Amanhã vão-se realizar as eleições autárquicas em Portugal com todo o circo de campanha montado e realizado por todas as forças polÃticas concorrentes a eleição. O povo esse, mais uma vez, lá irá deslocar-se até à s urnas, alguns, envergando as tshirt´s ou demais cangalhada distribuÃda ao preço de um voto que seja. Durante esta campanha para as autárquicas muito se falou acerca dos candidatos "independentes" e também indiciados pelos tribunais por crimes de corrupção mas, apesar disso, esses "independentes" são candidatos com possibilidade de serem eleitos pelo eleitorado que, em conversas de café, continua a falar acerca da corrupção da classe polÃtica e a condená-la mas que, por incrÃvel que pareça, irá depositar o voto neste ou naquele candidato indiciado ou indiciável pelos crimes de corrupção. É impressionante mas a verdade é que quando chega as eleições, o povo, vai sempre diligentemente depositar o voto no candidato que lhe pareceu ter melhor cara. Isto permite depreender que há falta de cultura polÃtica no eleitorado Português, como também, alguma falta de coragem para mudar o estado de coisas. Parece que a corrupção, apesar de muito criticada, é um estado normal das coisas em Portugal e o desânimo que o Povo têm em relação ao seu paÃs e ao futuro deste explica este estado de coisas.
Um factor de descrédito para a Democracia em Portugal é o sistema judicial em vigência que, incrivelmente, permite , algures no seu desenrolar processual, que individuos constituÃdos arguidos se candidatem à s eleições atropelando toda e qualquer noção de democracia por mais lata que seja. Este sistema Judicial permite também queimar algures alguém mediante o seu isolamento da vida real. O Bloco de Esquerda vanglorizou-se, pela voz de Francisco Lousã, do facto de não ter um único candidato indiciado por qualquer crime de corrupção a estas eleições. Na sexta-feira passada, num plano casualÃstico em que há coincidências lixadas, a sua candidata à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos foi interrogada pela PolÃcia Judiciária por suspeita de corrupção passiva envolvendo a GNR, causando assim um certo embaraço ao Bloco de Esquerda. Contudo, e sem qualquer tipo de condenação prévia, há que estranhar o timming deste interrogatório, bem como, o crime a que a candidata é suspeita. Corrupção passiva envolvendo a GNR? Uma multa que ficou por passar? Não poderia dar o benefÃcio da dúvida a esta candidata do Bloco de Esquerda, por quanto, teria que o dar a personagens como Felgueiras, Isaltino Morais entre outros mas, atendendo ao Sistema Judicial que temos e ao timming deste interrogatório a que a candidata foi sujeita, deverei dar pouca relevância ao caso apesar de considerar que, quem quer que seja que se candidate a um cargo numa autarquia, deverá sempre estar acima de qualquer suspeita. Por fim, as sondagens, essa ciência obscura e manipulável como uma marioneta num qualquer teatrinho de fantoches ao gosto das crianças que vêem o poder como o graal dos rebuçados, nesta como em outras eleições, estão claramente manipuladas ao gosto cÃtrico do PSD e seus orgãos de informação. Qualquer das vias eu vou votar apenas pelo respeito que tenho por quem lutou pela democracia em Portugal porque de resto, a minha confiança na classe polÃtica murchou há muitos outonos atrás.
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