terça-feira, novembro 20, 2007

O tempo é mestre das coisas

Nunca mais me esqueci do que o meu avô me dissera quando eu, uma dada altura, estava a braços com uma questão delicada por resolver e que me estava a transtornar bastante, ele virou-se para mim e disse-me :" O tempo é mestre das coisas, cura tudo, resolve tudo". Fiquei a pensar no que o meu avô me dissera e na altura não tomei em conta estas palavras sábias. Pensei que estivesse a dizer-me que eu é que teria que encontrar sozinho a solução para o meu problema e não consegui ver que o meu avô acabara de me dar a solução para o problema. Percebi que o meu avô me dera a resposta para o meu problema anos mais tarde quando desenvolvi a ideia que tenho sobre o tempo como espécie de entidade metafísica, num sentido meramente figurado, que restabeleçe os equilíbrios perdidos. Pensem no tempo como uma entidade que no restabelece a paz de espírito necessária para resolvermos os mais diversos problemas, nem todos claro está, mas um número considerável de problemas. Imaginem um problema como se de um baú fechado com vários cadeados se tratasse e que, na ansia de resolvermos os problemas, tentamos forçar frenéticamente os cadeados com as mãos sem alcançar êxito algum. O tempo, essa entidade metafísica figurativa neste caso, traz-nos a serenidade necessária para deixarmos passar algum tempo e acalmarmos o turbilhão emocional que nos tolda o discernimento. De minuto a minuto que passa, o tempo, dá-nos a calma necessária para encontrarmos, uma a uma, as chaves para os cadeados que encerram o baú que contém a resposta instantânea para o nosso problema. O tempo encarrega-se de cura feridas antigas e de dar a perspectiva mais fria sobre os nosso problemas. O tempo é de facto mestre das coisas.

terça-feira, novembro 06, 2007

Civismo e comunidade

Li o Post da Rita no Cacaoccino e não pude deixar de concordar com o ela escreveu. No entanto, gostaria de acrescentar mais alguns pontos acerca desse tema melindorso para a cultura Portuguesa que é a Cidadania. Que os Portugueses, desculpem-me a generalização, gostam de ter conversas de café acerca do quão mal está o país e de quão bons são eles a quem nada nem ninguém os engana, nem o Estado, isso, é um ponto assente e visível em qualquer café deste país. O que não é visível é o sentido de comunidade dos Portugueses. Numa sociedade ainda nas grilhetas da sua herança cultural judaico-cristã encabeçada pela ICAR e os seus 70 milhões para a nova fábrica de fé, ou lá o que seja aquilo, os únicos momentos em que se pode roçar o sentido de comunidade do comum dos Portugueses é para a construção da capelinha na aldeia ou para o campo da bola, essa catedral masculina de fé, esperança e muito álcool (ao Domingo mulheres na Igreja, Homens na Bola, so very typical ). Não há o impulso do comum dos cidadãos para fazer serviço comunitário, não, descansem não é cumprir pena porque esses, os criminosos, têem tempo de sobre para cumprir pena, refiro-me a auxiliar a comundade que poderá se revestir de muitas formas diferentes. Desde a atitude cívica do dia a dia para não deixar sujas as ruas, ou não sujar pura e simplesmente, a participação nos actos governativos da sa comunidade. Neste último aspecto percebe-se que, por um lado, a falta de participação dos cidadãos em assembelias de freguesia ou de concelho se deve por vezes ao "divórcio" dos cidadãos portugueses com a sua classe política, mas por outro lado, não vontade sequer e a preguiça, sejamos sinceros, impera. Isto traz-nos para um forma de estar do comum dos cidadãos para com o Estado que, no caso Português, é curiroso. Nós Portugueses temos uma relação muito paternalista para com o Estado, ou seja, vemos o Estado como a figura Paternal que o cultura Latina nos ensinou a encarar e a respietar à nossa maneira muito suis generis. Na cultura Latina o Pai é Lei, o Pai castiga, o Pai é pão. Ora, na relação dos Portugueses para com o estado, isso reflecte-se de uma forma curiosa porque, nós os Portugueses, comportamo-nos como adolescentes para com o velho e sábio Pai que castiga, que bate mas é sempre Pai. Somos penalizados nos impostos mas perdoamos o Estado porque é Pai e pai tem sempre razão e o que faz é para o nosso indubitável bem maior. Entretanto, fugimos, sempre que podemos, aos impostos para nos "safarmo-nos" qual adolescente a tentar afirmar-se como projecto de adulto. Pregamos aos céus que não precisamos e que sabemos melhor e que, o Velho Pai, o estado, já não sabe nada mas, quando as coisas apertam e correm mal, viramo-nos para o Velho Pai porque, o Pai é Lei, o Pai castiga, o Pai é pão. Dobramo-nos para sofrer o castigo e depois tudo volta à normalidade do fugir e enganar o velho outra vez até sermos apanhados de novo.
Em Portugal temos que iniciar um novo ciclo em que a cidadania é uma prioridade para o desenvolvimento do nosso Povo. Preocuparmo-nos com a nossa comunidade melhorar a nossa qualidade vida pessoal porque nos sentimos como parte de algo, como útis já que nos nossos empregos somos tratados como números. Pensem nisto.

A propósito de serviço comunitário em Março vamos plantar árvores no Entroncamento quem quiser participar chegue-se à frente ;)

sábado, novembro 03, 2007

Energúmeno,energúmeno,energúmeno

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Cem vezes ;) já está!!!

sexta-feira, novembro 02, 2007

Dísticos para automobilistas

Não consigo perceber o alcance desta nova medida do Governo PS para colocar dísticos nos automóveis com cores diferentes de acordo com os sinistros que cada automobilista terá sido responsável nos últimos 12 meses. É, como diz o provérbio, para inglês ver porque o alcance desta medida é muito relativo, ou seja, se eu provocar um acidente num espaço de doze meses deveria colocar um dístico de cor amarela no meu automóvel mas, se o referido automóvel, não for meu, o proprietário terá que andar por aí com um dístico amarelo no seu veículo e eu não, a não ser que mo queiram colar na testa ou assim. Ora, se entretanto, o automóvel em que eu me desloco não for minha propriedade, ou se, o referido automóvel, for troca a sua propriedade, o dsitíco de nada indica aos transeuntes. Posso ter provocado dois ou três acidentes num veículo que não é meu e continuar a conduzir um outro automóvel com dístico verde. Creio que é uma ideia tola com toda a franqueza mas, todavia, poderá ter os seus benefícios e da actual medida pode-se alargar o conceito para uma vertente mais voltada para o design. Por exemplo:


Se eu deixo descair o automóvel nas subidas porque não sei fazer ponto de embraiagem, deveria ter um dístico Laranja porque o carro tal como o partido laranja não avança nem recua antes pelo contrário arranca aos empurrões.


Se eu conduzir sob o efeito do álcool deveria ter um dístico grená se for tinto, branco se for vinho branco e verde esmeralda se for vinho verde.


Se eu pura e simplesmente for um inegrumeno de boné de pala e automóvel xuning aí não deveria ter um dístico colado no automóvel mas sim uma enorme rodela amarela, como os tolos, tatuada na testa ou nas bochechas para melhor visibilidade.


De resto eu pessoalmente gostaria de um dístico verde e branco para que as pessoas tenham paciência porque sou sportinguista e não posso ser melindrado com buzinadelas porque basta sofrer o que sofro a ver os jogos do Sporting. Para mais, nos próximos tempos, eu deveria andar a pé para treinar o pagamento da promessa a Fátima ufa que foi complicado.