terça-feira, julho 26, 2011

Arrepio

Arrepia-me ouvir um deputado com 25 anos de idade, na sua estreia no Parlamento, descrever a sensação de se estrear no Parlamento como um misto entre o real e o místico muito semelhante à experiência que teve quando foi pela primeira vez à missa quando era miúdo/é miúdo. Se assim é, uma experiência entre o real e o místico, a Presidente da Assembleia da República deveria ter sido aquela senhora inglesa da TVI que fala com os mortos e no hemiciclo deveria ser permitido fumar para se puder utilizar o charuto enquanto se fazia camdoblé ou se queimavam alguns hereges para fazer a vontade da Direita old school. Mas que raio de merda de ideia primeiro que tudo por lá um puto com 25 anos num cargo tão importante e segundo lugar não explicar a aquela besta que desempenhar as funções de Deputado na Assembleia Nacional não é a mesma coisa que ir à reunião dos escuteiros, irra!!! É do PP o deputado em causa e como tal explica-se muita coisa.

quinta-feira, maio 05, 2011

Filhote

Não sou muito dado a escrever coisas muito íntimas sobre mim mas desta vez vou ceder nesse aspecto. Não posso deixar de partilhar que a experiência de ser Pai está a ser, para mim, absolutamente fantástica. É claro que agora que o meu filhote é pequenino é a fase mais ternurenta de todas até chegar à adolescência onde, invariavelmente, dá a vontade, por vezes, de apertar-lhes o pescoço( figuradamente claro). Até à adolescência é curtir ao máximo as primeiras palavras, as primeiras gracinhas, as primeiras gargalhadas e os mimos. Depois, são as chatices da idade do armário e da parvoeira e eu que o diga porque se o rapaz sair ao pai vou passar uns maus bocados mas até lá é aproveitar. Não sei quem é que disse que os filhos tornam a vida mais saborosas mas quem quer que seja tem toda a razão. Dão imenso trabalho mas amam-nos incondicionalmente e o que retribuem é de longe muito mais do que o trabalho que provocam. Não quero desrespeitar quem tomou a opção de não ter filhos mas desculpem-me, pelo menos para mim, é uma vida um pouco cinzenta.
Não tenho propriamente um projecto de Educação para o meu filho nem devo o ter. Pretendo que o meu filho se interesse em aprender mais do que colecionar um determinado canudo. No fundo quero o que qualquer Pai quer do seu filho, que seja muito feliz sendo o que quiser ser. Valorizo a forma como ele se esforçará, ou não, para atingir as metas que pretenda atingir. Não tenho vergonha em dizer que o meu filho não quer ser doutor se for essa a vontade dele, quero sim orgulhar-me de dizer que o meu filho é um grande profissional seja no que for com ou sem curso superior. Claro que transmitirei todo o meu conhecimento e, acima de tudo, o gosto por aprender, por saber mais do que o comum, Supra Vulgus sepere cupit e isso, provavelmente, levará ao ensino superior de uma forma muito natural.

segunda-feira, abril 25, 2011

25 de Abril

Lutar por um país que possa dar aos seus concidadãos educação, saúde, habitação e liberdade é um dos propósito do 25 de Abril, pena é que para muitos isso cause alergias. Temos a mesma nata da sociedade de 24 de Abril a comandar os destinos de Portugal. Uma oligarquia lisboeta balofa, preconceituosa , cacique, mesquinha, bolorenta, fétida, complexada, basbaque e retrógada que se julga cosmopolita atrasa o desenvolvimento do país. Não podemos continuar num país onde o poder é retalhado à mesa de um qualquer restaurante de Lisboa como se de um bife se tratasse. A liberdade de imprensa não chegou a Portugal, a imprensa ainda é manipulada pelos partidos do poder, em especial, pelos partidos de direita como é o caso da SIC e a ligação ao PSD ( ultimamente a campnha que têem feito ao PSD é escandalosa ). Liberdade de imprensa há quando tiverem a coragem de divulgar a orientação política da sua linha de informação, o povo tem o direito de saber isso para se informar e participar activamente na democracia.
Não vou comemorar o 25 de Abril, ainda não está feito!!!

sábado, abril 23, 2011

Remédio para a crise

Da tão propalada crise que graça estas terras resta o seu nefasto efeito na população portuguesa que obrigou a sua fuga em massa para terras do Algarve e até mesmo para o estrangeiro, que desastre!!! Sempre foi assim desde que me lembro, ou melhor, nunca deixou de ser assim porque lembrou-me sempre do meu país em crise, apesar de quando em vez, a crise ser mais nítida do que noutras vezes. Na "crise actual" é bom verificar que nos agarramos às nossas tradições e quando há férias grandes, leia-se pontes de feriados, e um bocadinho de sol mesmo que seja apenas uma promessa toca de rumar ao Algarve para esquecer a crise e gastar dinheiro mesmo que pouco a a custo de outras coisas bem mais importantes. É óbvio que não quero alimentar a teoria de que não estamos em crise ou que, como o nosso Presidente uma vez primeiro ministro disse em plena crise, vivemos num oásis económico, a minha pancada não chega a tanto. O que me leva a pensar é no porquê desta reacção, será que a população faz para desanuviar a pressão negativa do dia a dia e encontra nestas mini-férias retêmpera para um novo fulgor para sair da crise? Ou será mesmo a velha máxima que diz que o que queremos é pão e circo?
Continuo a achar curioso como a história se repete. No periodo liberal assolado por grandes convulsões sociais, partidos políticos sem escrúpulos, caciquismo, manequeísmo e irresponsabilidade geral vejo os tempos de hoje mas sem Eça de Queiroz e Bordálos de Pinheiro, estamos amputados de entidades críticas ao estado de coisas, sem acutilância cómica/política que possa mexer com intenções de voto, estamos amorfos!! Para o estado actual de coisas gerado por uma classe política irresponsável e em muitos casos criminosa por incúria, resta-me relembrar Eça de Queirós a propósito dos políticos da altura que eu colo directamente nos políticos portugueses actuais, em especial no cagão do Passos Coelho:

" Os políticos, como as fraldas sujas, devem ser mudados de tempos a tempos"

Precisamos de uma nova classe política, da junção de um conjuntode individualidades isentas e sem o rabo preso para fazer o que os caiciques nunca fizeram nem querem fazer.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Presidências Sporting e Misses

Não é novidade para quem cá aparece no Raminhos que eu sou um Sportinguista fervoroso. Como tal, não é de estranhar que eu escreva acerca do meu amado clube que me prega algumas partidas ao meu coração, o que vai causar alguma estranheza é eu fazer um paralelismo entre as eleições presidencias e as eleições do Sporting, isso sim é aparentemente estranho. Afinal o que há em comum entre as eleições do Sporting e as eleições Presidenciais? Meus caros em comum têem o facto de ambas parecerem, ou ter parecido no caso das eleições Presidencias, concursos de misses com discurso do estilo paz ao mundo e criancinhas muito felizes. Nas eleições Presidenciais ganhou a Miss que já lá estava para não fazer a malta ter que pensar muito em mudar porque, para isso, somos alérgicos cá em Portugal. A miss eleita tentou salvar a sua honra de donzela apesar de ter sido apanhada aqui e acolá com a boca no trombone, ou melhor, no BPN e os restantes candidatos não conseguiram convencer os demais que seriam, mesmo assim, tão prendados como a donzela que para lá foi posta. Devo confessar que há coerência no discurso e nas acções da miss eleita pois, tal como anunciou, reduziu o seu orçamento de campanha apesar de ter tido a ajuda do PSD e o respectivo aumento do orçamento deste para mobilizar a máquina apoiante da donzela. Há coerência nisto tudo porque quando se começa com hipocrisia tem que se acabar com hipocrisia por mais que não seja aplicando o discurso da felicidade ao mundo e às criancinhas também. Agora vem o Sporting, perguntam-me mas que raio de comparação é essa afinal? Meus caros é simples! Nas eleições sporting já se fazem sondagens sem candidatos nem projectos o que me leva a crer que vamos eleger uma Miss Sporting Presidente porque só vi fotos de candidatos a candidatos e outros que estão a tentar mandar o barro à parede. Além das misses as sememlhanças entre o Sporting e as presidenciais estão no facto de se baralhar e baralhar outra vez e saírem sempre as mesmas cartas, ou seja, só saíem é duques e jockers.
As eleições do Sporting estão a alimentar alguma espectativa em mim na medida em que não se sabe qual vai ser o banco que vai ganhar, perdão, presidente que vai ganhar. Gostava que fosse um tipo qualquer de uma cervejaria porque, se agora o cartão de sócio do Sporting é um cartão do Bes, se o presidente fosse de uma cervejaria, o cartão seria uma Mini e pelo sim pelo não de cada vez que a coisa corresse mal bebiasse o cartão ou, em alternativa, se a coisa corresse bem, bebiasse o cartão e mandava-se vir uma segunda e terceira e quarta via porque a ocasião é de festa. Vamos reflectir nisto!