segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Viragens e outros U-turns alucinantes

Estas eleições, ou melhor, os resultados das últimas eleições provocaram uma série de viragens e U-turns alucinantes do estilo montanha russa com meia pirueta e mortal e meio de saída. Marques Mendes, esse basquetebolista frustrado, afirmou que o PSD encorreu num erro de se afastar do centro e ter ido muito para a Direita. Santana Lopes sempre afirmou pertencer ao PPD/PSD, mais direito que o PSD, e desta forma aliou-se ao PP por herança e decreto de Durão Barroso. Ora, vista esta questão,l clinícamente, eu diria que o PSD sofre de um complexo de dupla personalidade, pelo que, aconselho uma consulta a um psiquiatra ou o internamento numa clínica da especialidade. Um U-turn esperado, mas que ainda não se concretizou, foi o da auto-estima dos Portugueses que, para variar, continua em abaixo.
A política não é a detentora do esclusivo em termos de U-turns e outras viragens mais ou menos artísticas. A vida, o dia a dia, é profícuo em U-turns desde o mais básico, até ao mais alucinante e elegível para os Jogos Olímpicos. Passa-se no relacionamento interpessoal, no gerenciar das espectativas que temos dos que nos rodeiam e também nos valores pelos quais nos norteamos ou toleramos. No ínicio, alguém desconhecido, vive sempre nas graças da espectativa e da prova em contrário, lá está o princípio do contraditório a funcionar, e como tal, é sempre simpático e boa pessoa. O pior é quando há espectativas dos outros sobre o recém chegado e estas não são correspondidas, não por defeito do recém chegado, mas sim, por este não querer dar aquilo que os outros pretendem. Os defeitos começam a pular daqui e dali como gafanhotos em plena praga.

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