terça-feira, outubro 04, 2005
Eleições para serviço público
Dar-se-á mais um espectáculo televisivo a propósito das eleições autárquicas onde as televisões irão dissecar todas as conclusões polÃticas que estas acham por bem enunciar a toda esta maralha, perdão audiências, sob a capa do bombástico e do escândalo. As sondagens cingelas que, por coincidência, mostram sempre os candidatos do PSD em frente nas sondagens para as câmaras que disputam, os candidatos ostracizados pelos partidos polÃticos do poder mas "acarinhados" pela Justiça, irão fazer as delÃcias de todos aqueles que gostam jogar este jogo chamado polÃtica. Num discurso surrealista onde se adquirem vitórias polÃticas com resultados de eleições em que se vota em pessoas ou projectos, as televisões aqui tiram elasões sobre o estado moribundo da polÃtica Portuguesa e dos resultados nacionais dos vários partidos. Apesar de considerar a polÃtica uma coisa muito séria, pena é que os polÃticos que a fazem não sejam sérios, não deixo de ficar agastado e farto do discurso, por vezes surrealista, dos polÃticos e de quem comenta a polÃtica fazendo recurso a essas regras como se de uma lei inabalável se tratasse. Que hajam crÃticas a fazer acerca de um governo, isso, haverá sempre pela falibilidade do Ser Humano mas, fazer uma crÃtica a um governo apenas porque o Chefe de governo não sorri muito é demais. O que pretendem esses comentadores ao fazerem esse género de reparos? Uma governação estilo concurso Miss Simpatia? Porque razão é que as televisões enfatizam o aspecto da imagem sobre os candidatos e seus projectos polÃticos? Será que teremos os próximos chefes de governo ou presidentes da República vindos de uma qualquer agência de modelos? Caracterizam-se governos e polÃticos pelo o que dizem e muito raramente pelo que fazem, até porque, o que fazem muitas vezes é igual a zero ou mal feito sem serem penalizados por isso. Isto já cheira mal e algo tem que mudar depressa.
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