sexta-feira, julho 09, 2004

Mar bloguesto

Quando comecei a navegar por entre o mar da blogoesfera, vasto que é, parti com o pressuposto de encontrar o Santo Graal da Liberdade. Não posso dizer que não o tenha encontrado, aliás, para ser verdadeiro com o que encontrei, devo dizer que encontrei vários Santos Graais. Encontrei várias Ilhas dos Amores, em que as musas enamoravam os que lá desembarcavam com um verdadeiro culto do hedonismo de se deixar enfeitiçar. Encontrei alguns Adamastores também mas, no final de contas feitas com a regra de três simples ensinada pelo tempo, conclui que as tais Ilhas dos Amores não passam de ilhas e contemplações de quem procura outra rota que não a da partilha de amores mais intelectuais. Quanto aos Adamastores, não passam de rochedos que falam apenas para as poucas gaivotas que por lá passam à procura não de abrigo nem peixe mas sim, de ventos favoráveis para partirem dali para fora.
Em alguns locais, desse mar, pontos geográficos dispersos num imensidão de mar de gente e ideias, encontrei espelhos que reflectiam imagens daquilo que o espelho quer que seja o reflexo de quem lá passa.
Afinal, como marinheiro que sou nesta blogoesfera, o meu navio parte sempre com nada à partida, à partida não leva nada, firme num movimento contínuo, rota incerta, e na certeza de encontrar alguns portos que me abrigam sempre, e que, dos meus porões nada esperam.
Sigo sempre a rota de uma liberdade que encontro sempre nas ideias e nas pessoas que encontro, mudo a rota quando as tempestades atormentam os vários portos. Esta é a Liberdade que se encontra na Blogoesfera mas, para tal, há que navegar e visitar os portos que nos dão abrigo.
Isto é vago como vago é, o ressentimento que por vezes temos de pessoas que, felizmente não aqui no Raminhos, deixam marcas de pretensa agressão à Liberdade mas o mar da blogoesfera é vasto, e há que seguir a rota. Como tal, pretendo que encontrem no Raminhos um porto de abrigo temporário na rota que cada um pretende realizar. Enquanto cá estão serão bem recebidos, dos vossos porões pretendo apenas as vossas impressões, as vossas ideias partilhadas por quem as quiser.

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