domingo, setembro 19, 2004

Manual de sobrevivência na política

No manual de sobrevivência para políticos consta uma receita milagrosa para males gerados por uma asneira, do tamanho de um camião, cometida por alguém que está recentemente no poleiro. A receita é simples e para todos aqueles que, um dia, pretenderem ou vierem a ocupar um cargo político, esta vai ser divulgada aqui no Raminhos. Esta receita não implica a utilização de produtos químicos nem animais, pelo que, podem deixar em paz os sapos e as galinhas pretas por enquanto.
Quando estiver a chefiar um ministério qualquer, o da educação por exemplo, e fizer uma asneirada das grossas, utilize a seguinte receita:

Escolha um ou dois lacaios, de preferência alguém que o avisou que iria fazer asneira da grossa à muito tempo e, com alguma pompa e circunstância, organize um sacrifício público. Nada mais agradável para a populaça que um espectáculo em grande e com muito sangue.
Na hora do sacrifício escuse-se de comparecer por motivos alheios à sua vontade e de maior importância para a nação, vá defecar, por exemplo, e enquanto faz isso evita que a trampa que deita atinja ainda mais os inocentes, o povo. Depois convoque alguns malabaristas e palhaços, de preferência malabaristas e palhaços que tirem fotos e filmem o evento para que todos os que não puderam comparecer, assistam no conforto dos respectivos lares, mais uma vez a populaça vai adorar, não há nada como pão e circo para o povo.
No final aja como se nada tivesse acontecido e reafirmando que o seu plano é genial pesa embora o facto de o ter sido executado com uma incompetência neolítica. Eis o remédio santo para males de incompetência e profunda ignorância e desvelo para com aquilo que é a responsabilidade do seu cargo e siga em frente que o povo já está habituado a estas coisas.
Por fim e como uma cereja no bolo, se conseguir que os seus lacaios ao serem executados em praça pública façam Méééé! Melhor ainda, assim conseguiu perpetuar a velha tradição lusitana de sacrificar um bode, expiatório em honra dos deuses da guerra.

A política é tão simples, as pessoas é que a preferem complicar.

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