Ao que parece a dÃvida pública de Angola ao Estado português foi negociada tendo sido acordado o pagamento de 27% de imediato e o restante em prestações anuais durante os próximos 20 e tal anos. Que maravilhoso que é o gesto tão altruÃsta do estado português em proporcionar o pagamento desta dÃvida, de uma forma faseada, ao Estado Angolano. Não que o povo, martirizado pelo guerra civil, não o mereça mas porque, sem dúvida alguma, o José Eduardo dos Santos, merece. Esse filantropo angolano que tem milhões de dólares algures em contas suÃças na realidade merece que seja efectuado este negócio altruÃsta. Por falar em negócio, e tendo em vista uma análise, nua e crua da situação, vejamos o que está por detrás desta dÃvida. Anos e anos a fio de venda de armas ao MPLA para continuação do esforço de guerra contra a UNITA, nada mais filantropo que isto poderia haver, construções públicas para as infra-estruturas necessárias para o desenvolvimento do PaÃs, como são exemplo os palácios e casas de governadores, entre outras acções necessárias e filantropas de José Eduardo dos Santos. Agora tendo em conta que, a dÃvida pública angolana a Portugal foi criada pela venda de armas e cooperação militar, construções de infra-estruturas de luxo para o aparelho de partido do MPLA, não seria de ter vergonha na cara e pura e simplesmente, fazer um débito em conta ao José Eduardo dos Santos? Saldo tem concerteza, justo seria e a consciência ficaria, seguramente, mais limpa. Um último dado importante para toda esta negociata é o facto de ser o BES a financiar esta operação. Além de se reclamar créditos obtidos pela actividade suja da venda de armas a déspotas, ainda há lugar para arranjar um furozinho para os amigos.
O altruÃsmo é tão bonito.
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