sexta-feira, abril 29, 2005

Condução defensiva

Para muitos, a condução defensiva, poderá ter muitas interpretações e ser alvo de algumas confusões. Para alguns, a condução defensiva, deveria ser uma modalidade da condução normal do dia a dia mas com um revólver para a defesa da condução, ou seja, conduzir defensivamente. Para os notáveis da sociedade Portuguesa e Internacional seria assim:


- Para o Mourinho talvez seria conduzir com três defesas-centrais no banco de trás e um libero no porta-bagagem.
- Para George Bush seria conduzir um riquexó puxado por dois agentes da CIA.
- Para Bento XVI seria conduzir com três ou quatro Inquisitores e uma fogueira sempre pronta.
- Para Paulo Portas seria deixar de vez os automóveis e optar, definitivamente, pelos submarinos mesmo na A1.
Para Lili Caneças seria fazer um Pilling ao carro, a defesa da boa imagem do carro é essencial.

quinta-feira, abril 28, 2005

Civilizacionismo e os Agnósticos

Crê-se por vezes que o excesso de determinismo é o inimigo da criatividade ou da imaginação livre por cingir as coisas, ou melhor, o pensamento, dentro de parâmetros rígidos intransponíveis mas, esse mesmo determinismo, é absolutamente necessário como pedra toque para o desenvolvimento de ideias que definirão uma qualquer pessoa. Deparamo-nos com situações em que estas podem ser pretas e brancas, transparentes e opacas mas seguimos em frente, eliminamos esses obstáculos e definimos as nossas ideias. Sempre fui um adepto convicto da coerência e do livre pensamento sempre que possível porque, nesta vida, vivemos sempre com os chamados imponderáveis, as tais situações que são pretas e brancas ao mesmo tempo. Não tenho qualquer tipo de juízo de valor acerca de pessoas que se intitulam como crentes de uma qualquer religião desde que sejam coerentes e tendo sobre a matéria, como em outras questões essenciais à vida, o espírito autocrítico que liberta a mente para a aprendizagem e seu desenvolvimento pleno.
O agnosticismo é um sistema filosófico que prevê que alguém não se pronuncie acerca de uma qualquer matéria, neste caso assuntos relacionados com a origem da vida e também religião, e dessa forma adopte uma posição abstencionista acerca da religião. A dúvida acerca de muitos assuntos relacionados com a vida e outras premissas, para mim, não são um fim mas sim um princípio que despoleta o pensamento, a análise, a crítica que leva ao pensamento e consequentemente à ideia ou juízo de valor acerca de algo. Neste caso, os agnósticos, são como os abstencionistas de uma qualquer decisão de uma qualquer opinião mas que se sentem suficientemente à vontade, o que é estranho, para falar acerca dos assuntos aos quais se abstiveram. Ser-se agnóstico para se ser quase ateu, quase crente consoante as necessidades do discurso é, para mim, uma desculpa para a falta de ideias ou pensamentos. Ouvir um agnóstico a falar da importância actual da Igreja Católica no Civilizacionismo tão emergente, por necessário, face à criação da União Europeia e a ascensão da China é uma desonestidade intelectual a meu ver. A eleição deste novo Papa como resposta ao tão necessário civilizacionismo europeu por perda de valores que não sendo afirmado está implícito, é tão grave quanto dizer que a Inquisição foi uma forma de Civilizacionismo necessária, já para não falar no colonialismo.
Todas as culturas viveram com a ruptura e criação de novos valores ou abordagens novas aos valores instituídos, isso, é uma certeza inabalável que fez com que a Humanidade tivesse descido das árvores para o solo e deixasse de comer bananas a não ser nos banana split. O papel da Igreja no quadro actual da formação da cultura europeia é o de se renovar sob pena de se deixar para trás definitivamente. De resto, a ICAR, já teve a influência nefasta que chegasse na cultura europeia já chega.

terça-feira, abril 26, 2005

Murais de Abril

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Os murais pintados nos anos após o 25 de Abril constituem um património histórico de Portugal que, à semelhança de outro património histórico, não foi devidamente preservado. Creio que seja algo único em toda a Europa em termos de campanha política. Apreciem estes dois exemplos de murais pintados na altura após ao 25 de Abril, numa altura em que a Democracia parecia um sonho outrora tido como inatingível, mas que, entretanto, fora concretizado com a revolução de Abril.

segunda-feira, abril 25, 2005

Viva o 25 de Abril

Hoje comemora-se mais um aniversário da revolução dos cravos, o trigésimo primeiro aniversário para ser mais preciso. Um revolução que devolveu a liberdade e instaurou a Democracia em Portugal mas isso por si só não chega. O 25 de Abril tem que ser todos os dias com o reforço da participação da população nos vários actos democráticose no reinvindicar dos seus direitos consagrados na Constituição Portuguesa. Deixo só para finalizar uma ideia que gravita em torno do 25 de Abril. O 25 de Abril ainda não acabou, muito ainda está por fazer.

Viva o 25 de Abril!!! Precisamos de muitos 25 de Abris até consolidarmos a liberdade plena, livre das corporações e dos maniquaísmos ainda vigentes.

sábado, abril 23, 2005

Há sempre um lado positivo

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Para quem pensa que tem um péssimo emprego, não desesperem, há sempre alguém que terá um bem pior.

sexta-feira, abril 22, 2005

Esta é boa!

Que a eleição de Ratzinger tenha sido vista, por muitos, como negativa e indiciante de um acréscimo de Conservadorismo por parte da ICAR parece ser opinião quase geral. Os motivos que levantaram algum cepticismo em torno de Ratzinger oscilam entre o ultra-conservadorismo e o passado algo obscuro deste durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Pela primeira vez vejo um argumento, no mínimo insólito, para manisfestar o descontentamento pela eleição de Ratzinger como Papa. Podia-se dizer que Ratzinger é conservador, homofóbico e reacionário mas, em vez disso, enumerar a semelhança que este tem com o Imperador da Trilogia Starwars como o factor mais desfavorável à sua eleição como Papa é, no mínimo, hilariante. Seguindo esta lógica batatal eu diria então que o melhor candidato para a eleição de Papa teria sido ou o Luke Skywalker, ou então, o Chewbacca.

quinta-feira, abril 21, 2005

Humor em Portugal

Que Portugal está em muitos aspectos atrasado em relação a outros países é verdadeiro. Verdadeiro é também que, em Portugal, há pessoas que insistem em manter a falta de originalidade atroz que produz programas como o Malucos do Riso assentes nas velhas premissas sexistas, racistas, estereótipos e arquétipos antigos que teimam em desaparecer. Tudo isto não é novidade mas magoa-me como Português que sou ver isto acerca do humor em Portugal. É certo que é verdade na sua essência, no entanto, é um pouco exagerado aqui e ali.
O retrato do Humor em Portugal é também o retrato do país que temos onde a esmagadora maioria da população tem a sensibilidade de uma porta no que toca à escolha por entre as parcas opções culturais que dispõe.Vão-nos valendo alguns esclarecidos e demais pessoas com o mínimo de bom gosto para ir salvando a honra do convento. Não consigo conceber porque é que ainda se faz "Humor" fazendo recurso ao velho estereótipo do Portugês Rural analfabeto e bronco quando, apesar de tudo, a população activa no sector primário ser cada vez menor e mais envelhecida. Parece que só o que faz rir o português médio é a sua desgraça, caso contrário e se não fosse desgraçado, não teria nada com que rir. É estranho esta forma de viver tão Portuguesa.

Os velhos dos Marretas

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Por vezes sinto-me tal e qual uma destas personagens mas fico sempre indeciso quanto a qual das duas personagens escolheria. E tu, se fosses um dos velhos dos marretas ou te sentes como um, qual dos dois escolherias?

quarta-feira, abril 20, 2005

Portugaliza

Devo confessar que das diversas vezes que me abordam a questão em torno da autonomia da Galiza e da sua relação, muito íntima diga-se, com Portugal, fico indeciso, não relutante, mas sim, confuso pois apodera-se de mim uma espécie de letargia intelectual que me levam a pensar que sim mas sem qualquer tipo de acção anexa. Infelizmente, a questão da independência da Galiza, ou a sua autonomia mais alargada e efectiva de Castela, tem vindo a ser utilizada por vários grupos de vários quadrantes políticos sob o pretexto da veiculação de certas ideias que, para mim, são estranhas e absurdas. Uma dessas muitas ideias é de um “Movimento Reunificador da Galiza e Portugal� que, utilizando a questão da autonomia e até mesmo a independência da Galiza, tenta veicular a ideia que, através de um sistema Monárquico, Portugal e a Galiza poderiam unificar-se e até, espantem-se, fugir da dicotomia esquerda/direita que o sistema republicano providencia e que tanto divide o pais eos portugueses, sendo no mínimo uma ideia hilariante mas, por causa destas e de outras ideias que gravitam em torno da questão da Galiza que eu vejo-me um pouco relutante em relação à independência pura e simples da Galiza, ou melhor, relutante acerca dos pressupostos de uma indepndência da Galiza. Qualquer das vias há projectos e ideias apensas a esta questão que, pelos quais, eu nutro alguma simpatia e até mesmo apoio. Um caso que saliento é este.
Durante o Período Negro do Franquismo, a língua Galega foi alvo de uma tentativa de erradicação pura e simples mas, graças a vários Galegos notáveis, a língua Galega, tem vindo a recuperar terreno entretanto perdido.
A ideia de um estudo mais aprofundado e mais alargado a Portugal da língua Galega que, afinal de contas, é a génese da nossa, ou pelo menos uma das fontes, da formação da nossa língua. Interessante considero a aproximação entre as duas culturas e um maior intercâmbio cultural/linguístico. Nesta matéria a empatia que se possa sentir por uma ou outra zona do nosso país pode toldar a percepção correcta da questão.
A Galiza é uma região a visitar concerteza pela sua riqueza cultural e paisagística, sem querer fazer de mim um operador turístico, digo-vos que vale bem a pena. Quanto à autonomia plena e mais eficaz da Galiza, quanto a isso, podem contar com o meu apoio total sem querer ser tendencioso pois sou descendente de um Galego.

Nunca mais

Nunca mais faço qualquer tipo de ode a quem quer que seja. Da última vez que fiz isto, esse alguém foi eleito Papa. Bolas!!!

terça-feira, abril 19, 2005

Ode a Ratzinger

Não poderia estar mais de acordo com o Cardeal Ratzinger quanto após o a Homília deste na missa do Conclave. Realmente, todo este relativismo, o constante pôr em causa tudo e todos, até inclusivamente a Santa Madre Igreja, é pérfido, satânico, provoca em nós aquele vício malvado de aprender e conhecer novas coisas. Ó Ratzinger quanto eu te compreendo, esses modernismos que insistem em colocar em causa a doutrina da Igreja, a falta de valores morais, meu, teu, Deus!! Que felizes éramos nós na Idade Média, pobrezinhos a passar fome mas felizes pelos mistérios da Fé e pela centelha sempre incandescente da Igreja a guiar os nossos passos constantemente. As fogueiras que nos aqueciam, a nós e aos hereges, que libertação!!! Que belos tempos que teimam em não voltar nesta sociedade ávida do conhecimento e desse pecado que é a libertação da moral católica. Quanto eu te compreendo!!
Deverão estar a pensar que estou a brincar mas fiquem descansados que não estão errados. Agora uma coisa é certa, nesta história de estar a brincar com a inteligência das outras pessoas, quem começou primeiro foi o Cardeal Ratzinger.

segunda-feira, abril 18, 2005

This goes out to the one i care the most as a friend

Uma situação traumática na vida de uma pessoa pode produzir efeitos inesperados. Poderá produzir estados de depressão profunda ou até mesmo, desvios de personalidade. Quando se verifica que alguém responde a situações de stress por ele sentidas quando na realidade o que ele sente é insegurança, respondendo a essas situações com violência, não é normal nem natural nem típico. A violência no Ser Humano é como que um mecanismo de defesa em situações de stress e podemos verificar isso em situações de guerra em que, os beligerantes, respondem com violência à violência. O discernimento nada tem a ver com este caso, este existe sempre após o mal estar feito. Nos casos de violência doméstica, os tipos de batem nas esposas, reconhecem o erro e até pedem desculpa até à próxima ronda de porrada porque não conseguem controlar esses impulsos em situações normais, é aqui que reside o problema.

Nota à navegação: Em caso de violência doméstica, apesar de se ter verifica pela primeira vez, não se iludam a pensar que não se voltará a repetir. Voltará a acontecer se não houver pelo primeiro tratamento.

domingo, abril 17, 2005

A unidade cultural europeia

Já muitos referiram a existência de um fio condutor cultural que une os vários países europeus e vêem nesse fio condutor um elo quase maternal de ligação entre os vários países europeus como se de uma unidade cultural cerrada se tratasse. Quando colocada a questão desta forma, ou seja, será a Europa um continente unido culturalmente entre vários países que o compõem, existindo de facto uma ligação cultural estreita entre os vários países europeus? Eu responderia assim:

1º De facto existe uma unidade cultural entre os vários países europeus que advêm da influência que a religião judaico-cristã imprimiu na cultura dos vários povos europeus.

2º Temos que verificar que, apesar de andarem lado a lado, e uma determinar a outra, sociedade e cultura podem ser algo distintas entre si dentro da mesma sociedade. O dia a dia de uma determinada cidade ou região não atesta uma diferença cultural em comparação com uma outra cidade ou região de um outro país. A diferença cultural verifica-se noutros aspectos que têm a ver com a percepção dos valores sociais instituídos na sociedade que, é importante referir, estão impregnados de influência judaico-cristã. Não podemos inculcar um juízo de valor sobre uma determinada sociedade por esta apresentar numa cidade ou região um determinado padrão de organização territorial moderna. Podemos sim, verificar isso no interior das casas, ou melhor, na forma como o espaço interior de uma casa está ordenado como influência de uma determinada cultura. A Proxemia estuda este aspecto interessante que é a influência que uma determinada cultura tem sob a organização do espaço. Um exemplo curioso desta relação organização do espaço/cultura são os jardins japoneses em que, ao contrário dos jardins europeus, a beleza está no contraste entre quente/frio e húmido/seco e luz/escuridão, ao passo que, nos jardins europeus, a beleza reside na perfusão das cores como alusão subjacente ao Éden. Tudo isto para dizer apenas que, desenvolvimento não é só organização territorial das cidades ou espaços urbanos mas sim também a preocupação que é exposta por tentar organizar um espaço para que não haja fricções nem mal-estar. Neste aspecto, a Alemanha bate aos pontos muitos países europeus, já para não falar do péssimo exemplo que é Portugal neste aspecto em concreto, no entanto, a diferença cultural entre Portugal e a Alemanha não se verifica apenas através disto. Um exemplo logo ao lado da Alemanha, a Holanda que é culturalmente muito próxima da Alemanha, a organização territorial das cidades é por vezes caótica bem como o trânsito. O que poderemos extrair destes exemplos? A vida moderna trouxe uma série de inovações muito interessantes no que concerne a evolução dos valores sociais instituídos, ou seja, não há nenhum salmo na Bíblia que diz para darmos a prioridade a quem se apresenta pela direita nem a quem se aproxima de bicicleta, logo, os valores sociais criados ou os antigos valores instituídos estão neste aspecto virgens podendo desta forma serem moldados sobre autoridade delegada pelo povo a quem os representa, o Governo. Aqui é que está a diferença substancial entre a Alemanha e Portugal, ou seja, aquando da organização territorial os alemães por vezes sacrificaram as suas pretensões pessoais de espaço e território individual em prol de uma causa comum, o seu país. Portugal não foi exemplo disso, pelo contrário, temos casos de estradas com curvas sinuosas para se respeitar a propriedade privada de um qualquer cacique de aldeia que não quis ver o seu meio hectare de vinha estragado.

3º A unidade cultural europeia existe na bárbarie latente de todos os povos europeus. Isso mesmo, somos bárbaros afortunados por termos tido a felicidade de termos entre nós alguns iluminados que conseguiram levar avante as suas ideias e filosofias. Ainda hoje, séculos após os conflitos tribais que se deram na Europa, ainda nos guerreamos entre povos com uma agravante, adoramos a guerra e o conflito gratuito. As cenas de pancadaria entre povos em jogos de futebol ou mesmo entre o mesmo povo é regra comum na Europa. O branco é guerreiro e bárbaro quer queiramos quer não, custa admitir mas a história e os acontecimentos actuais mostram-nos cada vez mais isso.

Nota à navegação: Isto é resultado de uma desvaneio pessoal do autor e da sua experiência em alguns países europeus, logo, não deixa de ser uma opinião pessoal.

sexta-feira, abril 15, 2005

Resposta ao repto lançado

Em resposta ao repto lançado pelo Tiago do Litanias irei responder à seis perguntas colocadas por ele partindo do pressuposto que a Ilha a que se referem as perguntas seja deserta.


1 - Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quereria ser?

O Super-Homem de Nietzche por colocar a Humanidade num local onde não há afinidade com assuntos constrangedores como a Moral. Ao contrário do que se poderia pensar, neste livro, Nietzsche não prega a destruição dos valores cristãos mas sim, quanto a mim, coloca-os no seu devido lugar. Cada indivíduo deve assumir total responsabilidade pelas suas acções num mundo sem Deus. Convenhamos, este Super-Homem é bem melhor do que aquele que aparecia nas bandas desenhadas com as cuecas por cima dos collants e a tresandar de moralzinha cristã bacoca de se trazer por casa.

2 - Se já fiquei apanhado por alguma personagem de ficção?

Devo confessar que já tive um fraquinho pela Princesa Leia do Star Wars.

3 - Qual foi o último livro que compraste?

Último livro que comprei foi “ Sob aquele grande rio Eufrates� de Ruy Belo.

4 - Qual foi o último livro que leste?

O Diário de Jules Mainard

5 - Que livro estou a ler?

Actualmente nenhum por falta de tempo e até mesmo pachorra. O meu tempo está devotado inteiramente à pesquisa de alguns temas que tenho vindo a desenvolver por intermédio de ensaios, pelo que, apesar de ler bastante, os ensaios, não os poderia colocar como livros.

6 - Seis Livros que eu levaria para uma Ilha Deserta?

“Os passos em volta�, nada como este livro para colocar a minha memória estética a funcionar a níveis absurdamente irreais mas que eu adoro.

“A Cabala�, creio que seria uma boa oportunidade para ler este livro sagrado da fé judaica.

Colecção completa da Mafaldinha, nada melhor do que esta colecção para eu não esquecer do que me livrei ao desviar-me um pouco deste mundo.

Um livro de culinária da Maria de Lourdes Modesto para enganar a fome.

Mais livros não sei se levaria mas era gajo para tentar escrever um sobre cocos ou palmeiras, falta de tempo para ver cocos e palmeira não faltaria.


Por fim lanço este repto a três pessoas:

I´m no lady
Flush
Aulil

Agora desenrasquem-se !!

Hoje

Meus amigos e minhas amigas hoje só uma palavrinha.


SPOOOOORRTIIING!!!!!!!!

Saudações Leoninas a todos!

quinta-feira, abril 14, 2005

Vida cor-de-rosa

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Legendas:

Charles: How could you walk around with that horrible thing around your arm?
O rebento: I was going to ask you the same thing.


Inicialmente até pretendia fazer uma graçola como casamento do Príncipe Carlos de Inglaterra e Camila Parker Bowles mas, bem vistas as coisas, não faz sentido algum porque, para mim, este casamento tem tanto de relevante quanto a influência do ritual de acasalamento dos ácaros da carpete na vida do homem típico de calças na mão. Contudo, ao receber esta imagem com o rebento do príncipe ostentando a suástica no braço, lembrei-me exactamente daquilo que representa para mim a Monarquia inglesa, aliás, qualquer monarquia no mundo. Não propriamente nazi mas sim corporativista, é isso a que tresanda a Monarquia inglesa quanto a mim. As classes “superiores� por defeito de nascença, a bajulação em torno de uma ou várias figuram que nada fizeram para notabilizar mas que, devido ao seu nascimento, ascenderam a uma posição social de destaque para aqueles consumidores ávidos de revistas cor-de-rosa.
Por cá alguns suspiram por uma monarquia cor-de-rosa com muitos artigos acerca de casamentos, intrigas, traições amorosas e outros assuntos de suma importância quer para os ácaros, quer para o homem típico de calças na mão. Tenho como objectivo social, uma sociedade de Liberdade onde todos nascem em igualdade de circunstâncias e livre acesso a todos os seus direitos fundamentais. Isto acontece na realidade ao contrário do que numa primeira impressão tenham pensado. Esta é realidade de quem é poderoso e pode ir a um Tribunal de ver-se livre de uma série de complicações por erros administrativos ao contrário de ser vítima desse mesmos erros por ser desfavorecido. Percebo agora o fascínio das massas cor-de-rosa que lêem as revistas da especialidade. Os leitores dessas revistas vivem no outro lado da colina e sonham, ao ler as revistas, como seria se estivessem no outro lado da colina onde tudo é glamour, tudo parece fácil. Desnecessário será dizer que as figuras do Jet-Set não têm onde cair mortas mas gozam de exposição nas revistas, e como tal, imagine-se, são intituladas de figuras públicas. São actores de uma peça muito mal encenada, com um texto medíocre e com péssimos actores, no entanto, a lotação está sempre esgotada.

quarta-feira, abril 13, 2005

Dubai

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Em pleno deserto, o Dubai, é um país que, apesar do petróleo e a riqueza que este gera, tem uma enorme falta de água não fosse este estar no meio do deserto. No entanto, a excentricidade dos mais ricos e poderosos excedeu-se na construção deste court de ténis. Num país em que os direitos fundamentais das Mulheres e dos Homens também não é minimamente respeitado por seguimento do Alcorão, o que é estranho pois, o Alcorão não é tão restrictivo quanto os países árabes nos querem fazer crer, a pouca água serve para deleite dos mais ricos e poderosos em deterimento dos mais necessitados que não têm água suficiente para a agricultura. É curioso ver como as coisas são na práctica, no Dubai e restantes países da península arábica, o Islão é seguido de uma forma muito restritiva mas, em Djabel Ali free-zone, em pleno deserto arábico, foi construído um mega porto franco onde se pode beber álcool, prostitutas, jogo entre outros deleites infíeis para os mais ricos e pios seguidores do Islão dos países adjacentes. Estão cada vez mais a parecerem-se com os católicos, ou seja, na sexta-feira mesquita, ao sábado putas. Sign of the times.

terça-feira, abril 12, 2005

Telenovelas

Se me perguntarem o que eu penso acerca das telenovelas, em especial das brasileiras, isto é o que eu penso e subscrevo.

segunda-feira, abril 11, 2005

Experiências

A história ocorreu algum tempo atrás quando, na Nigéria, rebentou um surto de Meningite na província de Kano no norte do referido país. Sem possibilidade de fazer face ao surto instalado naquela região, o governo da Nigéria, pediu auxílio a organizações internacionais para tentar minorar os efeitos desta epidemia. De imediato chegaram quatro cientistas da Multinacional Pfizer em “auxílio� das crianças infectadas pela meningite. Nas malas, os quatro cientistas, traziam um medicamento experimental ainda não devidamente experimentado em seres humanos. O resultado saldou-se no óbito de várias crianças e em efeitos secundários tais como, surdez, cegueira e insensibilidade generalizada por danos causados por este medicamento ao sistema central nervoso. As famílias das crianças que foram alegadamente utilizadas como cobaias, apresentaram queixas-crime contra a multinacional Pfizer. O processo arrasta-se ainda e o poder das multinacionais faz-se valer nesta matéria.
Já li aqui, num comentário de um visitante, um termo que me fez despertar para uma questão que envolve a nossa sociedade. Estúpidoconsumocracia, isso mesmo, é estupidez do consumo, envolta numa suposta sensação de democracia por livre acesso a todos os produtos. De facto, actualmente, olhamos ao que podemos comprar com o dinheiro que temos e, não tendo, podemos comprar mais dinheiro numa das muitas empresa de micro-crédito, tudo para satisfazer o nosso vazio do quotidiano. Na questão que concerne a SIDA em �frica, os seropositivos ocidentais poderão agradecer aos seropositivos africanos que, actualmente, são cobaias de uma série de experiências por parte das multinacionais farmacêuticas. Perguntavam-me no outro dia qual era o sector ilícito que mais dinheiro gerava e eu respondi:

1º Indústria do Armamento
2º Indústria farmacêutica
3º Tráfico de Seres Humanos

E com isto não digo mais nada e faço um apelo a terem cuidado com o que consumem, pois, por detrás de um simples e quase insignificante produto poderá estar um vida humana perdida. Já nem se fala acerca dos genéricos.

sábado, abril 09, 2005

Papabili

Pedro Santana Lopes, o Mártir, discursou no congresso do PSD em Pombal fazendo alusão, mais uma vez, que ainda era e foi vítima de facadas e traições. Não deixo de reparar no percurso tão cristão que Pedro Santana Lopes percorreu desde que é presidente do PSD. Foi atraiçoado pelos Judas do Partido, esfaqueiado, amaldiçoado pelo Presidente Pílatos mas resistiu sempre com a fé inabalável do poder a qualquer custo. Assim, proponho desde já, uma de duas hípotese para Pedro Santana Lopes:

1ª Ser nomeado próximo Papa pelo seu caminho abnegado em que se embrenhou mesmo atraiçoado pelos seus discípulos. Seria um verdadeiro Papa, pois, este, papa tudo o que mexer, velhas, divorciadas e casadas, seria um Papa tutti quanti.

2ª Ser canonizado Papa do PSD pela sua faceta de mártir.

A decisão é dos Cardeais do PSD mas nada como o povo aclamar pelo seu mártir.
Quando é que este personagem desaparece de vez da cena política portuguesa?

sexta-feira, abril 08, 2005

O Pecado Original

O pecado original que Adão e Eva cometeram supostamente, é conhecido pela generalidade das pessoas. No entanto, subjacente a esta questão, está um princípio moral/religioso que fundamenta a mortalidade dos Homens e consequente redenção do seu pecado original por terem comido o fruto proibido, a maçã, durante toda uma vida terrena e suas consequentes agruras que esta vida acarreta. Se fosse colocada em tribunal esta questão, qual seria o veredicto? quem seria constituído arguido? Adão por ter dado a maçã a comer a Eva? a Eva por ter aceite a maçã? a Cobra que desencaminhou Adão? O facto é que nos é ensinado que quem cometeu o pecado original foi o Adão, esquecendo desta forma, o papel determinante da cobra. Ora, fazendo uma analogia, a cobra corrompeu Adão dando-lhe um espécie de suborno e Adão aceitou. No final o corrompido e a corrompida foram dados como culpados e a corromptora, a cobra, saíu absolvida, é caso para dizer que o crime compensa. Think about it.

quinta-feira, abril 07, 2005

Eleição

Estive este tempo todo a conter-me mas agora é que vai ser. A eleição do Papa, quanto a mim, e não querendo fazer disto uma grande preocupação minha porque não é mas, a referida eleição, deverá ser mais democrática. Quanto a mim encerrava-se os Cardeais no Conclave, estilo Big Brother, e votava-se no melhor cardeal via SMS. As vantagens são nítidas pela democracia empregue no acto da eleição do novo Papa e por satisfazer a necessidade consumista dos milhões de católicos empregnados nesta sociedade consumista em que vivemos hoje, podendo desta forma, passar mais um bom bocado de tempo em frente à televisão em nítida alternativa à novela convencional Mexicana ou Brasileira.
Deveris ser curioso ver os cardeiais a desfilar como no concurso Miss Mundo, exceptuando é claro, o fato de banho.

quarta-feira, abril 06, 2005

Diz-me o que ouves que eu dir-te-ei quem tu és

Diz-me o que ouves que eu dir-te-ei quem tu és. Parece um pouco excessiva a utilização desta expressão mas vem a propósito de algo que eu tenho vindo a lembrar-me. Esta ideia surgiu quando desencantei da minha prateleira um CD dos Depeche Mode, mais propriamente o álbum “Ultra�, e nessa altura, algo fez clique na minha cabeça de uma forma diferente do que outrora quando ouvi pela primeira vez este álbum. Para mim cada CD tem a sua história, a sua alma, não aquela que os próprios autores pretendiam mas sim a minha, sem querer desvirtuar a obra.
O álbum dos Depeche Mode “ Violator� foi o meu primeiro álbum dos Depeche Mode em formato CD que eu adquiri. Sempre gostei de música electrónica e Depeche Mode despertou em mim algo diferente. A Tânea, minha colega de turma, partilhava comigo a devoção por Depeche Mode e o irmão mais novo dela, coitado dele, nem sabia o que o esperava. Pois é rapaz tiveste que gramar com Depeche Mode até começares a gostar. Recordo-me que, numa aula de Inglês, eu e a Tânea, fizemos um trabalho de grupo sobre o álbum Violator dos Depeche Mode, foi a desculpa mais esfarrapada para ouvir e partilhar a música de Depeche Mode para as demais criancinhas naturais com quem partilhávamos a turma. Ninguém conhecia Depeche e, por algum motivo estranho agora mas lógico na altura, ficámos orgulhosos, trouxemos a luz ao obscurantismo musical vivido pelos restantes colegas de turma, ou seja, mostrámos que havia algo mais do que a cassete de House Music que se ouvia nos carrinhos de choque ou aquele grupo da altura absolutamente detestável, os Bros.
Sex Pistols, The Clash, All That Petrol Emotion e outros sons Punk encheram horas intermináveis do meu quotidiano musical numa altura posterior a Depeche Mode e já numa fase rebelde da minha parte. Nesta fase dou destaque a dois álbuns e duas almas diferentes. UHF e The Mission encetaram um ciclo muito rico para mim. Foram os tempos do Vidal e das intermináveis horas à frente de litrosas de cerveja, uma guitarra e muitos ideiais, muito crescer, muito viver. Cantávamos, quem sabia é claro, UHF, Zeca Afonso, Xutos e Pontapés entre outros grupos da altura e marcávamos assim o compasso da contestação política a que nos devotámos na altura. Foram tempos mágicos aqueles que eu vivi no Vidal, um café pequeno, numa pequena Vila, num universo imenso que se me abria ali mesmo ao meu alcance. Foi nessa altura que um amigo meu e o restante grupo, numa passagem de ano, conheceu uma personagem enigmática. De uma carrinha do Pão saiu uma personagem que se aproximou do Carlitos e lhe ofereceu um relógio dizendo: “… Eu sou o dono do espaço e do tempo…� desde então o Carlitos é o guardião do Espaço e do Tempo. Não há cá anéis para ninguém, é um relógio dos chineses. O Carlitos é o Senhor do Relógio.
Posso falar acerca de muitos outros álbuns e as almas que eu criei para cada um deles mas estaríamos aqui até sempre. Robert Whyatt, The Cure, Hedningarda, Dead Can Dance, Kraftwerk, David Bowie, Minimal Compacts, Zeca Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho entre muitos outros elevaram a minha percepção sobre várias coisas e, acima de tudo, foram catalizadores dos meus sentimentos, naves espaciais numa viagem a galáxias distantes. A capacidade de nos emocionarmos com a música, de perceber a sua fragilidade, a sua subtileza, o seu poder é a expressão mais sublime do que é sentir e ser capaz de transmitir e receber.

Comentários e comentadores

Sem grandes explicações filosóficas, até porque não as há, aviso todos aqueles que visitam o Raminhos regularmente ou pela primeira vez que deverão deixar um contacto em cada comentário que fizerem. Não quero saber de onde são especificamente nem qual é o vosso aspecto, pretendo apenas partilhar ideias e um pouco daquilo que eu sou. Respeito todas as ideias, mesmo contrárias às minhas, só não suporto a adjectivação nos comentários no estilo: " é uma estupidez essa ideia" ou algo assim no género.
Isto aplica-se a todos os ejaculadores precoces das caixas de comentários que actuando no esquema toca e foge, poluiem as caixas de comentários com pequenas considerações despropositadas. Se têm algum problema com a questão da privacidade criem um email só para este efeito com um nick fantasioso mas dêem a cara entre aspas.
Oliveirinha dix it.

segunda-feira, abril 04, 2005

Templo do Consumo e sua fauna

A leitura de outros blogues dá os seus frutos de vez em quando. O Litanias falou acerca da abertura de um novo templo do Consumo e da relação de algumas pessoas para com estes templos e devoção e sacrifício. Após a leitura desse post, li um comentário no Elsinore, da autoria da Carla do Elsinore, com uma expressão que traduz exactamente o que eu sinto, ou melhor, como eu me sinto, num desses templos do consumismo desenfreado. A expressão é : “ Senti-me como um urso Polar nas Caraíbas� bingo! na mouche! é mesmo isto que eu sinto cada vez que tenho que ir a um desses templos do consumo desenfreado. Faz-me um pouco de impressão qual é o motivo para levar alguém a enfiar-se um local cheio de pessoas sem um objectivo específico para o efeito, ou seja, com o único motivo cândido de ir ver. Entretanto, a Pollie fez uma caracterização do típico tuga num dos seus passeios pelo Shópingue. Ora vejam esta pérola da coltura tuga: “Tens razao! Como é que me fui esquecer da bela da pipoca? E do fato-de-treino domingueiro? Deixa cá ver mais... a meia branca, os putos ranhosos, o homem de bigode farfalhudo de fio de ouro por cima da camisola interior de alcas... e por aí adiante, que já dá para ver o filme! O sonho de qualquer mulher!�
No entanto, este quadro cultural atinge o seu máximo com a chegada dos milhares de emigrantes vindos de toda a parte, trazendo consigo, a cultura tuga que levaram com um sotaque afrancesado muito irritante por sinal. As Ivettes Carinas, os Jeans Pierres, aquele perfume parisiense em pleno Portugal faz-me sonhar com as minhas idas aos centro comerciais, livra !!!
Não quero dizer com isto que nunca tenha ido a um ou que não vá a um Centro Comercial, o que digo é que se vou é muito raramente, com um propósito defenido e numa hora em que não tenha que levar com os profissionais do Shopingue.

sexta-feira, abril 01, 2005

Novo Papa

O que será mais importante? O casamento do Príncipe Carlos e Camila Parker Bowles ou a sucessão do Papa que está à beira da morte? O primeiro tem a importância que qualquer pessoa tem quando é vítima de um acidente de nascença, ou seja, ter nascido príncipe mesmo que seja um atrasado mental ou tenha, como o referido príncipe, cara de asno mal amanhado. O segundo é o Chefe máximo de uma Instituição poderosa e muito rica que para a humanidade nada de novo traz a não ser a condenação do uso de preservativos e a criminalização do aborto, seus estandartes de fé católica e imbecilidade Institucional.
Se eu tivesse o poder de decidir quem seria o próximo Papa escolheria Ozzy Osbourne. Ozzy Osbourne tem todas as características intrínsecas para desempenhar bem as funções de um Papa senão vejamos:

• Tem cara de asno como qualquer Papa deve ter
• Tem um defeito na fala derivado à sua adição a drogas duras, ou não seja a Igreja o ópio do Povo.
• É uma figura mediática que diz uma série de baboseiras como se fossem a coisa mais importante desta vida.
• É fotogénico, especialmente quando está a morder um morcego.

Vistas que estão as amplas e nítidas vantagens na nomeação de Ozzy Osbourne como novo Papa, dou início aqui a uma petição: Ozzy a Papa já !