do centro e ter ido muito para a Direita. Santana Lopes sempre afirmou pertencer ao PPD/PSD, mais direito que o PSD, e desta forma aliou-se ao PP por herança e decreto de Durão Barroso. Ora, vista esta questão,l clinícamente, eu diria que o PSD sofre de um complexo de dupla personalidade, pelo que, aconselho uma consulta a um psiquiatra ou o internamento numa clínica da especialidade. Um U-turn esperado, mas que ainda não se concretizou, foi o da auto-estima dos Portugueses que, para variar, continua em abaixo.
A política não é a detentora do esclusivo em termos de U-turns e outras viragens mais ou menos artísticas. A vida, o dia a dia, é profícuo em U-turns desde o mais básico, até ao mais alucinante e elegível para os Jogos Olímpicos. Passa-se no relacionamento interpessoal, no gerenciar das espectativas que temos dos que nos rodeiam e também nos valores pelos quais nos norteamos ou toleramos. No ínicio, alguém desconhecido, vive sempre nas graças da espectativa e da prova em contrário, lá está o princípio do contraditório a funcionar, e como tal, é sempre simpático e boa pessoa. O pior é quando há espectativas dos outros sobre o recém chegado e estas não são correspondidas, não por defeito do recém chegado, mas sim, por este não querer dar aquilo que os outros pretendem. Os defeitos começam a pular daqui e dali como gafanhotos em plena praga.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Amor de Mãe

O amor dos pais pelos filhos é de igual intensidade mas nunca da mesma forma, pelo que, as formas de expressar o amor que um pai tem por um filho variam muito de acordo com as culturas, personalidades e circunstâncias da vida. No entanto, há um aspecto que coloca as mães na vanguarda desse apego, não pela intensidade mas sim pela cumplicidade que estas têm para com o filho que geram. Quando acordamos de manhã, no dia de aniversário, e somos cumprimentados pela nossa mãe dizendo que gosta muito de nós e que se lembra de nós desde o quadragésimo dia, e não digo quadragésimo dia após o nascimento, mas sim o de gestação, é forte e mostra o quão especial é o amor de mãe por um filho. Saindo fora o estigma social da mãe como protectora do Lar e eterna e nata cuidadora dos filhos por ser essa a sua condição, segundo o estigma é claro, tenho que reconhecer que nada se compara com o amor de mãe. O amor de um pai por um filho é forte mas falta esta cumplicidade que nas mães se verifica. Mãe há só uma e é verdade!

Parabéns a mim

Ontem foi o meu fiél cão, o Che, que fez anos, hoje, é a minha vez de fazer anitos. Já lá vão 31 anitos e cada vez menos juízo.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Parabéns ao CHE

Não é o dia de aniversário do Che Guevara, é sim, o dia de aniversário do meu cão que se chama Che. Faz nove anitos e está cada vez mais tonto à medida que o tempo passa.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Plano energético Português

Quando se fala acerca da competitividade das empresas Portuguesas, ou melhor, da falta de competitividade destas, enumeram-se vários factores, mas fica sempre de fora um factor determinante, sonegado pelos media e próprio Estado. A questão do Plano energético Português é um factor determinante para a competitividade das empresas Portuguesas pois, em Portugal, a electricidade para a indústria, comércio e até mesmo para particulares é a mais cara da Europa, senão uma das mais caras. É certo que Portugal não é auto-suficiente em termos de produção energética mas isso não explica tudo, ou seja, não é apenas o facto de ter-se que importar energia do estrangeiro ou produzi-la fazendo recurso aos combustíveis fósseis e carvão que encarece a energia eléctrica. O problema do custo da energia em Portugal tem a ver com dois factores essenciais:

1 – O Monopólio da EDP em termos de distribuição da energia.

2 – O transporte da energia, ou melhor, a rede nacional de distribuição.


A EDP apesar de ser, maioritariamente, estatal, é dominada também, apesar de minoritariamente, por privados. Os interesses dos privados residem em continuar a manter o monopólio da distribuição e produção de energia em Portugal porque aí ganham o dinheiro que quiserem com isso. Quando Durão Barroso, o Manel, assinou o acordo europeu para a energia, este, contemplava a liberalização da distribuição e produção de energia por toda a Europa. O facto é que o acordo foi assinado mas entretanto nada foi feito devido às pressões dos barões da energia Portuguesa. Durão Barroso cedeu às pressões dos barões da energia e Santana Lopes continuou a ser pressionado como um menino bonito que é (para quem não encontrava muitas razões para Santana Lopes ser despedido, eis mais uma). No entanto, esse não é o único problema existente, a rede de distribuição está antiquada e susceptível de se verificar perdas de voltagem pelo caminho enquanto é transportada.

Em conclusão, para quem, como muitos doutores e engenheiros que vão mandar bítaites para a TV, presumindo estes que são donos e senhores de toda a razão, eis mais um factor para falarem acerca da falta de competitividade das empresas Portuguesas. É importante ter este factor e outros em causa, antes de desatar à pancada aos trabalhadores devido à suposta falta de produtividade. Por isso, Sócrates , ganda maluco se me estás a ouvir, tens uma tarefa titânica a fazer. Derrota os barões da energia e investe também na produção ecológica de energia senão acontece-te o mesmo que ao outro if u know what i mean.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Aí Deus nos dá, aí Deus nos tira

Aproveitanto a reafirmação da perda dos valores preconizados pelo PP com a ascensão dos Trotskistas, esses que comem criançinhas ao pequeno-almoço como pensam os popularuchos ou nem tanto, faço aqui alusão a Deus motivada pelo resultado eleitoral da Direita.

Deus, ganda maluco, se me estás a ouvir ou ler neste caso, obrigadinho pela derrota da Direita!!

Tanto evocaram o nome de Deus para o protegerem de um resultado negativo que, Deus, lhes deu o resultado que mereciam. Afinal Deus existe mas não é do PP.

Parabens a toda a esquerda pela vitória esmagadora atingida nestas eleições e também, os meus sinceros parabéns a todo o povo Português pela adesão às eleições. O país está vivo afinal de contas.

sábado, fevereiro 19, 2005

Vésperas de votos

Practicamente em período de reflexão antes das eleições de amanhã, faço aqui um apelo a todos para que votem, não num partido qualquer em específico mas que votem e exerçam assim o vosso direito de escolha sobre o futuro do país. Na segunda-feira falamos acerca dos resultados.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Chissano we´re so sorry but not quite



O tema é polémico e multifacetado, as visões acerca do assunto são controversas e verosímeis apesar de contraditórias mas o facto é que tem que haver uma visão acerca do assunto. Refiro-me às declarações de Joaquim Chissano na Universidade do Minho a propósito do seu Doutoramento naquela instituição. Chissano disse que ainda falta, aos países europeus, pedirem desculpas pela escravatura em �frica. Aqui está o que é a minha visão acerca do assunto em específico e outros apensos a este tema:

Como Português orgulho-me da minha história e do passado do meu povo, sabendo no entanto que, fizemos coisas das quais eu não me orgulho e que as tenho como lições acerca do que nunca se poderá repetir no futuro e presente. O caso da escravatura é um exemplo flagrante daquilo que eu não me posso orgulhar acerca do meu povo mas que, não me irei auto-flagelar para o resto da vida por causa disso. Sei também que o meu povo foi, outrora, escravizado por outros povos mas isso, essencialmente, não serve de desculpa nem tão pouco de fundamento de martírio próprio por causa disso.

O pedido de desculpas por parte de Portugal e outros países europeus, aliás, a exigência de Chissano, é tão plausível quanto Portugal exigir um pedido de desculpas por Marrocos ( Mouros) e a Itália ( Romanos) terem-nos invadido no passado. Hoje em dia, Portugal é o que é, na sua riqueza cultural, devido a essas invasões e �frica é também, o que é actualmente, por causa das invasões europeias do Continente.

Nem vou referir a história da escravatura, com o lucro que muitos reinos africanos tiveram com esse negócio sujo que foi a escravatura e que nós Portugueses e restantes países europeus lucraram também, o viver e o pulsar de um país parte da forma como entendemos a história e aprendemos com ela de forma a trabalhar num futuro melhor. Prendermo-nos com o passado e utilizarmos o passado com o Estado de Israel faz, por exemplo, é retrógado e primário. Não posso tolerar esta manipulação, nem este racismo primário de Chissano. É tempo de enterrar os Mortos ( fantasmas do passado ) e cuidar dos vivos ( Nação Moçambicana ).

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Ecologia e outras afirmações

Entrou em vigor o Tratado de Quioto, ratificado por todos os países a nível mundial mas com a devida excepção dos EUA e a Austrália como não poderia deixar de ser. Sem beliscar as muy nobres intenções do Tratado, é curioso verificar o espírito do Tratado de Quioto e o quão ténue é ainda este Tratado. Como é óbvio para os mais comuns dos mortais, à excepção de George Bush é claro, tomou-se a sensata decisão de iniciar um processo que virá reduzir, de uma forma global, as emissões de poluição e proteger este planeta que é o único que temos até ver. No entanto, é pouco o que está a ser feito e é nesta óptica e que afirmo que o Tratado de Quioto é um pouco ténue. O texto do tratado prevê que se reduza a poluição em Portugal em pelo menos 5% até 2012. No entanto, a poluição em Portugal aumentou 40% desde os anos noventa. O curioso neste tratado anti-poluição é afirmar que a poluição para Portugal apenas poderá aumentar 27% o que é estranho pois fica-se sem saber se é um Tratado para redução da poluição ou um Tratado para não aumentar muito a poluição.
No espectro e ainda dentro da ecologia, dou os meus parabéns ao Santana Lopes por ter contribuído para a redução da poluição ao afirmar, pela primeira vez em muitos anos que, o PSD é um Partido de Direita. Até que enfim que os tipos saíram do armário e deixaram para trás aquela poluição sonora que era afirmarem que eram do Centro não sei quê ou lá o que isso é.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Honras de Estado

Tendo por base o mais profundo respeito pela vida de qualquer ser Humano e, consequentemente, pela sua morte, a morte da Irmã Lúcia é de pesar como qualquer outra morte de qualquer outro ser Humano. No entanto, dar honras de Estado, aquando da sua morte, a uma pessoa que, para o país, não fez absolutamente nada é de bradar aos céus. Não pretendo aqui discutir o milagre de Fátima até porque este existiu, pelo menos, o milagre da multiplicação do dinheiro. Hoje foram anunciados 15 milhões de Euros de lucro registados na TAP, obra de um Homem que, apesar de não ter perdido o gado na serrania nem ter visto a Nossa Senhora conseguiu, de alguns anos a esta parte, trazer uma empresa público dos sucessivos buracos financeiros, a que caía constantemente, para resultados positivos. Certo será que este Homem, se sair da TAP, não terá honras de Estado, certo é que a Viúva de Salgueiro Maia viveu de uma pensão miserável durante muito tempo, mas certo é que, a Irmã Lúcia que ao país nada fez teve honras de Estado. Isto dá que pensar, que país tão madrasto para quem lhe quer bem.
Faz-me impressão a forma basbaque como os jornalistas receberam os mercenários do Iraque quando chegaram, faz-me impressão a forma como os combatentes do Ultramar foram recebidos quando voltaram, os que voltaram. É muito estranho.

domingo, fevereiro 13, 2005

Modernização da Campanha

Estamos a uma semana das urnas e como tal, os diversos partidos, aprontam-se para colocar em terreno todas as estratégias. Até aqui está tudo bem, tudo dentro da normalidade, o que não está dentro da normalidade é ouvir um analista político a referir-se à campanha dos boatos promovida pelo PSD como sendo uma evolução na estratégia de campanha em Portugal. Neste aspecto, o PSD, com a campanha de boatos que está a promover, está sim a evoluir para a caverna.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Inutilidades

O Departamento de Recursos Humanos da SIC enviou uma circular interna a todos os estagiários das redacções da SIC, SIC Notícias e SIC Radical indicando que os estagiários deveriam devotar mais tempo para o serviço e que haverá muitos outros estagiários à procura de emprego. Ao que parece, o Departamento de Recursos Humanos, acha que ter uma vida prórpia ou até mesmo dormir é uma inutilidade pois interfere com o trabalho dos estagiários. Como carne para canhão, as regras estão na mesa, por isso, se és ou pretendes ser estagiário de uma das redacções do canal de carnaxide, tão nobre condição parece, deverás deixar para trás inutilidades como:

  • Dormir ( perde-se demasiado tempo com este vício)
  • Ter família ( só atrapalham o trabalho e para mais tens a sic, logo, não precisas de amigos ou namoradas(os)
  • Sexo ( nem pensar nisso, perdes demasiadas energias necessárias para o trabalho)
  • Comer( mais uma perda de tempo com riscos, se comeres, ganhares cáries. O salário não contempla nenhum Seguro de Saúde e o Sistema Nacional de Saúde não tem dentistas)
  • Ir à casa de banho ( o papel higiénico não é o papel mais indicado para escreveres os artigos)

É o sonho Americano in action!


quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Sórdido

Sórdido é começar a ler um livro pela última página com medo de morrer entretanto e não ficar a saber como é que acaba a história do livro que começou a ler.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Carnaval

Para quem, como eu, que não acha muita piada a este Carnaval abrasileirado este ano foi mau em termos de folia. O Alberto João Jardim não desfilou, Santana Lopes não fez campanha, mas aonde é que está a folia carnavalesca deste Carnaval? O PSD anunciou que não irá fazer campanha durante o Carnaval para não confundir a sua campanha com o Carnaval e daí dar um tom mais sério à campanha. Questão: Se o PSD faz Carnaval durante o ano inteiro, porque é que, agora que é Carnaval, eles param? O vazio deixado pelas declarações de Santana, ou melhor, a ausência delas, tornou este carnaval mais cinzento, sem folia. Por esta altura não me admirava nada que Santana Lopes tivesse algures no estrangeiro a curtir o carnaval, e já agora, se ele estiver mesmo lá nop estrangeiro, faça um favorzinho à malta e fique lá ou então volte para contar mais umas piadas a que nos acostumou, perdão, declarações políticas daquelas que nos fazem rir e que só ele sabe fazer.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Tradições

Por diversas vezes ouvimos sempre alguém fazer referência à Tradição para legitimação de um determinado ritual ou acto. Paulo Portas fez questão de referir que o casamento é uma Instituição heterosexual. No entanto, a tradição, vale o que vale e se tivermos em conta que, o casamento, tradicionalmente, é para sempre até que a morte os separe, também temos que nos lembrar que, nos tempos em que esta tradição foi iniciada a esperança média de vida não ia muito mais além do que os trinta anos de idade. Nos tempos modernos, a esperança média de vida é muito mais elevada sendo que, a tradição de que a morte os separe, por vezes, não faz muito sentido pois se, o casamento, quando criado tinha em vista cerca de 10 a 15 anos de duração, aí sim é que fazia sentido dizer-se era até que a morte os separasse, ou seja, não havia muito tempo para se fartarem ou terem crises de meia idade por não chegarem lá sequer. Actualmente, as coisas não funcionam desta forma e, a tradição já não é, nem pode ser o que era felizmente. O casamento é um ritual como sempre foi mas, esse ritual, é diferente e a apropriação do facto social casamento não poderá ser tido em conta com os olhos medievais de Paulo Portas. Portanto, creio que isto será a resposta à ideia do PP de Paulo Portas acerca do casamento e quiça de muitas outras coisas por eles vistas de forma medieval.

domingo, fevereiro 06, 2005

Rescaldo

O rescaldo do jantar da Fraternidade está ser fácil só tendo ficado gravado na memória um episódio significativo. Sentado ao meu lado no jantar estava um individuo que eu conheci dos tempos dos escuteiros, até aqui nada de novo, o que constituíu a surpresa foi, essa personagem, dizer-me que estava no exército e que, como passatempo, fotografava os seus próprios dejectos como afirmação artística. Como devem calcular e sem querer menosprezar qualquer tipo de expressão artística, a que este individuo adoptou, criou em mim estado de levitação para uma dimensão muito estranha. O facto de estar a comer não ajudou em nada a digestão desta "forma de arte" tão suis generis mas, sabendo que, o individuo em causa, já nesse tempo não regulava bem da cabeça, ajudou-me a ver o lado cómico da coisa.
Hoje acordei a pensar se não será necessário criar um exército para nos protegermos do exécito que já existe pois, se os oficiais do exército, que já existe, tiram fotos dos próprios dejectos, temo que tenhamos que nos protermos desse exército. É de certa forma sintomático que, o pessoal que está nas Forças Armadas, pelo menos os que eu conheço, salvo as raras e honrosas excepções, mararam ainda mais do que já estavam quando ingressaram nas Forças Armadas.

sábado, fevereiro 05, 2005

Fraternidade

Não é um post lamechas acerca da fraternidade, apesar de, a fraternidade, não ter muito de lamechas. Hoje é dia de flashback com uma das minhas recordações mais vivas da minha adolescência, os escuteiros. Fiz parte de um agrupamento de escuteiros do CNE, "afectos" à Igreja Católica que, felizmente, era liderado por um chefe escuteiro que nos resguardou de toda e qualquer actividade da Igreja, daí, nunca ter participado em procissões ou outras manisfestações católicas, graças a Deus ( fui sarcástico, sou ateu). Hoje vou a um jantar, daqueles que poderiam confundir-se por um ajuntamento dos ex-combatentes do salamaleco do malacoteco de Benguela batalhão 60 ou algo assim no género mas não. É um jantar da fraternidade que é simplesmente a reunião ex-escuteiros do agrupamento a que pertenci, e nesse jantar, vamo-nos recordar de mil peripécias que vivêmos quando teenagers inconscientes. Esta organização, a Fraternidade, une ex-escuteiros sob o verdadeiro espírito escutista, livre de Igrejas e outras Instituições doutrinantes, ou seja, são seguidores do escutismo de Baden Powell e não da Igreja católica, e mesmo aqueles que são católicos apercebem-se bem da diferença e da máxima que diz " A césar o que é de César, a Deus o que é de Deus". Vai ser uma desgraça completa pois geralmente, o jantar da fraternidade, é bem regado. Wish me luck.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Produtividade Portuguesa

Já referi aqui a relatividade que as estatísticas assumem quando se analisam determinadas amostras com métodos ou critérios diferentes. Num artigo publicado na semana passada acerca da produtividade foi desmistificada a noção da improdutividade portuguesa. Nesse estudo acerca da produtividade, os EUA, lideram a lista dos países mais produtivos do mundo. No entanto, essa lista foi elaborada com os critérios Norte-Americanos e, analisando os mesmos dados com critérios idênticos aos europeus, a surpresa instalou-se. Portugal, comparativamente com os EUA, foi o país em que a produtividade mais cresceu de 1993 a 2003. Portugal tem um índice de produtividade no rácio hora de trabalho/produção mais elevado do que os EUA.
Noutro estudo elaborado pelo gabinete de apoio à Internacionalização das empresas nipónicas, efectuado a todos os países europeus incluindo os de Leste, Portugal foi apontado como o país mais apetecível em termos de instalação de indústrias nipónicas por dois factores determinantes. A capacidade de produção dos trabalhadores Portugueses e a perfeição do trabalho (rácio produção/desperdício ou defeito) foram apontados como os factores indutores à preferência na instalação de empresas nipónicas no país em detrimento de outros países. No entanto, há um problema, um problema que impede a instalação dessas empresas em Portugal. O gabinete nipónico de apoio à Internacionalização aponta a falta de cultura de trabalho dos trabalhadores médios Portugueses e a desorganização como o factor que impede a instalação dessas empresas. Outro factor importante que este gabinete nipónico aponta é a falta de escolaridade dos trabalhadores médios Portugueses, ou seja, faltam licenciados e muitos 12ºs anos na força de trabalho Portuguesa. Isto fez-me pensar seriamente acerca do que é o estado de coisas em Portugal e do que seria ideal ser discutido em plena campanha eleitoral. Estes estudos foram realizados por entidades independentes e externas e focaram aquilo que é o real e concreto problema de Portugal. A Educação e a Organização.
Os candidatos às legislativas de 20 de Fevereiro, se for objectivo destes, o bem da Nação, deveriam debruçarem-se sobre o que há a fazer para melhorar a Educação e a Formação dos Portugueses, em vez de, como é hábito, indicarem que a salvação de Portugal passa por reduzir quadros de pessoal e combater uma pseudo falta de produtividade que afinal não existe. Como a organização vem de cima, essencialmente, o problema não está nos trabalhadores, que aos olhos dos dirigentes têm as costas largas, mas sim no Estado e nas chefias privadas. É claro como a água, os trabalhadores são produtivos as chefias não.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Passar o tempo

Hoje em virtude de indisponibilidade minha para fazer um post por falta de tempo deixo-vos isto para se entreterem-se.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Pensamento do dia

Os sentimentos são o resguardo da parte mais intíma da nossa vida. Os sentimentos são por assim dizer, as cuecas da vida.


Estebes, Humor de Perdição, 1988


Nesta altura o Herman José ainda fazia alguma coisa de jeito, actualmente, é a miséria que se vê na SIC.