A questão do financiamento dos partidos já veio à baila por diversas vezes, e por diversas vezes foi remetido para um canto. Quando se fala na possibilidade de não autorizar, que um Partido polÃtico Português ( Partido Comunista Português), se auto financie através de uma Festa anual, é estranho que esse partido por sua vez seja financiado por grupos privados, cujos objectivos não são muito claros, ou pelo menos parece. Relembro que o Grupo Amorim é detentor da exploração de jogo do Casino da Figueira da Foz, e de repente lembrei-me do Casino de Lisboa, não sei porquê?
Eis o artigo, e as elações que poderão tirar aplicam-se também aos outros partidos polÃticos portugueses, pelo menos alguns:
"O Primeiro-Ministro Santana Lopes vai presidir à inauguração do Centro Comercial que, em meados de Outubro, o Amorim inaugura em Vila Real.
É um sinal da importância de um investimento, o maior de sempre em toda a região transmontana, e que criará mil postos de trabalho directos, e de que os amigos nunca se esquecem.
Santana cimentou uma amizade sólida com Américo Amorim quando foi presidente da Câmara Municipal de Figueira da Foz e o grupo empresarial foi apontado como um dos principais financiadores da campanha de Santana em Lisboa.
Pedro Passos Coelho, o ex-dirigente do PSD que enveredou pela gestão, tomou-se director financeiro da IP-Holding. Afastado da polÃtica, Pedro beneficia dos conhecimentos que lhe ficaram da actividade partidária. Foi Ângelo Correia quem terá sugerido o seu nome a IlÃdio Pinho. Ângelo sempre foi um dos amigos mais próximos de IlÃdio que, mais uma vez, terá seguido a sua recomendação.
Manuel Teixeira, que transitou da administração da Lusomundo para chefe de gabinete de Rui Rio, conserva a sua carteira profissional de jornalista e recorre à Casa da Imprensa, apesar de não exercer jornalismo há muitos anos. Aparentemente, os órgãos que fiscalizam tal atribuição consideram que as suas funções são compatÃveis com a posse desse tÃtulo. Quando se descartou da sua assessora Sara Fina, o PGR Souto Moura sempre se referiu a ela como jornalista. Se para uma personalidade sábia como o PGR jornalista e assessora é a mesma coisa e se um dos candidatos a bastonário à Ordem dos Advogados (Marinho Pinto) é igualmente jornalista, é difÃcil encontrar no paÃs alguém a quem deva ser vedada a atribuição dessa famigerada carteira.
Depois da extinção da Edição Minho, o "Público" vai acabar com a Edição Centro. A lógica do jornalismo de proximidade num mundo globalizado sofre mais um forte revés, depois das experiências fracassadas do "Diário de NotÃcias" para se impor no Porto e do recuo do "Correio da Manhã" que chegou a estudar o reforço da sua delegação no Norte. O "Público" que nasceu com duas sedes e duas edições -Porto e Lisboa -, perde a batalha da provÃncia e regressa ao modelo inicial, logo agora que a descentralização de secretarias de Estado testa a polÃtica da proximidade."
E assim se vai andando com a cabeça entre as orelhas.
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