Foi dito acerca do Ministério Público que este se tinha tornado num quarto poder em Portugal devido ao poder e amplitude de suas funções autónomas, que este dispõe actualmente, e pelo facto de este não ser legitimado por votos e daà não poder ser controlado pela tutela governativa. Faz sentido que uma instituição com o poder do Ministério Público tenha um organismo que o tutela e ao qual, o ministério público, deverá responder. No entanto, eu questiono, qual? O poder polÃtico pernicioso nos seus interesses? Os interesses de lobbies?
Isto despoletou uma questão pertinente acerca dos poderes instituÃdos em Portugal. Quantos são? Dá-me a impressão que desde o anterior regime as corporações que dominavam na altura, dominam actualmente ainda e com maior força do que anteriormente. A Magistratura, a Ordem dos Médicos, as famÃlias benzocas e todas as restantes componentes da “melhor sociedade portuguesaâ€� como eram apelidadas no anterior regime. Vivemos enternecidos com o inegável contributo dos melhores dos melhores empresários portugueses que saciaram a fome de Hipermercados e Centros Comerciais, ao passo que, todo e qualquer empresário jovem e inovador viu-se ser relegado para décima segundo plano nas opções estratégicas do Governo. Não posso esquecer o desagravamento fiscal aos bancos, as multas e dÃvidas de grupos que exploram os Hospitais Empresas serem perdoadas e as aquisições futeboleiras de quadros para a Função Pública e o Mira Amaral com uma reforma de miséria coitadinho do moço.
A vida tem-me moldado à s circunstâncias e ao mundo onde vivo actualmente. Aprendi a ser tolerante, aliás tornei-me, mais tolerante a certas coisas mas a outras sou cada vez mais intransigente e inflexÃvel. Talvez faça parte da ternura dos trinta. Continuo a ser irreverente e correndo bem a vidinha, continuarei a sê-lo até morrer.
Sem comentários:
Enviar um comentário