segunda-feira, setembro 27, 2004

Signs of the Time

Quando andava no Liceu o furor da altura eram as BMX. A popularidade de quem levava para a escola uma BMX era notória, se por acaso fosse um privilegiado, então levava uma BMX com amortecedores. Mais tarde, já na faculdade, a minha preferência estava centrada noutro tipo de veículos e desportos, creio que não é necessário alongar-me muito nesta matéria pois quem já frequentou, ou frequenta, uma Universidade sabe bem aquilo a que me refiro como desporto. No entanto, o que eu via por viver paredes-meias com um Liceu era que das bicicletas tinha-se passado para as scotters. Aí começaram os problemas.
Actualmente, o jovenzitos do Liceu, e eu falo daquilo que vejo, têm um carrito que orgulhosamente ostentam e espatifam estrada a fora com peões e ultrapassagens loucas. Sinais dos tempos os que hoje determinam a possibilidade dos rapazolas de hoje terem um carro dado pelo papá para espatifar na estrada em “concursos� de velocidade labrega.
Eu quando for grande quero ter um carro tunning com o auto-colante da Playboy, uma luz azul debaixo do carro, um aeleron de tamanho colossal e uma aparelhagem que dê para o bairro todo ouvir o pastilhame que eu lá meto alto e bom som. Quase me esquecia dos auto-colantes com mensagens carinhosas para os outros automobilistas.
Em Portugal, infelizmente, o automóvel ainda é, culturalmente, a extensão da masculinidade e a tão desejada afirmação social. Talvez um dia a nossa Sociedade cresça ao ponto de entender que um automóvel é um utensílio que mata se utilizado, como é em Portugal, neolíticamente por inegrumonos que andam aos milhares nas estradas portuguesas.Sempre pensei que o desporto automóvel era praticado em recintos próprios mas não, enganei-me, erro meu má fortuna eles andam por aí a matarem-se, o que é pior, a matarem outros.


Has a Portuguese citizen that I am, and proud of being so, I most admit that in Portugal people drive senseless. So If you ever intend to visit Portugal beware of the portuguese driver, he kills without mercy.

1 comentário:

Anónimo disse...
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