segunda-feira, janeiro 31, 2005

Choque

Esta pré-campanha para as próximas legislativas tem vindo a ser pautada pelo choque. Uns apelam a um choque tecnológico, outros a um choque fiscal e por fim, o PP, apela a um choque de valores. Paulo Portas vai queimando os últimos cartuchos de sua toponímia ministerial dizendo que se propõe a efectuar um choque de valores, o que, bem visto, é chocante. O apelo a valores de nação, de Estado como garante do cidadão como cliente é manifestamente surrealista, no entanto, faço já aqui o meu pedido ao PP, como cliente do Estado, gosto das minhas torradas com bastante manteiga e bem torradinhas, para chá prefiro o de camomila se fizerem favor ou terei que pedir o Livro de Reclamações?! Poderia enumerar os imensos anacronismos dos pseudo-valores do PP mas creio que é manifestamente desnecessário por tão ridículos que estes são. Em resposta, se é que me é permita tal veleidade já que sou um plebeu, proponho, ao PP, um choque eléctrico de 220 volts com 10 amperes de intensidade para acalmarem os ânimos e de vez colocarem-se no seu devido lugar, a Quinta da Marina ou lá o que é o bairro deles.
Santana Lopes pediu a ajuda divina quando questionou, em congresso, qual seria a posição do PS acerca do casamento entre Homosexuais e a Lei do aborto. Presumindo que o PS teria um posição que ultrapassa-se a insipía costumeira, apelou a Deus para que nos guardasse do casamento entre Homossexuais e a legalização do aborto. Se eu fosse Deus condenava Sanatana Lopes a uma gripe crónica que o impedisse de falar, a bem da Nação. Nunca imaginei que uma gripe fosse tão importante para Portugal quanto está a ser a de Santana Lopes, pois, enquanto padece da mesma, está calado. Que benção divina para Portugal quando este está calado!
Na escala do escárnio e maldizer, este post, terá atingido o grau 8.3 na mesma escala, prevendo-se um tsunami para a Direita lá para o dia 20 de Fevereiro bem calhando.

domingo, janeiro 30, 2005

Questão

O anonimato é a mera ocultação da identidade ou o desprimor da mesma?

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Alia jacta est

O Tiago do Litanias lançou este desafio para mim no blog dele. Eu, como não sou de me encolher respondi às questões que estão a ser colocadas numa corrente cujo objectivo é, de certa forma, impedir que o Santana Lopes seja reeleito ( não me perguntem porquê mas é o que consta).

1 – Have you ever used toys or other things during sex?

Um fato de pirata conta como brinquedo?

2 – Would you consider using dildos or other sexual toys in the future?

Dildos e outros brinquedos sexuais são como as cábulas, não há nada como levar a matéria bem estudada para o exame.

3 – What is your kinkiest fantasy you have yet to realize?

Gostava de ver o Bush em guantanamo num gangbang Sado-Masoquista com os prisioneiros e no final ponha-lhe uma maçã na boca e ligava-lhe os tin tins aos eléctrodos da cadeira eléctrica que ele tanto usou no Estado do Texas ( se calhar estava a estragá-lo com mimos mas que se lixe).

4 – Who gave you this dildo?

O amigo Tiago do Litanias é que me pregou esta partida mas eu, sem querer ser vingativo, vou qualquer das vias lançar o desafio a mais quatro pessoas:

Manji
Agente Secreto
Panquecas
Analítica
Congeminações

O pessoal que não tem blog envie a resposta para o meu email ( raminhos por email) que irei postar posteriomente as respostas. Não se acorbadem

Vamos aprendendo

Fiquei a saber qual a origem desse nome, tão lisboeta, que dão ao café, a bica através deste blog.Já sabia que a origem do nome Pataias, localidade perto de Leiria, tem a origem do seu nome devido a um episódio que envolveu D.Dinis e uma aia que, após ter irritado o Rei, este, disse à aia: Aia á pata!! o mesmo que dizer apeia-te. Também há uma localidade chamada Sardão que deveu o seu nome, enfim...era um cavaleiro e.....Sardão tão a ver?! Acho que vou ficar por aqui sob o risco de me fazer parecer com o Hermano Saraiva e eu não quero isso, o fascizóide!

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Piada que é e não é piada

Num dias destes em que o sono tardava a chegar e eu vi-me algures num sofá em frente à televisão a fazer aquele gesto tão moderno que é o zapping, parei algures no canal SIC Mulher. Não fiquei a ver os programas de decoração nem nada no género mas sim, uma série “cómica�de Whoopi Goldberg, em que a uma dada altura foi feito um comentário por uma das personagens da série acerca dos Portugueses. Transcrevo aqui as ideias principais do diálogo, mas não na integra como é óbvio. A história passa-se da seguinte forma:
Whoopi Goldberg é proprietária de uma pequena residencial com alguns funcionários, entre os quais está um indivíduo Iraniano que foi, recentemente, promovido de Handyman a recepcionista. Este Iraniano tem uma particularidade, de cada vez que alguém vai à recepção e se refere a este como árabe, o recepcionista Iraniano, vai aos arames dizendo que é Persa e não árabe. Numa destas cenas, e após um assédio de fúria do Iraniano quando abordado por um cliente que o chamou de �rabe eis o diálogo que se gerou após a saída do cliente:

Whoopi: Nasim o que é que se passa contigo?
Nasim: Eu fico furioso de cada vez que alguém me chama de �rabe !! Eu sou Persa! Será que não é óbvio?!
Whoopi: Não Nasim para mim não é óbvio. Quer dizer eu sei que tu és Persa porque te conheço, mas, para outras pessoas que não te conheçam é difícil porque vocês parecem todos iguais.
Nasim: Mas há uma diferença enorme!!
Whoopi : Vá lá Nasim sê compreensivo senão eu impeço-te de ouvir Soul music.
Nasim: Soul Music!! Bah eu não gosto assim tanto de Soul Music!!
Whoopi: ( cantarolando uma canção Soul Nasim começa a acompanhar a música) Vês Nasim eu sabia que tu não podias passar sem soul music. Esquece lá isso e não ligues muito a essa questão.
Nasim: Tens razão se calhar, vou-me conter.
Whoopi: Vá lá então de volta para o teu posto de trabalho.
Nasim: Sabes uma coisa que eu odeio?
Whoopi: O quê?
Nasim: Os Portugueses!!
Whoopi: Os Portugueses?! Porquê?
Nasim: Eles estão em todo o mundo, em todo o canto.(risos gravados)

Ora bem, aqui, devo-vos confessar que o meu sangue gelou completamente. Fiquei com a nítida sensação de não saber como reagir a esta “piada� até porque não sei se é piada ou não. Alguém me consegue explicar o que eles pretendiam com esta piada acerca dos Portugueses? Já enviei um mail para a NBC no link directo para a série cómica e a resposta foi dada por uma amável máquina indicando que devido à afluência enorme de emails para a produção que provalmente não teria resposta e que consultasse os FAQ´s a ver se lá teria a resposta à minha questão. Mas ou meus amigos, o que é isto hum….?!


terça-feira, janeiro 25, 2005

Voto Jovem

Um estudo efectuado em Portugal acerca das intenções de voto dos jovens Portugueses revela que os jovens portugueses não têm um partido definido, não votam mas estão alertados e consciencializados para questões como conflitos Internacionais, fome, desastres naturais e assimetrias globais. Sem tirar a devida importância da participação de todos nas eleições e, consequentemente, no destino do nosso país, não é de admirar que a juventude portuguesa veja as coisas desta forma atendendo à classe política que temos e que da qual dou alguns exemplos têm conduzido o país para um espectro negro em termos de futuro: Santana Lopes, Paulo Portas, Morais Sarmento entre outros.
Qualquer das vias a questão não se esgota por aqui. Temos que ter em conta um pormenor importante para a equação que é, indubitavelmente, o multifacetismo de um voto actual. Actualmente, um voto depositado nas urnas em Portugal ou em qualquer outro país europeu determina, acima de tudo, pela vontade expressa da maioria dos votos, a condução do destino de um país num mundo global. A vitória do partido A ou B, determinará a forma como as políticas externas serão conduzidas, e daí, o próprio destino também desse país. Um exemplo flagrante desta disposição, e deste leque de facetas, é a Espanha. Asnar decidiu, à semelhança de Durão Barroso, apoiar a invasão do Iraque por parte da coligação EUA/Reino Unido e o resultado não se fez esperar a 11 de Março de 2004. Tendo em conta que, um voto actualmente, é muito mais do que a escolha simples e directa de um determinado partido, mas sim, a escolha de um partido e de um enquadramento político internacional, pelo menos, não admira que, os jovens portugueses, não se sintam suficientemente convencidos em votar num determinado Partido, já que estes, em Portugal e no Mundo Ocidental, uns mais que outros é claro, estão a contribuir para o estado de coisas actual em termos de políticas globais que estão a fomentar o aumento do declive entre países desenvolvidos e sub-desenvolvidos.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Esperteza saloia

Por vezes, no Ocidente, e em especial no Extremo Ocidente, denominação que é atribuída por amigo meu quando se refere aos Estados Unidos, há a tentação de equacionar algumas questões como sendo do foro Internacional apenas pelo facto de se pensar que, nos países de Terceiro Mundo, os locais, não são capazes, de todo, gerir os recursos naturais. Esta visão é, obviamente, enferma de um erro de cálculo, gravíssimo, que reside no facto de se esquecer, continuamente, que um dos maiores problemas dos países do Terceiro Mundo reside na exploração gananciosa, por parte dos países “desenvolvidos�, dos recursos naturais. Daí, recebi por email a transcrição de um discurso, proferido pelo Ministro da Educação do Brasil, aquando de uma palestra promovida por uma Universidade Norte-Americana. O tema da palestra era a possível Internacionalização da Floresta Amazónica, tema que tem vindo a suscitar bastantes palestras e palavras “muy dotas� proferidas por alguns iluminados Norte-Americanos que pensam que o Mundo seria muito infeliz se não existissem os Estados Unidos. Se eles soubessem….Eis a transcrição do discurso do Ministro da Educação Brasileiro a propósito do tema mencionado anteriormente. Tudo isto foi originado pela esperteza saloia de um aluno Norte-Americano quando coloca a questão da Internacionalização da Floresta Amazónica da seguinte forma: Responda como Humanista e não como Brasileiro, o que acha da Internacionalização da Floresta Amazónica?
Eis a resposta a tamanha esperteza saloia:
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de Todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que NovaYork, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos, Manhatan, deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os Arsenais nucleares dos EUA até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!"

Inegável bom gosto

Meus caros e caras, a mãe Oliveirinha, tem um inegável bom gosto senão vejamos o que a Mãe Oliveirinha disse quando estava a ver o jogo do Sporting:

" O equipamento do Sporting é o mais bonito do campeonato."

Convinhamos, a mãe Oliveirinha tem um inegável bom gosto. Saudações Leoninas.

sábado, janeiro 22, 2005

Mediterrâneo ou mediterranico eis a questão

Por diversas vezes ouvimos já falarem acerca de Portugal como um país mediterranico. Até aqui tudo bem, pois, genéricamente e não geográficamente, somos de facto um país mediterranico. Contudo, temos que observar um detalhe importante sobre toda esta matéria que é, sem margem para dúvida, o perigo da generalização. Existe um fio conductor entre os vários países da bacia do mediterraneo, Norte de �frica incluído, mas que, a meu ver, não pode ser generalizado ostencivamente como é feito por várias pessoas. Crer-se que Portugal e Espanha são exactamente iguais é um erro, como é também, dizer-se que são diagonalmente oposto pois, acima de tudo somos, Portugal e Espanha, ibéricos. Há as devidas diferenças entre os vários países mediterranicos concerteza e nesta matéria creio que a grande divisão cultural entre o Sul da Europa e o Norte da Europa está concretamente num outro factor que não o Mediterraneo. Creio que a divisão está concentrada entre os países sob religião católica maioritária e os países de religião maioritária protestante. Esta sim é a verdadeira "divisão" cultural entre as duas Europas, veja-se o exemplo da Alemanha com o Sul católico e o Norte protestante. O que acham?

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Fazer as Pazes com a História

Sempre achei curioso o fenómeno das excursões de ex-combatentes do Ultramar aos locais para onde foram mobilizados. Homens que foram mobilizados para uma guerra sem sentido, privados de parte da sua juventude, providos de um sentimento nostálgico para com a terra que conheceram da pior e menos auspiciosa forma. Contudo, é curioso verificar o sentimento, talvez um certo apego, aos locais onde estiveram a combater um inimigo que lhes foi oferecido como sendo terrorista. Creio que estamos perante um sentimento tipicamente Português e que, porventura, será difícil igualar por outros povos.
É certo que foram cerca de um milhão de homens, durante todo o período de guerra, para as ex-colónias combaterem os movimentos independentistas dos povos africanos que mantínhamos obstinadamente sob nosso domínio, e que, no meio de uma guerra injusta, cometeram-se alguns excessos e crimes de guerra também convínhamos. No entanto, é curioso verificar como é que homens que combateram em �frica procuram regressar aos locais de combate para acerto da alma. O sentimento é o de terem feito o que lhes foi incumbido fazer com as devidas reservas morais de cada soldado para não cometer os excessos que existiram mas que, felizmente, não foram generalizados. A história tem a tendência de se repetir e a Guerra no Iraque, pelo menos em termos de argumentação de legitimação da guerra, tem contornos idênticos à Guerra Colonial Portuguesa. A questão do “terrorismo� e do policiamento dos territórios sob o domínio demoníaco dos terroristas foi a legitimação, pensava o governo fascista Português, de um conflito sem sentido algum. Actualmente, a Guerra no Iraque, também é enferma na tentativa de legitimação, por parte da Coligação, de uma guerra sem sentido contra o terrorismo, utilizando quase a mesma argumentação. Gostaria de saber se, os militares Norte-Americanos, daqui a uns anos, farão “excursões� ao Iraque para fazer as pazes com a História.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Narcisismo Bloguístico

Já me tinha chegado aos ouvidos que, o fenómeno dos blogues, vulgo blogoesfera, tinha atingido proporções significativas junto do que é a matriz de formação da opinião do público em geral. Como tal, e com as consequentes repercussões sob um narcisismo encapotado de alguns personagens da ribalta política nacional, eis a entrada de vários candidatos às próximas eleições no mundo ultradimensional do blogues. Exemplos são vários como o de António Seguro e Morais Sarmento. Penso, parafraseando Alamada Negreiros, que sei todas as coisas, não sei é o que é a coisa. Como tal, sem querer opôr nenhum pseudo código de ética ou moral e bom costume da blogoesfera às intenções dos novos blogueiros, cumpre pensar realmente o que é que este fenómeno significa. Sabe-se que vários blogues são tidos como fonte da informação de milhares de pessoas para manterem-se informadas, filtrando assim os meios de comunicação tradicionais, e dessa forma formarem a sua opinião. A blogoesfera atingiu proporções tais que, candidatos a eleições, iniciaram blogues próprios. Mas afinal o que se pretende com esses blogues? Irão editar as suas memórias, os seus pensamentos? Creio que o melhor é verificar o eles têm para dizer, se é que têm alguma coisa para dizer. Na minha óptica, nada mais é do que meros instrumentos de propaganda barata, estratégia de Marketing.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Irmãs Madalenas

Os conventos de Maria Madalena na Irlanda eram administrados pelas freiras da Misericórdia em nome da Igreja Católica. Acolhiam raparigas enviadas pelas famílias ou por orfanatos, que ficavam aí encerradas e eram obrigadas a trabalhar para expiar os seus pecados. Pecados das mais diversas naturezas: desde ser mãe solteira a ser demasiado bonita ou demasiado feia, demasiado simples, demasiado inteligente, vítima de violação e por esses pecados trabalhavam sem receber qualquer tipo de remuneração 364 dias por ano, e passavam fome, e eram vítimas de castigos físicos, humilhações, violência física e mental, e separavam-nas dos filhos. As penas que tinham de cumprir eram ilimitadas. Algumas mulheres viveram e morreram nos conventos. O último convento encerrou na Irlanda em 1996. o filme baseia-se no ponto de vista de quatro destas jovens nos anos 60, uma época de libertação de costumes para as mulheres. No entanto, estas jovens católicas viviam num pesadelo quase medieval. O filme explora o desenvolvimentos das suas personalidades, num ambiente controlado e dominado por mulheres virgens, servas de Deus, esposas de Cristo. Cada uma ao seu modo, as jovens tentam revoltar-se e as suas vidas seguem trajectórias distintas. É um filme de ficção, que lamentavelmente se baseia numa história verdadeira.

Aconselho, para quem tem um estômago forte, verem este filme Peter Mullan que retrata as atrocidades cometidas, sobre jovens na Irlanda, em Nome de Deus e da expiação de pecados, pelas Irmãs da Ordem Religiosa das Irmãs de Madalena. Faço qualquer das vias as devida excepção para outras ordens de religiosas que não poderão ser colocadas no mesmo saco.

Obrigado Ridufa

A Ridufa do Luz de uma Vela enviou-me uma animação excelente que retrata a vida num apartamento e em termos de animação e conteúdo está muito bom. Obrigado Ridufa, é por essas e por outras que viver no campo tem as suas vantagens.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Desenvolvimento

Sempre tive a noção de que um país, para ser verdadeiramente desenvolvido, deveria fazer uma verdadeira e nítida aposta na Investigação Científica e Educação. Em Portugal, isto, não é feito, sendo considerado um custo demasiado excessivo para os cofres do Estado. Quando Portugal entrou na União Europeia, a Irlanda, estava na cauda da Europa, no entanto, quase vinte anos volvidos, Portugal está bem atrás da Irlanda. O investimento realizado na Educação e na Investigação tecnológico pela Irlanda produziu os seus frutos, por cá, temos mais auto-estradas e vários sectores produtivos do país completamente devassados e vendidos ao preço da uva mijona literalmente. Pergunto-me até quando? Até quando é que a Investigação Científica e a Educação serão tão desprezadas?
Espanha investiu no projecto Airbus e facilmente poderemos pensar que, A Espanha, investiu com o intuíto de obter lucros com as vendas do novo aparelho da Airbus. Não foi esse o ganho significativo de Espanha, foi antes, a imagem de inovação e capacidade tecnológica que Espanha transmitiu para o estrangeiro e, consequentemente, as empresas exportadoras espanholas. Será tão difícil perceber isto?

Adenda

Devo fazer uma pequena adenda ao post anterior intitulado Anita vai à China apenas para referir o seguinte:

O Presidente da República, Jorge Sampaio, cometeu um erro crasso ao permitir que um Governo, não eleito, subisse ao poder. Depois disso, decidiu dissolver o governo e convocar eleições antecipadas, o que, a meu ver, só peca por tardio. No entanto, não deixo de suspeitar que, a decisão de dissolver o parlamento, só foi tomada após pressão da Banca e grandes empresários exercida sobre o presidente da república. Somente isto explica o que Jorge Samapaio disse, e a forma como o disse, na visita oficial à China. Quanto a traições, facadas e outras actividades circenses, estas, deixo-as a Santana Lopes, esse sim, o verdadeiro mestre e pessoa com propriedade para falar acerca disso.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Perplexo

Fiquei perplexo quando ouvi a notícia acerca de um estudo efectuado ao Sistema de Saúde Português que indicava que pelo menos 36.000 óbitos poderiam ter sido evitados se existissem melhores cuidados de saúde e, essencialmente, meios de rastreio e prevenção de doenças. Num época em que o combate ao défice orçamental está na ordem do dia, é importante verificar como a Administracção pública desperdiça milhões de Euros em cuidados de saúde que poderiam ser evitados com acções de rastreio.

Anita vai à China

A visita oficial de Jorge Sampaio à República Popular da China tem causado, em mim, alguma indignação, não pela simples visita, mas sim, pelos constantes e sucessivos discursos, qual brochuras comerciais da China, ditos por quem se intitula o paladino da Democracia. Faz-me impressão a forma cândida como tem vindo a ser abordado um país que viola insistentemente os mais básicos e fundamentais direitos consagrados pela declaração universal dos direitos dos homens. É importante referir que, enquanto o Jorginho passeava de comboio a 400Km/hora, percorria um país que:

Utiliza a Penal capital com requintes de malvadez, ou seja, utiliza a execução de prisioneiros com uma bala na nuca que, religiosamente, terá que ser paga pelos familiares, a bala refiro-me.
Não respeita o princípio da liberdade religiosa ao perseguir católicos e seguidores do Falong Dong.
Ocupou o Tibete e, militantemente, tem procurado destruir a cultura Tibetana.
Utiliza o trabalho escravo de prisioneiros políticos em fábricas.
Possuí um programa de armamento nuclear ao que parece bastante avançado.
É responsável pela destruição do meio ambiente através da construção de barragens megalómanas que alagaram e destruíram milhares de hectares de habitats únicos no planeta.
Fomenta a política exploratória da mão-de-obra para alicerçar uma política capitalista do mais selvagem que pode existir.

Enquanto isto, o Presidente da República, apresenta uma série de exemplos a seguir por Portugal. Para mais enaltece, e bem, o facto de Macau estar actualmente numa situação económica mais favorável do que quando era governado por Portugal. Para mim, há coisas que são evidentes mas que, com um pingo de vergonha e vontade de reflexão, nem se diziam às bandeiras despregadas.
Esta visita de Jorge Sampaio fez-me recuar um pouco no tempo e recordar-me duas decisões importantes que este tomou. A primeira de permitir a subida ao poder de um Primeiro-ministro sem ser eleito, e a segunda de ter dissolvido o governo desse Primeiro-ministro não eleito. Percebi, através das declarações de Jorge Sampaio, o porquê real das duas decisões mencionadas. Livre de qualquer vontade própria, Jorge Sampaio tomou estas duas decisões por vontade de lobbies industriais e financeiros. Se verificarmos o conteúdo das declarações de Jorge Sampaio durante a visita à China, percebemos facilmente o quão maneatado está o Presidente da República.
Por fim devo referir um aspecto que, para mim, é importante. A possível, e quase iminente, falência da indústria têxtil portuguesa, pelo menos, como a conhecemos actualmente, não me assusta. Se formos a ver que é esta a responsável pela criação de milhares de postos de trabalho mal pagos e exploratórios, com benefício no enriquecimento de alguns “empresários� que andam a de Ferrari à custa da evasão fiscal e salários baixos. Do caos nasce a ordem.

sábado, janeiro 15, 2005

Hoje e só hoje

Hoje estou de molho. Isto de estar até às quatro da manhã, após um dia atribulado como foi o de ontem, à conversa com fellow bloggers, com bejecas à mistura, tem muito que se lhe diga. Já agora será que custava muito, quando fazem comentários, deixarem lá o vosso mail? Por vezes levantam-se questões cuja resposta não poderá ser dada através dos comentários. Portem-se mal que hoje é sábado dia do Saturday night fever.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Conselho de amigo

Como sou um amigalhaço de todos vós, aconselho vivamente a não tentarem sair do carro, à pressa, com o cinto de segurança ainda posto. Em especial se essa situação occorrer numa rua muito movimentada, pois, a risota é imensa e o melão enorme. Needless to say que isto aocnteceu a mim.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Está bem mas....

Tenho como hábito e valor moral, inabalável, não fazer menção da muita ou pouca beleza de quem quer que seja, pois, acima de tudo, aprecio muito mais a beleza do que uma mulher me tem para dizer do que propriamente o embrulho da respectiva. No entanto, há situações, ou melhor, excepções que confirmam a regra. Um moçoilo saudável e bem disposto como eu, quando abordado por uma jovem enviando a respectiva sinaléctica, é lisonjeiro sim senhor. Qualquer das vias a moça podia ter feito o bigode e lavado os dentes, não custava mesmo nada!!

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Entrei em transe mais uma vez

Após ter estado duas horas à espera para ser atendido numa repartição pública apercebi-me, na altura, que estou provido de uma paciência de santo. Mais tarde, e quando comecei a refazer-me de toda a situação desgastante a que fui sujeito, apercebi-me que afinal não é de paciência que se trata mas sim de transe. Foi o que me aconteceu quando me deparei com duas horas de espera para ser atendido e dei por mim num estado de transe quase profundo. Fiquei a saber que a Bábá está no último ano do curso de Direito e que já tem casa quase pronta. Fiquei a saber também que o Natal da funcionária pública foi muito bom pelo número de vezes que esta repetiu esta história de cada vez que atendia um novo utente/cliente. Aliás, gostaria de salientar a forma célere e resoluta como a funcionária contou o seu natal a todos os presentes, mais ou menos, à média de três vezes a mesma história por utente/cliente. Durante as duas horas de espera a que fui sujeito, dei comigo de olhos bem abertos a ver a pessoas a falarem comigo ou simplesmente a ouvir as conversas das outras pessoas e não entrei em stress, e porquê? Estava em transe só pode ser. Sempre gostei de observar as expressões faciais das pessoas, por vezes, autênticos bailados de expressões de momento alicerçados pelo escopro da vivência. É curioso, delicioso até, observar essas expressões que as pessoas fazem à medida que o tempo passa e que a paciência se esgota. Chega-se ao ponto de se falar apenas para o amplexo do ar, os olhos já não indicam o caminho, também não é por eles que as pessoas se guiam naquele momento. No momento de se falar, de se confrontar a fonte do stress provocado, os olhos desviam-se para a atmosfera e atiram-se os cartuchos para o ar olhando para o chão e espera-se que caiam as peças de caça, sejam elas quais forem.

terça-feira, janeiro 11, 2005

Agricultura

Quando me perguntam porque é que a Agricultura em Portugal está de pantanas, eu respondo sempre da mesma forma. A razão pela qual a agricultura em Portugal num estado deplorável tem a ver com a escolha das máquinas agrícolas.




A Mercedes e a BMW têm melhores máquinas agrícolas.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Vejamos se entendi ou não

Vejamos se eu entendi bem o esquema desta viagem do Mogais Saguemento a São Tomé e Príncipe. Para entregar material de um programa de cooperação com São Tomé e Príncipe, no valor de 350 mil Euros, freta-se um Falcon que custa cem mil Euros e passam-se umas férias num resort de luxo. Muito bem!! A fasquia do défice era de quanto? Três por cento? Estes tipos estão a aplicar a política da terra queimada, ou seja, estão a criar buracos para o próximo governo. Falta de espinha descomunal!

domingo, janeiro 09, 2005

O que há a dizer

O que há a dizer de uma noite de Lisboa? Muita gente, muita diversão e um ambiente e uma vivência diferente da que eu estou habituado. Para começar dá-me a impressão que o pessoal de Lisboa deve ser um bocadito enfesado. Num local cheio de gente é natural que hajam alguns encostos e encontrões naturais da passagem de um lado para o outro. No entanto, um leve encosto atirar um tipo qualquer para o chão, ou quase, é surrealista. Isto fez-me recordar as noites loucas da Discoteca itenerante, Tele-espaço. Esta discoteca itenerante ia sempre a uma pequena localidade perto da minha vila e, como devem calcular, isso constituia o momento alto da vida social de muita gente. O curioso era ver, a uma dada altura na noite, uma série de indivíduos à punhada no centro da pista e as restantes pessoas a observarem esse memoneto cultural tão interessante. Depois de umas valente pêras, os caceteiros, afastavam-se e podia-se ver, mais tarde, todos eles juntos, os inimigos da contenda da noite, a beberem minis no bar como se nada fosse. Digam-me lá, isto era possível em Lisboa? no lo creo.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Vou à capital

Amanhã vou à Capital e, mais uma vez, vou sair de lá com uma moca de tanto cheirar os tubos de escape. Lisboa está muito poluída ou então sou eu que apanho mocas de graça. Vai-se lá saber.


quarta-feira, janeiro 05, 2005

Poema

Hoje decidi apelar à minha sensibilidade olímpica e presentear-vos com um poema.
Eis o poema:


Eu cavo
Tu cavas
Ele cava
Nos cavamos
Vós cavais
Eles cavam

Não é bonito mas é profundo!

Cartaz do PSD

Ontem Santana Lopes sofreu um revés na sua estratégia para a campanha política. Num cartaz que o PSD fez e que, no qual, constavam as fotografias de Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Durão Barroso e Santana Lopes, a fotografia de Cavaco Silva, teve que ser retirada a pedido do próprio. Na base desta vontade de Cavaco Silva vinha, o pretenso prejuízo que a fotografia causaria ao mesmo, já que, este se encontra de fora da vida partidária. Apelando ao slogan do referido cartaz que dizia " Ninguém fez mais por Portugal" eu tenho uma proposta a fazer a Santana Lopes. Como todos os figurantes deste cartaz foram, de certa forma, emplastros para a sociedade portuguesa, proponho assim, e não fugindo ao tema central do cartaz, que seja substituída a imagem de Cavaco Silva pelo, the one and only, o genuíno, o verdadeiro, Emplastro!!!



3 minutos

Hoje ao meio dia, Portugal vai-se juntar aos restantes países europeus em trêsminutos de silêncio em memória das vítimas do maremoto. Não se esqueçam!

terça-feira, janeiro 04, 2005

Viagem pelo campo

Nada mais relaxante do que uma viagem pelo campo em que estás tu, um carro e uma paisagem bucólica. As cores são excelentes e a disposição plena ao ver esta paisagem. No entanto, como tudo na vida, há um senão. O senão desta viagem é, nesta altura do ano, viajar por esses campos e essa paisagem bucólina e gramar com o cheiro do adubo. Acreditem que tira a magia toda à paisagem.
No final da viagem, qual piece de resistence, beber um copo com alguns populares a trocarem imagens calientes de telemóvel como se não bastasse tamanho azar olfactiva anterior. Lá se vai a magia toda a não ser que, uma camponesa e um celeiro cheio de palha entrem em cena. Não, era sorte a mais infelizmente.

Curiosidades

No Correio da Manhã, onde a busca por um artigo decente por vezes se revela longa e tortuosa, eis que vem, na edição de hoje, um pequeno artigo bastante interessante. Seis tribos "primitivas" das ilhas de Indonésias de Anpamar e Incobar, escaparam com vida ao maremoto que afectou gravemente essas ilhas devido à sua sabedoria milenar que lhes permitiu ler os sinais da natureza. Os habitantes dessas ilhas, acostumados a lerem os sinais que a Natureza lhes dá, estranharam o canto das aves e o reboliço dos animais e abrigaram-se do maremoto. É caso para dizer que, a Modernidade, por si só não chega. No meio da tragédia imensa ainda há milagres e esperemos que estes aconteçam ainda trazendo com vida alguns dos desaparecidos até ao momento.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Direitos de Autor

Logo nos primeiros dias do ano ouvi um boato que indicava que, paratir deste ano, os preços dos CD´s virgens irião subir em virtude de se taxar uma percentagem para pagar Direitos de Autor. É incrível que se tenha que pagar Direitos de Autor na aquisição de um CD virgem quando, esse CD quando adquirido está virgem. Será que a virgindade paga Direitos de Autor também? Mais um bocadinho e também irão taxar direitos de autor nas fotocópias pois estamos a copiar livros e outros documentos que não foram escritos por nós. Isto é mais uma peixarada deste (des)governo, nunca desejei tanto chegar a Fevereiro.

domingo, janeiro 02, 2005

Poupem-me

Esta história de ter comentários é bastante positiva até chegar ao senão da questão. O senão da questão é apanhar um comentário como eu apanhei no post anterior de um brasileiro qualquer, a excepção espero eu, a teçer um comentário absolutamente imbecil acerca do facto de eu ter relatado um costume que nós temos por cá de sair na primeira noite do ano a bater com as panelas, afastando assim os espíritos do ano anterior. Esqueçi-me de referir que, nesse cortejo, este ano, estavam vários brasileiros que vivem no meu bairro. Sinceramente não compreendo o trauma de alguns brasileiros em relação aos portugueses pois, eu pessoalmente estou-me nas tintas para eles. Por que é que será que eles se "preocupam"tanto connosco?

sábado, janeiro 01, 2005

Festejos do fim do ano

Se para muitos o reveillon terá que ser algo sofisticado, para outros, uma garagem com uns galináceos assados, caldo verde e muita pinga é toda a sofisticação que poderiam desejar para a efemeridade. Foi o que aconteceu com uns vizinhos meus reunidos na garagem a comer frango e a beber uma pinga, boa por sinal. Depois da meia noite, três foliões, decidiram cumprir mais uma vez a tradição de sair à rua a bater com os tachos e panelas velhas. Assim foi, e os três foliões inundaram a rua com a sua alegria, não pela força dos números é claro mas sim por força da chiba que levavam que lhes permitia percorrer a rua inteira em toda a sua largura literalmente. Conseguiram contagiar quase toda a vizinhança e quando demos por ela estavam vinte e tal pessoas na rua a bater a fazer barulho com as panelas, a cantar e a beber. Que bela forma de entrar no novo ano.