A TVI fez a cobertura de uma manifestação em Coruche motivada pela crescente insegurança causada pela comunidade cigana residente naquela vila. Até aqui, aparentemente, tudo está certo para quem não conhece a realidade daquela vila. O que foi omitido pelos repórteres da TVI foi que, os problemas causados em Coruche, são da autoria de uma das muitas famÃlias ciganas residentes naquele concelho. Tendo em conta isto, não deixa de ser curioso verificar a pobreza dos serviços informativos dos canais de informação Portugueses que, em vez de apurarem a verdade, procuram sim o imediatismo e a incitação à confusão. Outra nota que eu quero colocar à questão tem a ver com o destacamento da GNR local que, apesar de o concelho de Coruche ser o mais extenso de todo o distrito de Santarém, dispõe de um número extremamente reduzido de efectivos incapazes de fazerem face a este tipo de situações. Atendendo à falta de efectivos da GNR em Coruche é caso para se perguntar o que é que está a fazer o destacamento da GNR no Iraque? Não se seria melhor estarem alguns elementos em Coruche?
Há mais uma questão apensa ao episódio de Coruche que tem a ver com a comunidade cigana e a aura criminal que esta carrega sobre os seus ombros mas que, em alguns casos, não corresponde à verdade. É certo que nesta questão, a mesma imagem pode ser captada em diversos ângulos e daà saÃrem várias fotos um pouco distintas entre si. Se é verdade que há elementos da comunidade cigana que se ocupam a empreender actividades Ãlicitas, também os há que são cidadãos cumpridores. Se a comunidade cigana é uma comunidade que preserva uma cultura distinta da restante sociedade e que não faz um esforço em se integrar é verdade, como também é verdade que a restante comunidade não faz a mÃnima ideia, nem quer saber, como é a cultura cigana. Nesta matéria a ideia comum é a que os ciganos se devem assimilar à cultura dominante, e esta, não deverá sequer tentar respeitar ou aprender a conviver com a cultura cigana. O racismo é evidente em torno da comunidade cigana como é evidente também a utilização desta discriminação em proveito próprio por parte da comunidade cigana, o certo é que nem uma parte nem a outra fizeram alguma vez um esforço para conviverem entre si respeitando-se mutuamente. Sim, são paninhos quentes para a questão mas bem vistas as coisas temos duas opções. A primeira criar em Coruche uma espécie de Texas Ribatejano com mÃlicias populares e linchamentos à Faroeste, ou então, pura e simplesmente, ter polÃcia suficiente para combater estas situações, retirando é claro, os maus elementos de uma comunidade qualquer e trabalhando na integração desta comunidades evitando o preconceito e a desconfiança.
Nota: Ao que parece há um grupo de elementos da extrema-direita que se propuseram a deslocar-se a Coruche para auxÃlio das pessoas amedrontadas pelos acontecimentos. Da outra parte, os elementos da famÃlia cigana problemática já convocaram os primos e tios e irmãos, cerca de trinta, para comparecerem em Coruche e auxiliarem a famÃlia cigana. Vai ser bonito atendendo que, em Coruche, para além das corridas de toiros, o pugilato é muito apreciado por aquelas bandas.
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