sexta-feira, julho 30, 2004
Bush versus Kerry
Pintassilgos para quem não sabe o que são....
Isto foi-me dito por um inglês de 70 anos em conversa acerca de Portugal, os Portugueses e a nossa forma de estar na vida. Desde 1993 morreram mais de 6000 jovens em acidentes de viação, fora os que ficaram com lesões para o resto da vida. È um tema que me preocupa como, preocupa-me também, as mortes ocorridas no local de trabalho por falta de condições de higiene e segurança e incúria por vezes dos trabalhadores. Na Inglaterra, vê-se sempre os trabalhadores com luvas calçadas, por cá, e lembro-me quando no verão eu e outros rapazes ia-mos fazer uns biscates nas obras, se calçasse-mos luvas éramos apelidados de, desculpem-me a expressão, pandelêros ( com a pronúncia ribatejana). Achavam muito normal que a rapaziada nova não usa-se luvas, mesmo que as mãos não estivessem devidamente calejadas. Chamavam-nos pintassilgos pois, a semelhança entre a cor das nossas mãos e o pássaro era marcante, para ilustrar melhor, as mãos castanhas do pó e sujidade, contrastando com o vermelho vivo das feridas, que eram provocadas pelos recortes afiados dos tijolos, assemelhava-se em muito com a cor do pássaro.
Em Torres Novas morreram três trabalhadores de uma destilaria, os três da mesma localidade, Casal do Tocha, foram limpar os silos do mosto com máscaras de inertes que, na melhor das hipóteses, evitam a inalação de poeiras e não mais. Como é possÃvel um a fábrica enviar trabalhadores para silos de mosto, subterrâneos, sem máscaras de oxigénio? O mais chocante é que daqui a uns tempos no relatório, provavelmente, constará que os trabalhadores não cumpriram as normas de higiene e segurança no trabalho, e cá vamos andando com a cabeça entre as orelhas.
quinta-feira, julho 29, 2004
Andanças 2004
Passo desde já a publicidade a um evento muito interessante a decorrer em São Pedro do Sul ( Viseu ) que envolve workshops de dança tradicional de vários paÃses do mundo. É interessante, o evento, como é interessante também visitar a zona para quem não conhece.
Resposta à pergunta da minha mamacita
quarta-feira, julho 28, 2004
Bloco de Esquerda
Os aspectos que referi anteriormente provocaram em mim uma necessidade premente em concretizar uma série de ideias, anteriormente cogitadas mas não devidamente formuladas. Ver um polÃtico de esquerda que advoga a liberdade de todos os indivÃduos por inteiro, sem fazer distinções nem privilegiar aqueles que por natureza ou estatuto adquirido, não precisam de serem protegidos, fez acreditar, ainda mais que, é possÃvel ter uma sociedade dinâmica em que todos têem igualdade de direitos e oportunidades. O preconceito que alguns têem de pensar que a esquerda pretender “abaterâ€� os ricos para beneficiar os pobres a qualquer custo é, como indiquei anteriormente, um preconceito bacoco e propagandista de direita conservadora. Uma coisa é proporcionar igualdade de oportunidades no acesso a um ensino público de qualidade, e outra é, organizar cocktail de solidariedade balofo no Jet set. O que a esquerda renovada pretende é proporcionar igualdade de oportunidades para todos aqueles que, por um motivo ou outro, ver-se-iam desfavorecidos por não terem meios para crescerem como indivÃduos e darem o tão indispensável contributo ao paÃs, e conseguirem largar o ciclo infindável da pobreza e exclusão. Não é necessária a solidariedade balofa, a esmola, o que os mais desfavorecidos necessitam é de terem o apoio necessário para viverem condignamente e crescerem. Só de pensar na quantidade de pessoas que neste paÃs abandonam os estudos por falta de meios, e imaginar o quanto se desperdiçou, em termos de capital intelectual, assusta-me.
Houve um aspecto com o qual eu discordei no que Francisco Lousã disse, que foi, quando respondeu à pergunta de Judite acerca do que seria a proposta do Bloco de Esquerda para renovação de modelo económico para Portugal, dizendo que Portugal não poderá competir com a China por exemplo no fabrico de DVD´s, devendo sim competir na produção de produtos mais avançados tecnologicamente ou de qualidade acrescentada. Quanto a isso, na essência, concordo pois, o quadro internacional actualmente, não permite isso mesmo devido aos salários baixos praticados na China. Não posso deixar de discordar com o que Francisco Lousã disse por um motivo simples. O problema dos outros também é nosso problema bem vistas as coisas. Pensar que a China pode produzir produtos a tão baixo preço apenas porque é assim mesmo está errado pois, não podemos esquecer do porquê desses produtos estarem a ser produzidos a tão baixo preço. DaÃ, qualquer modelo económico que assente num prisma da inevitabilidade dos paÃses do terceiro mundo só serem competitivos devido aos salários está errado. Cada fábrica que abre num paÃs do Terceiro Mundo para aproveitar apenas os salários baixos e, chocantemente, estarem desprovidas das mais básicas condições de trabalho, prejudica o Terceiro Mundo, agudizando o fosso e, prejudica também os paÃses mais desenvolvidos pela perda de postos de trabalho. Aqui aflorei aspectos como a globalização, o fosso entre paÃses desenvolvidos e o terceiro mundo mas não irei, aqui, aprofundar mais os temas, remeto isso para futuros posts.
terça-feira, julho 27, 2004
Deixem o Homem trabalhar
Ashoka não estás sozinha
Eis a fina flor do entulho:
segunda-feira, julho 26, 2004
Corn Flakes
Permitam-me que partilhe convosco uma das minhas facetas anti-sociais que, das duas uma, ou é de mim ou a sociedade não faz mesmo sentido.
Corn Flakes! Corn flakes meus amigos! Que história é essa de comer cereais ( que na maior parte das vezes sabem a cartão canelado ) para tirar gáudio da quantidade de vezes que se vai à casa de banho?! Todos os spots publicitários indiciam que os produtos que promovem, ajudam, significativamente, os intestinos a “ limparem-se�. Não acham isto estranho? Será que ir à casa de banho muitas vezes é sinónimo de saúde? Ou será, a partir de agora, um evento social ou socializante? O que é feito das papas de aveia?
A brincar se dizem coisas sérias. O que eu acho preocupante realmente é a perca da boa tradição da cozinha tradicional portuguesa, do tipo mediterrânico, que é bem mais saudável do que as batatinhas fritas, os hambúrgueres que comemos ( eu não entenda-se, mas como faço parte da sociedade enfim…). Tive a oportunidade de ler um artigo que referenciava um estudo efectuado em vários paÃses, dos quais constava Portugal, que indicava que a percentagem de obesos na população juvenil, tem vindo a crescer significativamente. Portugal, a par com a Irlanda, consta na lista dos que têem uma percentagem maior de obesos entre a população juvenil. È preocupante verificar isto pois é uma questão de saúde pública grave. Por outro lado, as crianças são bombardeadas, via televisão, com a noção que o esquelético é bonito ( pode ser, mas não como os modelos fotográficos anorécticos ) criando pressão e doenças preocupantes como a anorexia e a bolemia.
En Gallego
O primeiro passo será, de uma vez por todas, instituir o gallego como lÃngua oficial da Galiza, e não, o castelhano. Segundo, seria o estudo do gallego como lÃngua materna. Sou suspeito para falar do tema pois, tenho ancestrais gallegos mas, em Portugal, o que somos todos nós senão gallegos independentes de Espanha.
domingo, julho 25, 2004
Ando a ser seguido de certeza
Mesmo quando decido ir ao Castelo do Bode para meter as carnes de molho, deparo-me com o (des)governo de Santana Lopes. É impressionante mas verÃdico, após ter mergulhado na água maravilhosa do Castelo do Bode, vejo-me rodeado de jovens com cabelinho à jovem monárquico, com os seus objectos burgueses, barcos e motas de água, a importunarem quem quer nadar sem levar com um desses objectos na moleirinha.
Estamos a criar um futuro para quem? Para o jovem de barquinho potente e ruidoso que ciclicamente se aproximava da margem com olhar à matador fitando as jovens emigrantes embedecidas? Ou os dois putos a copularem debaixo de água? ( se a moça engravidar vai sair uma sereia ou a aquamen de certeza)
Não peço muito, é só poder tomar banho nas águas frescas do Rio Zêzere, sem me preocupar com os barcos e as motas de água a fazerem barulho e poluição desnecessária. No entanto, para além e ter que levar com o PSL no governo, levo também com as crias desses tios e tias de bem.
Ribatejano sofre!
sexta-feira, julho 23, 2004
Odisseia no Espaço
Não se está a investir o suficiente neste programa, o que é uma lástima. Assim nunca mais teremos o Homem a viver no espaço. Se investissem o suficiente na pesquisa cientÃfica e tecnológica, uma preciosa dádiva seria dada ao Planeta Terra. Perguntam-me, ou julgam voçês que me estou a referir à descoberta do Cosmos, não, estou-me a referir a uma colónia espacial na Lua onde poderiam ir para lá todos estes inegrumenos, que só fazem peso no nosso Planeta, de resto não têem serventia nenhuma diga-se, como são exemplo Bush, Portas, Pedro Santana Lopes, Sharon, Blair entre muitos.
One small step for men, one giant step for mankind.
Tenho dito!
Raça humana versus raças humanas
quinta-feira, julho 22, 2004
Perguntam-me voçês
Santana Lopes e o campeonato de Futebol de sarjeta
Antigamente, os jogos de futebol do campeonato de futebol de sarjeta eram disputados fervorosamente, o êxito desportivo era garantido pela selecção criteriosa dos elementos das equipas em competição. A escolha dos Secretários de Estado do governo do PSL seguiu o mesmo critério, mas, com uma única diferença que irei explicar mais tarde. Os critérios de selecção das equipas que disputavam o campeonato de futebol de sarjeta da minha rua passavam por várias regras implÃcitas como são exemplo as seguintes:
O dono da bola tinha sempre a preferência na escolha dos jogadores, caso contrário não havia bola para ninguém.
As posições no terreno eram ocupadas de frente para trás consoante o maior ou menor grau de habilidade dos jogadores. Os mais habilidosos à frente e os mais toscos na defesa.
Os guarda-redes eram sempre os mais toscos de todos os jogadores do “plantelâ€�, sendo um critério importantÃssimo o volume corporal do guarda-redes pois, como é conhecido tecnicamente, os gorduchos cobrem melhor os ângulos
As regras do jogo eram ditadas pelo dono da bola, senão acabava o jogo no momento.
Nada disto será novidade para todos aqueles que acompanhavam os respectivos campeonatos de futebol de sarjeta das ruas em que cresceram. Agora, vamos analisar o campeonato de futebol de sarjeta do Governo PSL ( a tal diferença que vos falava anteriormente).
O dono da bola não tem a preferência na escolha dos jogadores, que tem é o puto queque e enfezado ( Paulo Portas) .
As posições no terreno são ocupadas ao calha, pois, todos os jogadores são, uniformemente, toscos.
Guarda-redes não há pois o buraco é tão grande que nem vale a pena ter guarda-redes.
As regras do jogo não são ditadas por ninguém, a ver pelas asneiras já feitas a poucos dias do inÃcio do campeonato, é só jogar a reinar com a malta.
Que bons velhos tempos esse do campeonato de futebol de sarjeta que, no meio de toscos ainda haviam alguns virtuosos da bola. Agora, nesta equipa do PSL é só toscos e vamos mas é lutar para não sofrer mais de 10 golos por jogo de certeza absoluta.
quarta-feira, julho 21, 2004
Emigração
Sabendo que, várias infra-estruturas vitais para o nosso PaÃs foram construÃdas por emigrantes que em Portugal procuram melhores condições de vida ( por estranho que isso pareça), não podemos esquecermo-nos que estes deram um contributo válido para o nosso paÃs e têem que ser reconhecidos por isso. Não concordo com uma polÃtica de fronteira aberta para os emigrantes, por não ser possÃvel aplicar uma polÃtica de integração válida para estes. Temos que ver que aspectos como a protecção social, a educação são fundamentais para a integração plena dos emigrantes na nossa sociedade e, atendendo ao sistema de protecção social que temos, e também, com o sistema educativo que possuÃmos actualmente, não antevejo uma integração eficaz e justa para milhares e milhares de emigrantes.
Os tÃtulos de permanência atribuÃdos aos emigrantes são castrantes e até certo ponto, impeditivos de uma integração plena na sociedade. Parte-se do pressuposto que a questão da emigração em Portugal não é para ser resolvida mas sim, adiada até ver, esse é o espÃrito da autorização de Permanência com validade de um ano.
Por último, vou revelar-vos um pormenor, delicioso, de xenofobia estatal portuguesa. Um emigrante, titular de autorização de permanência, quando pretende renovar o seu visto por mais um ano, terá que, forçosamente, mostrar um contrato de trabalho válido e uma folha de descontos para a segurança social que deverá ter, pelo menos, 10 meses de descontos. No caso de o emigrante, não ter 10 meses de descontos porque o patrãozinho não pagou os descontos à segurança social, este terá que regularizar a situação primeiro e, entretanto, até resolver a situação, esperar um mês para nova marcação de visto e assim pagar uma multa de 75 € + 75 € da emissão do visto. Em Portugal, a vÃtima, ao que parece, é que tem sempre a culpa.
terça-feira, julho 20, 2004
Como uma ideia, aparentemente boa, se torna uma verdadeira cretinice
A criminalidade verificada nas comunidades emigrantes que vivem em Portugal, não representa nem um quarto da totalidade da criminalidade verificada em Portugal. Portanto, idealizar uma acção que visa controlar a entrada de estrangeiros no paÃs e dessa forma controlar significativamente a taxa de criminalidade no paÃs é preconceituoso e cretino.
A criminalidade verificada durante o Euro foi perpetrada por estrangeiros, mas pouco, ou seja, cidadãos comunitários. Assim o que se pode concluir? Que terá que ser considerada a comunidade inglesa. Alemã e holandesa como comunidade estrangeira, ao contrário do que se verifica actualmente?
Fechar as fronteiras evitará a proliferação das redes de tráfico humano? Se com as fronteiras abertas, o tráfico é crescente, com as fronteiras fechadas, será maior ainda e mais lucrativo para as redes.
Em suma, a ideia poderá parecer positiva mas, mais uma vez, como é nosso apanágio, escamoteamos a questão e não investimos no cerne da questão. A polÃtica de emigração é o cerne de toda a questão que envolve a criminalidade a ela associada. Quando não se definir, de uma vez por todas, se pretendemos, ou não, uma polÃtica de emigração em vez de fogachos repentistas e desumanos, não se poderá diminuir a criminalidade associada à emigração.
segunda-feira, julho 19, 2004
NotÃcia de última hora
Vão sair cerca de 100 paraquedistas da base de São Jacinto com destino a São Tomé e Principe com vista a garantir a paz no paÃs. Depois da descoberta de petróleo em São Tomé e Principe, agora sim é mesmo necessário garantir a manutenção da paz naquele paÃs. Já houve tumultos no paÃs e os paióis de munições foram assaltados o que leva a temer uma guerra civil ou golpe de Estado.
Nem tudo é mau.
O novo elenco governativo escolhido por Pedro Santana Lopes, tem, desde já, uma faceta que apela à modernidade. Um exemplo fundamental da modernidade imprimida pelo Pedro Santana Lopes está no Ministério do Ambiente. Luis Nobre Guedes, o novo ministro do Ambiente, foi apelidado de outsider pela Quercus, o que, no meu ver, demonstra falta de visão dessa referida Instituição. Para fundamentar o que digo, traço, desde já, as vantagens nÃtidas da escolha do Ministro "bem" para o ministério do Ambiente.
- Um ministro "bem" como Luis Nobre Guedes só pode fazer bem ao Ambiente que, concerteza, será mais selecionado
- Finalmente o Jardim Zoológico de Lisboa será um local In da sociedade portuguesa
- Os animais selvagens deixaram de o ser pois, a partir de agora, Nobre Guedes vai implementar polÃticas mais in a todos os animais.
- O facto de Nobre Guedes não perceber nada do assunto poderá ser benéfico pois, utilizando a velha máxima " não sabe, não mexe" pelo menos não vai estragar mais o que já está estragado.
Como podem ver, há sempre um lado positivo para todas as coisas.
sábado, julho 17, 2004
Dissertação de algibeira rota
Quando reflicto acerca da situação polÃtica actual canso-me mesmo antes de começar. Dou por mim a sentir o mesmo que uma equipa de fundo da tabela sente quando já está condenada à despromoção. A apatia é geral e isso reflecte-se na blogoesfera. Os blogs, que anteriormente vociferavam chamas e veneno em doses bem servidas, estão agora, murchos. O que há a dizer sobre a nomeação do Telmo Correia para ministro? Que foi uma surpresa? Que vai ser um descalabro? As respostas são conhecidas, não é necessário dissertar sobre o assunto. Por muita vontade que exista, a critica à situação polÃtica actual, cai na falácia de se tornar um reinventar da roda. O momento que se vive actualmente na blogoesfera está de certa forma interligado com a situação polÃtica actual.
A blogoesfera coloca, creio eu, algumas questões a si própria. O que será o futuro da Blogoesfera? Como serão os registos linguÃsticos? Quais os temas? São questões à s quais ainda não tenho resposta mas, pressinto a formação de um gigantesco arquipélago de blogs que, apesar das diferenças entre si, ficarão agrupados em blogs comunitários geridos por vários intervenientes em que os temas serão intimistas ou puramente fictÃcios.
Já coloquei aqui um post que dizia que o raminhos servia apenas para eu escrever exactamente aquilo que me dava na gana. Reconheço agora, apesar de continuar a pensar dessa forma, que é necessário cuidar de aspectos muito importantes para uma boa comunicação. Não posso negar que, pelo o simples facto de ter o raminhos na Internet, não esteja a comunicar, ou que, devesse comunicar mais e melhor. Não posso fugir ao que é evidente, ou seja, terei que comunicar. Este aspecto revelou-se muito mais importante do que eu alguma vez pensava. Apesar de colocar textos que são intimistas, estes, deverão, futuramente, ser mais comunicativos. Para tal, terei que evoluir muito até lá chegar, assim, comunico-vos que, o raminhos será uma plataforma de experiência pessoal até atingir um nÃvel comunicabilidade que eu desejo. Atingido que será, eventualmente, esse nÃvel de comunicabilidade, no lugar do raminhos nascerá outro blog por mim idealizado já à algum tempo mas que, se me permitem a expressão, está ainda em fase de gestação. Posso adiantar-vos que o burlesco será uma ideia que irei explorar, pelo que, poderão vir a conhecer novas personagens.
“ Setembro é o teu mês homem da tarde, ninguém morreu mas tudo treme já…� excerto de um poema de Ruy Belo.
sexta-feira, julho 16, 2004
Ao terras gélidas do norte
Tive a oportunidade de ler um post publicado aqui que referia um post, por mim colocado, sobre “ o contributo genético português na Noruega�, o que mereceu um comentário num blog de um Português radicado na Noruega. Gostaria de agradecer, desde já a visita, do blogmaster ao raminhos e dizer, em abono da verdade, que o post, obviamente, não pretendia fundamentar a teoria de um real e concreto contributo genético Português na população norueguesa mas sim, o espanto pelo facto de ter sido referido isso pelos próprios noruegueses num quadro exposto na Expo 98 em Lisboa.
Qualquer das vias, tive a oportunidade de ver o blog e aconselho a sua leitura por quem, como eu, comece a nutrir alguma simpatia pela Noruega. A propósito, e para aguçar mais o apetite pelo paÃs, a Noruega tem um rendimento per capita calculado nos 36.000 Euros por ano e tem um taxa de matrÃculas nas escolas de 98 %, assim vale a pena.
Pauta de classificações
A pedido de várias famÃlias em Portugal, vou postar algo mais soft. Para dizer a verdade, será algo mais mundano, mais divertido julgo eu.
Como em tudo na vida, há sempre algo que despoleta pensamentos ou devaneios que é o caso do post que vou colocar aqui hoje. No outro dia, após ter efectuado uma chamada para um número de assistência ao cliente, ligaram-me desse mesmo serviço. Um jovenzinho apresentou-se e disse que estava a ligar para efectuar um inquérito de satisfação ao serviço de assistência ao cliente. Até aà tudo bem mas, quando começou a fazer as perguntas, a minha mente perversa começou a dar pinotes de imaginação puramente burlesca. As questões que o jovem colocou, pertinentes para o serviço dele, não tinham nexo algum pois, como vos irei explicar de seguida há coisas que pura e simplesmente não se pode quantificar de zero a dez. A simpatia do assistente, a conhecimento técnico do assistente foram algumas das questões colocadas a mim que, para as responder tive quase a variar entre o responder ao calhas e a resposta tipicamente burlesca.
Classifique de zero a dez, sendo o zero insatisfação e os dez a satisfação total.
Questão nº 1
Classifique a simpatia do atendimento do assistente de zero a dez.
Hipótese um – resposta simpática - nove valores
Hipótese dois – resposta burlesca – “ tenho que dar um dois porque a sua colega, quando eu a convidei para um jantarzinho a dois seguido de uma noite de sexo luxúria e prazer respondeu-me que isso não estava incluÃdo no pacote. O que é que a sua colega quis dizer afinal? Que não há nada pró pacote ou que tem um pacote diferente dos outros, só atende chamadas? Hum..?!
Questão nº 2
Classifique os conhecimentos técnicos do assistente, novamente numa escala de zero a dez.
Hipótese um – resposta simpática – nove valores
Hipótese dois – resposta burlesca – “ ó amigo e eu que sei da capacidade técnica da moça? Se eu telefonei é porque não vejo um boi da coisa, logo, não posso avaliar seja lá o que for não é?!
É claro que não respondi de uma forma burlesca mas sim de uma forma simpática e pedagógica e dei sempre nove valores e no final disse ao assistente que, apesar de ter dado nove valores à moça, isso, não dispensa uma ida a oral ( atenção a oral é diferente de à oral ok?! )
quinta-feira, julho 15, 2004
O Homem das cavernas
Era uma vez um rapaz, toxicodependente, que vivia num certo paÃs, e numa certa cidade. Como muitos jovens de sua idade, entrou, compulsivamente, numa espécie de ritual de passagem para a vida adulta. Esse ritual de passagem à vida adulta consistia num internamento numa instituição, com regras rÃgidas, à s quais, devia o jovem, cumprir com zelo e disciplina. E assim foi até um dia em que um episódio, triste, sucedeu nessa instituição. Como o jovem era toxicodependente, e tinha ocorrido um furto de um rádio FM stereo note-se, rapidamente a Instituição deduziu que tinha sido esse jovem a cometer tão vil crime. Como a instituição que se prezava por um código rÃgido de ética e moral, agiu rapidamente punindo o jovem. Da punição constou um tratamento severo que consistiu num encarceramento do jovem numa cela com dois metros de altura por metro e meio de largura com água à altura da cintura. O jovem foi obrigado a permanecer lá, encarcerado, por seis meses até que a Instituição se apercebeu que tinha cometido um erro. Lamentável foi o erro, bem como, o tratamento sofrido pelo jovem que, ao ficar encarcerado, começou o processo de ressaca, violentÃssimo, e como tal, num gesto que de humano só teria se quisesse-se insultar a condição humana, foi-lhe administrado Lagartil , um medicamento ansiolÃtico utilizado para casos de esquizofrenia catatónica, e ou, aguda.( o efeito deste medicamento é muito forte e provoca um estado de catatónia que consiste na perda total das funções motoras e fisiológicas).
O jovem foi libertado num estado deplorável e, quando pretendeu regressar a casa, não o fez com vergonha e desorientação. Refugiou-se numa caverna à s portas de uma cidade onde, pelos locais, foi apelidado como o Homem das Cavernas . Os populares deixavam um prato de comida à porta da caverna e jovem permaneceu lá mais de um ano até que, após um alerta feito à segurança social, a PolÃcia foi lá buscá-lo. Dos três polÃcias que tentaram entrar dentro da caverna dois foram feridos com pedras e tijolos na cabeça. O jovem lá saiu da caverna e foi internado numa instituição de recuperação e reinserção social, da ficha de entrada constava que no dia x deu entrada um indivÃduo mulato num estado de subnutrição e ninhos de piolhos na cabeça que, inclusivamente, lhe tinha corroÃdo o couro cabeludo. Duas semanas mais tarde, na Instituição em que foi acolhido, deu-se a surpresa, o jovem afinal era branco.
Moral da história não há, cada qual que o faça de consciência própria mas, o propósito desta história foi apenas dar a mostrar uma história que infelizmente é verÃdica e que eu tive conhecimento depois de começar a colaborar com uma Instituição, a mesma que o acolheu, de recuperação e reinserção social.
Quase que me esquecia, o paÃs é Portugal, a cidade é Coimbra, a instituição que o prendeu é………
A história é triste mas pretendo apenas mostrar o que é que eu vejo por vezes quando olho para a vida do lado de lá da barricada.
Tenham lá paciência
Prometo postar uma coisita que me lembrou mas, por falta de tempo vou ter que postar mais tarde ok?! ( não que os posts sejam lá grande pistola mas nunca se sabe se o post que aqui vou colocar terá algum jeito e dessa forma salve a honra do Convento ;) )
quarta-feira, julho 14, 2004
Aviso aos mais incautos
Sou Branco
Sou de Angola
Sou Heterosexual
Sou contra a Homofobia
Sou do Interior, e com muito gosto, não pertenço a nenhum centro urbano...depressivo como Lisboa ou Porto.
Como muitas vezes, confusões são geradas por más interpretações de registos linguÃsticos. Traço aqui então o rumo, de certa forma, para todos os que visitam e possam vir a visitar o Raminhos.Assim, quando lerem algo que eu poste terão então um visão mais concreta sobre o que pensar acerca do caramelo que escreve as baboseiras que aparecem no Raminhos.
Por fim, resta-me dizer-vos também o seguinte,não tenho o blogue para uma certa espécie de enamoramento narcisico da minha pessoa, pelo que, quando acharem que algum post está uma autêntica bosta digam isso mesmo. E também devo dizer o seguinte, não frequento blogues como reacção hormonal a qualquer que seja o estÃmulo, faço sim, visitas em que gosto e pretendo partilhar ideias e até mesmo discordar, se fôr esse o caso, das ideias expostas lá.
terça-feira, julho 13, 2004
Vale a pena ler esta letra dos Faithless
A propósito dos acontecimentos a nÃvel mundial e, do estado de coisas a nÃvel mundial, Faithless presentearam-nos com uma letra extraÃda do seu último álbum que, a meu ver, diz muita coisa a mim e ao estado de coisas.
My dad came into my room holding his hat
I knew he was leaving,
he sat on my bed told me some facts, son.
I have a duty, calling on me
You and your sister be brave my little soldier
And don't forget all I told ya
Your the mister of the house now remember this
And when you wake up in the morning give ya momma a kiss
Then I had to say goodbye
In the morning woke momma with a kiss on each eyelid,
Even though I'm only a kid
Certain things can't be hid
Momma grabbed me
Held me like I was made of gold
But left her inner stories untold
I said, momma it will be alright
When daddy comes home, tonight
Whether long range weapon or suicide bomber
Wicked mind is a weapon of mass destruction
Whether you're soar away sun or BBC 1
Disinformation is a weapon of mass destruc
You could a Caucasian or a poor Asian
Racism is a weapon of mass destruction
Whether inflation or globalization
Fear is a weapon of mass destruction
Whether Halliburton or Enron or anyone
Greed is a weapon of mass destruction
We need to find courage, overcome
Inaction is a weapon of mass destruction
The skin under my chin is exploding again
I'm getting stress from some other children
I'm holding it in.
We taking sides like a politician
And if I get friction, we get to fighting
I defend my dad, he's the best of all men
And whatever he's doing, he's doing the right thing
It's frightening, but it makes me mad
Why do all these people seem to hate my dad
And if that aint enough now I got these spots
I go to sleep every night with my stomach in knots
And what's more, I can hear momma next door
Explore the radio for reports of war
And all we ever seem to do
Is hide the tears
Seem like daddy been gone for years
But he was right
Now I'm geared up for the fight
And he would be proud of me
If my daddy come home tonight
Listen me calmly
Whether long range weapon or suicide bomber
Wicked mind is a weapon of mass destruction
Whether you're soar away sun or BBC 1
Disinformation is a weapon of mass destruc
You could a Caucasian or a poor Asian
Racism is a weapon of mass destruction
Whether inflation or globalization
Fear is a weapon of mass destruction
Whether Halliburton or Enron or anyone
Greed is a weapon of mass destruction
We need to find courage, overcome
Inaction is a weapon of mass destruction
My story stops here, lets be clear
This scenario is happening everywhere
And you ain't going to nirvana or farvana
You're coming right back here to live out your karma
With even more drama than previously, seriously
Just how many centuries have we been
waiting for someone else to make us free
And we refuse to see
That people overseas suffer just like we
Bad leadership and ego's unfettered and free
Who feed one the people they're supposed to lead
I don't need good people to pray and wait
For the lord to make it all straight
There's only now, do it right.
Cos I don't want your daddy, leaving home tonight
A tartaruga em cima do poste
Enquanto suturava uma laceração na mão de um velho lavrador (ferido por um caco de vidro indevidamente deitado à terra), o médico e o doente começaram a conversar sobre o Santana Lopes. E o velhinho disse: Bom, o senhor sabe... o Santana é como uma "tartaruga num poste" ...
Sem saber o que o camponês quis dizer, o médico perguntou o que era uma “tartaruga num poste". A resposta foi: Quando o senhor for por uma estrada e vir um poste, com uma vedação de arame farpado, e uma tartaruga a equilibrar-se em cima dele, isso é uma "tartaruga num poste". O velho camponês olhou para a cara de espanto do médico e continuou com a explicação:
Você não percebe como é que ela lá chegou;
Você não acredita que ela esteja lá;
Você sabe que ela não subiu para lá sozinha;
Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
Você sabe que ela não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto
estiver lá;
Logo, tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá!
Mais um post englobado na rubrica " Santana, adeus ou vai-te embora"
Por falar em vender a alma.
Ora venha daà essa alminha
Já sabem, se pretenderem vender a vossa alma ao Diabo basta clicar neste link.
O que há a fazer
Na Sérvia, aquando do regime de Milosevic, surgiu um movimento juvenil apolÃtico de resistência cÃvica. O objectivo não era criticar apenas a polÃtica, era sim também, fazer ecoar a voz de quem, por muito tempo, tinha vindo, até então, a ouvir os vários polÃticos nacionais sérvios dizendo a mesma coisa independentemente do seu quadrante polÃtico. A organização desse movimento juvenil era secreta por secreta que era qualquer tipo de oposição a Milosevic e seu regime. No entanto, fazia-se mostrar em cartazes, passados de mão a mão, sob a capa de concertos musicais, manifestos publicados em edições periódicas clandestinas, entre outros estratagemas. O interesse nesta história que vos conto tem a ver com um pormenor subtil, ou seja, Milosevic e suas forças opressoras não estão cá em Portugal. Logo, a apatia sentida por vós e por mim também, tem os seus dias contados, pelo menos falo por mim, no Raminhos estará sempre um slogan contra o Primeiro-ministro imposto (e que caro que vai sair esse imposto). Juntos venceremos!
Lutarei pela Democracia no meu paÃs. Serei sempre contra todos os polÃticos que temos na praça, demagógicos, velhos e gastos. Estou farto desta forma de fazer polÃtica de todos os quadrantes, estou farto de partidos do e para o poder exclusivamente e a qualquer custo. Por mim, todos esses revolucionários que deixaram a Democracia solteira no altar para fugirem com a ganância e o dinheiro fácil, terão, politicamente, os seus dias contados.
Proponho assim, que em todos os blogues solidários com a causa da Democracia, seja fixado um slogan contra a imposição de um Primeiro-ministro à força, seja ele quem for.
segunda-feira, julho 12, 2004
Não pode ser sempre coisas tristezas, a malta também tem que se rir
A medalha
A fala do Ãndio
Li alguns livros sobre os Ãndios norte-americanos, como eles foram uma nação, corrijo, várias nações orgulhosas do seu passado e do seu modo de vida. A chegada do Homem de Clóvis, ao continente Norte-Americano, marca a cultura e a forma de vida dos Ãndios norte-americanos tal como a conhecemos actualmente através dos livros de história, e não, de histórias de almanaque entenda-se. Seduziu-me sempre a forma, harmoniosa, como os Ãndios, das várias nações Ãndias norte-americanas, viviam em profunda espiritualidade com a terra e os animais, sagrados, membros plenos de um ciclo de vida no qual o Homem fazia parte, não sendo o todo ou o topo como agora pensa que é.
Admirei sempre a forma prudente como os chefes Ãndios tomavam as suas decisões e também, a forma dura e resoluta como as aplicavam. Nunca esquecendo o Povo e a sua cultura, faziam a guerra, não de uma forma leviana mas sim, de uma forma última em causa que estava sempre a sua sobrevivência e a sua cultura. Gostava que no nosso paÃs, os nossos chefes ouvissem o Grande EspÃrito, os antepassados, o seu povo. Vou transcrever uma citação de um chefe Ãndio que, apesar de ter sido proferida no século XIX, é actual e mostra o porquê do tão grande respeito e simpatia que tenho por aquela cultura.:
“ O homem sentado no chão, em seu tipi, meditando na vida e no sentido que ela tem, aceitando o parentesco com todas as criaturas e reconhecendo a unidade das coisas do Universo, instilava no seu ser a verdadeira essência da civilização. E quando o homem nativo abandonou essa forma de desenvolvimento, o crescimento da sua humanização viu-se retardado.�
De Lutero Urso em Pé
Tenho muita pena que, em Portugal, os nossos chefes, como o Presidente da República por exemplo, tenham entendido que não deveriam ouvir o seu povo e os seus antepassados na anterior decisão de não convocação de eleições antecipadas, retardando assim o nosso processo de humanização e definhando a democracia.
sábado, julho 10, 2004
El Rei Dom Sebastião de volta e já!!
Sem querer dar muita delonga a este assunto, fétido pelo seu desfecho, cumpre-me, na qualidade de cidadão dizer o seguinte como resposta a uma pergunta feita, sem ser formulada, mas que foi colocada a sobrevoar o discurso de Jorge Sampaio. Não sou burro, aliás, sou burro depois de cometer uma burrice. Se não me deixarem cometer uma burrice, como poderei ser burro? Os burros têem, também, direito a serem o que são e a praticarem aquilo que melhor sabem fazer, burrices. Realmente, a luta incessante pela “ estabilidade polÃticaâ€� é cansativa e deve ser acompanhada de intervalos de quatro anos, logo, esta antecipação, em dois anos, de uma luta pela estabilidade polÃtica é dura e violenta. Compreendi ontem, pelo discurso de Jorge Sampaio, o que deverá ter sido dito, durante 40 anos, pelo anterior regime, até agora por mim considerado anti-democrático, para justificar e legitimar uma ditadura. O anterior regime primou pela manutenção da estabilidade polÃtica com a prossecução das polÃticas de Defesa (guerra colonial), de Negócios Estrangeiros (isolacionismo internacional). Nós temos, actualmente, um Presidente da República que utiliza os mesmos argumentos.
Fazer crer que os portugueses, 10 milhões, não têem a capacidade de decidir o que é melhor para eles, sendo essa responsabilidade assumida por dúzia e meia de indivÃduos representantes de agentes económicos, é uma ideia ultrajante, porca e cobarde. Sr. Sampaio deve ser uma grande maçada convocar eleições.
Alvitrou-se a hipótese de ter sido tomada a decisão de não convocação de eleições antecipadas para aguardar a vinda de El Rei Dom Sebastião. Hoje o céu está nublado mas Dom Sebastião não veio e agora Sr. Sampaio?
Por fim resta-me dizer a todos os muy doutos conselheiros do sr. Sampaio e a ele próprio também que, burro, é vossa excelência e toda essa corja de polÃticos de manga de alpaca que julgam que pode decidir o meu futuro e da nação onde vivo, sem antes ouvirem a voz de quem lhes paga e os coloca lá no poleiro.
Viva a Democracia! A luta continua, agora é a vez do povo se manifestar e provar a todos esses condores da polÃtica ( condores por que são necrófagos e são raros felizmente, os polÃticos é claro, e não o animal que não fez nem faz mal nenhum a ninguém)que sabe o que quer e, acima de tudo, quer continuar a poder querer o que achar melhor para o seu futuro.
sexta-feira, julho 09, 2004
Não me perguntem porquê
Escrevo este post como tributo a todos aqueles piratas de palmo e meio que, saltando de muro em muro, de aventura em aventura, deram o colorido, bonito que é, ao meio rural. Bem hajam ó guerreiros da fruta!
Mar bloguesto
Em alguns locais, desse mar, pontos geográficos dispersos num imensidão de mar de gente e ideias, encontrei espelhos que reflectiam imagens daquilo que o espelho quer que seja o reflexo de quem lá passa.
Afinal, como marinheiro que sou nesta blogoesfera, o meu navio parte sempre com nada à partida, à partida não leva nada, firme num movimento contÃnuo, rota incerta, e na certeza de encontrar alguns portos que me abrigam sempre, e que, dos meus porões nada esperam.
Sigo sempre a rota de uma liberdade que encontro sempre nas ideias e nas pessoas que encontro, mudo a rota quando as tempestades atormentam os vários portos. Esta é a Liberdade que se encontra na Blogoesfera mas, para tal, há que navegar e visitar os portos que nos dão abrigo.
Isto é vago como vago é, o ressentimento que por vezes temos de pessoas que, felizmente não aqui no Raminhos, deixam marcas de pretensa agressão à Liberdade mas o mar da blogoesfera é vasto, e há que seguir a rota. Como tal, pretendo que encontrem no Raminhos um porto de abrigo temporário na rota que cada um pretende realizar. Enquanto cá estão serão bem recebidos, dos vossos porões pretendo apenas as vossas impressões, as vossas ideias partilhadas por quem as quiser.
quinta-feira, julho 08, 2004
Divulguem
O desenvolvimento do estudo do genoma humano levou à alteração de alguns conceitos, e ou, preconceitos que existiam na Antropologia que, até então, estavam confinados aos compartimentos das teorias por confirmar ou provar. Assim, o conceito de Racismo sofreu uma alteração drástica em termos de abordagem e estudo do tema/conceito. Com a comprovação técnica, por parte da genealogia, de que o mito das várias raças humanas, não existia cientificamente por virtude de não haver uma ligação estreita entre as diferenças fÃsicas verificadas entre os vários povos que habitam os vários continentes e a existência de raças diferentes pois, o que se revelou foi que, por muito espanto e polémica que isso tenha gerado, as várias populações humanas partilham antecedentes genéticos que invariavelmente desembocam em Ã�frica, local de origem dos povos humanos modernos. Entretanto, importa referir que, na Europa o conceito de raça humana, ou melhor, da existência de várias raças humanas, assentou em teorias neoclássicas criadas em pleno século XIX que legitimaram, durante décadas, vários conflitos entre nações. A gravidade da situação assenta-se no facto de que, actual, ainda subsiste esse tipo de teorias bacocas ( já lá vão dois séculos, já é tempo de mudar não acham?).
Visto que existe uma raça humana, somente, e que todas as populações humanas têem um grau de parentesco elevado e, acima de tudo, todas as populações, salvo algumas excepções isoladas, tiveram contactos entre si, a noção de que um paÃs se distingue dos mais pela existência de um povo com caracterÃsticas especÃficas em termos raciais, está redondamente errado. Como escrevi num post anterior, o conceito de racismo está ligado actualmente, em termos técnicos antropológicos, com discriminação sobre os variados pontos de vista que não somente com as diferenças fÃsicas evidentes ou não. Homofobia, xenofobia, sexismo, machismo, feminismo e outras considerações discriminatórias feitas com base não incapacidade de aceitar a diferença, por muito válidos que possam ser os argumentos, fazem parte do que é actualmente o conceito de racismo. Como tal, quando se fala em racismo, pode-se fazê-lo em relação a todo o tipo de discriminação.
Em suma, o objectivo deste post visa, essencialmente, a desconstrução do conceito de racismo no âmago da questão, ou seja, o conceito da existência de várias raças humanas. Assim proponho a todos vós que concordam com o que está aqui escrito que, quando ouvirem alguém teorizar acerca da diferença entre as várias raças que, amavelmente, expliquem que existe uma só raça e como tal, a discriminação tendo por base apenas a diferença de tom de pele, digamos que, é idiota.
( Para melhor complementarem os vossos conhecimentos acerca desta temática aconselho a leitura da Revista Antropológica disponÃvel na net)
quarta-feira, julho 07, 2004
Curso de Formação
Eis o programa da acção de formação:
1º Dia
Como encher as formas de gelo, passo a passo, com apresentação de slides.
2º Dia
Sobre o rolo de papel higiénico. Será que nasce no porta-rolos? Mesa redonda
3º Dia
É possÃvel urinar levantando a tampa da sanita? Se é possÃvel, será também não urinar a tampa? Método Demonstrativo
4º Dia
Diferenças fundamentais entre o cesto de roupa suja e o chão. Gráficos e apresentações gráficas demonstrativas das diferenças encontradas.
5º Dia
A louça do almoço levita sozinha até à máquina de lavar louça? Exemplos em vÃdeo
6º Dia
O comando da televisão é um elemento de identidade masculina?
7º Dia
Oferecer flores à namorada ou esposa não é prejudicial à saúde, é caro mas não faz mal.
Como já referi as inscrições são ilimitadas.
Por último, as senhoras não devem rir-se muito porque ainda é capaz de sobrar para elas ;)
terça-feira, julho 06, 2004
Eles agradecem e nós retribuimos o gesto.
Ora, desde já, importa agradecer, ao reino da Noruega, o elogio que, antes de mais, revela bom gosto por parte dos noruegueses ao apreciarem a beleza portuguesa. Depois, temos que, humildemente, dizer aos Noruegueses que foi um prazer contribuir para a herança genética da Noruega (imagino o prazer que não terá sido). Aliás, envio daqui, o nosso muito obrigado a todos os paÃses que deixaram que nós, portugueses, tenhamos deixado o nosso humilde contributo, e também, agradece a todos os paÃses que contribuÃram também para a nossa beleza genética ( temos umas beldades muito exótica por causa disso, aà temos temos).
Ó senhora ministra cadê o dinheiro que paguei a mais?
Quero o meu dinheiro de volta e com juros Ó xoura ministra!!!
segunda-feira, julho 05, 2004
E agora?
O outro lado de qualquer questão é sempre intrigante e profÃcuo em atribulações e surpresas. Terá Durão Barroso pensado que Portugal iria ganhar o Euro 2004, deixando assim passar ligeiramente a confusão instalada por causa da sua demissão? E agora Sr. Sampaio, vai apelar à "estabilidade" e não convocar eleições antecipadas?.
Fiquei óbviamente triste com a derrota mas não consigo fazer discursos de vitória moral quando, perdemos a final do Euro 2004, numa oportunidade que dificilmente se repitirá, ou melhor, repitirá concerteza, mas com maiores dificuldades. O que me deixa revoltado é a simpatia imposta pelo fair-play que temos que ter apesar de termos falhado desportivamente. Já me está a doer a cabeça só com a expectativa de ter que ouvir as visões muy dotas dos milhares de treinadores de bancada, a explicarem o porquê da derrota. Não quero isso, quero sim soluções, ou seja, o que vamos fazer para a qualificação para o Mundial de 2006. Uma renovação está in order.
domingo, julho 04, 2004
O que irá acontecer?
Esta luta intrapartidária ( no PSD ) deu uma nova dimensão, real e concreta, do que é necessário fazer para conservar esse bem tão escasso que é o Poder. De velhos conflitos viscerais entre as várias facções, dentro da Laranja, viu-se o apelo à bandeirinha crescer, ou seja, de ódios antigos encheu-se o velho baú, substituindo as rivalidades por uma paz podre mas de bandeirinha em punho. A bandeirinha do poder move montanhas, na última semana falou-se muito num apelo a um gigante adamastor intitulado estabilidade polÃtica ou governativa. Na democracia, não há estabilidade governativa por inerência, existe sim, paz governativa por votos de 4 em 4 anos. As eleições servem para ditar a voz do povo acerca deste ou aquele projecto de governação que, será sempre encabeçado por alguém. Qual o receio de eleições? perder o poder? pois bem que o percam ou o ganhem se o merecerem mas deixem o Povo decidir o que quer do seu futuro.
Por último, na passada semana ouviram-se vários argumentos pró e contra a convocação de eleições antecipadas mas o que mais me captou a a tenção foi o "argumento" de que, após um reunião com vários representantes das corporações empresarias na sede do PSD, os empresários apoiavam, largamente, a não convocação de eleições antecipadas. Sim senhor com esse argumento é que me calaram!! os empresários são contra as eleições antecipadas e agora o que fazer, como argumentar?! Que bestialidade! a este argumento respondo da seguinte forma: Vozes de burros não chegam ao céu! e atenção que não tenho nada contra o animal.
sexta-feira, julho 02, 2004
Assim fiquei mais descansado.
Um termo, muito original, utilizado, ultimamente, foi o de Golpe de Estado Constitucional. É um conceito muito sui generis pois, ao que eu saiba, qualquer acto consagrado constitucionalmente, como é o caso de eleições antecipadas, não é um golpe de Estado a não ser que, o Arikiri, seja um acto constitucional consagrado. Acho piada a todos aqueles, muy doutos, economistas, dizerem que é perigosa para a estabilidade orçamental, uma crise polÃtica que as eleições antecipadas poderiam trazer. Não podia estar mais de acordo com tamanha patranha intelectualóide seguidista da polÃtica globalista Norte-Americana ( estava a brincar é claro que não concordo). O importante é continuar a baixar a inflação para que o Euro, não suba mais do que já tem subido em virtude de uma guerra criminosa fomentada pelos Estados Unidos, no Iraque. É que os Estados Unidos, com a guerra que estão a alimentar, estão fazer circular quantidades enormes de dinheiro para pagar o esforço de guerra que, inevitavelmente, faz com que a inflação suba e, consequentemente, o dóllar suba também. Por cá, os europeus, insistem em controlar os déficits orçamentais para não colidir com a polÃtica externa Norte-Americana. E nós cá vamos andando com a cabeça entre as orelhas.
Pedro Santana Lopes no que pareceu ser o seu discurso de posse como Primeiro-Ministro já garantiu que o combate ao défice orçamental irá continuar e que a coligação com o PP, amigo, é vista com bons olhos.
Não consigo conter uma brejeirice, desculpem-me mas lá vai PQP a esta ..erda toda
quinta-feira, julho 01, 2004
Engenharia Social
A “Engenharia socialâ€� ou “arte de enganarâ€� recorre a métodos clássicos para iludir, por exemplo através da sedução, aplicando-os em grande escala, recorrendo à Internet, e é imune a todas as medidas de segurança de cariz técnico que implemente para reforçar a segurança de um computador - actualização frequente de software, aplicação de patches de segurança, utilização de anti-vÃrus com actualização periódica.
Esta foi uma mensagem de uma Instituição bancária Portuguesa sobre as fraudes cometidas via Internet. No entanto, quando li esta mensagem, não pude evitar deixar de me lembrar de outros casos que não os da Internet. Lembrei-me da polÃtica Portuguesa, e mais propriamente, de alguns polÃticos da praça, ou de praça, que abundam muito neste paÃs.
Os canais são outros mas a filosofia de acção é quase a mesma. Nunca vi, em portugal, uma imprensa tão manipulada, e manipuladora, como a que temos hoje. Digo isto sem esqueçer do perÃodo obscuro do Regime fascista mas, convinhamos que, na altura não havia informação mas sim propaganda do regime.
Thank you very much, brigadinhos voltem sempre
Não sou muito de efemérides mas estou em crer que o Raminhos já deve ter pelo menos um mês de existência e assim, como não podia deixar de ser, agradeço a todos aqueles que o visitaram e participaram nele. Quero agradecer, em especial, à Joaninha, Ashoka, Játon, Silvenius, Tiago, Riduka e todos os outros que participaram ao comentar alguns dos posts aqui colocados, e à Joaninha em particular, pela sua participação como post “ o Elogio�.
Da minha parte prometo tornar o Raminhos cada vez melhor, com menos gaffes e imprecisões. De resto, o conteúdo vencerá sempre sobre a forma. Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa muito pouco formal e até mesmo convencional. Sou um cromo ehehe!
E não se esqueçam, voltem sempre, a gerência agradece!
a César o que é de César, a Deus o que é de Deus
Eis a história:
De homossexualidade & preconceitos (Sob o nome de Deus como álibi!)Recentemente, uma célebre animadora de rádio dos EUA afirmou que a homossexualidade era uma perversão: «É o que diz a BÃblia no livro do LevÃtico, capÃtulo 18, versÃculo 22: " Tu não te deitarás com um homem como te deitarias com uma mulher: seria uma abominação". A BÃblia refere assim a questão. Ponto final», afirmou ela.Alguns dias mais tarde, um ouvinte dirigiu-lhe uma carta aberta que dizia:
Obrigado por colocar tanto fervor na educação das pessoas pela Lei de Deus. Aprendo muito ouvindo o seu programa e procuro que as pessoas à minha volta a escutem também. No entanto, eu preciso de alguns conselhos quanto a outras leis bÃblicas. Por exemplo, eu gostaria de vender a minha filha como serva, tal como nos é indicado no Livro do Êxodo, capÃtulo 21, versÃculo 7. Na sua opinião, qual seria o melhor preço? O LevÃtico também, no capÃtulo 25, versÃculo 44, ensina que posso possuir escravos, homens ou mulheres, na condição que eles sejam comprados em nações vizinhas. Um amigo meu afirma que isto é aplicável aos mexicanos, mas não aos canadianos. Poderia a senhora esclarecer-me sobre este ponto? Por que é que eu não posso possuir escravos canadianos?
Tenho um vizinho que trabalha ao sábado. O Livro do Êxodo, capÃtulo 25, versÃculo 2, diz claramente que ele deve ser condenado à morte. Sou obrigado a matá-lo eu mesmo? Poderia a senhora sossegar-me de alguma forma neste tipo de situação constrangedora?
Outra coisa: o LevÃtico, capÃtulo 21, versÃculo 18, diz que não podemos aproximar-nos do altar de Deus se tivermos problemas de visão. Eu preciso de óculos para ler. A minha acuidade visual teria de ser de 100%? Seria possÃvel rever esta exigência no sentido de baixarem o limite?
Um último conselho. O meu tio não respeita o que diz o LevÃtico, capÃtulo19, versÃculo 19, plantando dois tipos de culturas diferentes
no mesmo campo, da mesma forma que a sua esposa usa roupas feitas de diferentes tecidos: algodão e polyester. Além disso, ele passa os seus dias a maldizer e a blasfemar. Será necessário ir até ao fim do processo embaraçoso que é reunir todos os habitantes da aldeia para lapidar o meu tio e a minha tia como prescrito no LevÃtico, capÃtulo 24, versÃculos 10 a 16? Não se poderia antes queimá-los vivos após uma simples reunião familiar privada, como se faz com aqueles que dormem com parentes próximos, tal como aparece indicado no livro sagrado, capÃtulo 20, versÃculo 14?
Confio plenamente na sua ajuda.