Por vezes dou por mim a pensar se não terei uma mania qualquer da perseguição. Por todo o lado que vá, ou que tenha notÃcias de, deparo-me com as mesmas situações de injustiças, compadrios, favorecimentos, atropelos entre outras coisas. Penso por vezes no quão bom seria se a vida fosse bela e amarela, mas não, os pés têem que estar no chão, de vez em quando pelo menos, caso contrário, tropeçamos a caÃmos nas situações não-amarelas e belas.
Em Portugal a situação é aquela que se vê, e, apesar de pensarmos que do outro lado do arco-Ãris está um pote de ouro, este, ou já foi comido por alguém melhor colocado, ou então, não existe mesmo. Lá fora é que é bom, ou pelo menos, melhor. No Brasil, o presidente Lula da Silva, após 20 meses de governo, o balanço é contabilizado em escândalos envolvendo membros do elenco governativo e outros. O último escândalo envolve o Governador do Banco do Brasil em investimentos, com dinheiros públicos, num banco norte-americano especializado em lavagem de dinheiros sul-americanos, avaliação de terrenos para venda em hasta pública em valores exorbitantes, um cêntimo o metro quadrado. Na Alemanha, Schroeder, atrasa o pagamento dos salários dos funcionários, em 15 dias, devido a uma ruptura de tesouraria derivada ao pagamento de vários milhões de euros por um portal de Internet a uma empresa privada. O resto da situação internacional é aquilo que se vê todos os dias.
Com o tempo foi me apercebendo que, em todo o lado, a vida é complicada para quem é assalariado. Em todo o lado, o fosso entre as classes mais desfavorecidas e as ditas ricas está cada vez maior. Como é óbvio, nem todos somos iguais e os ricos existem e têem que existir mas, os pobres, por que é que têem que ser tão pobres?
De volta ao mundo dos adultos digo que por vezes não nos damos conta do que de positivo temos cá em Portugal e isso é importante. A nossa auto-estima está, como sempre esteve, em baixo, parece um mal congénito dos portugueses. Temos razões para estar em baixo mas tanto também é exagero.
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