sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Chissano we´re so sorry but not quite



O tema é polémico e multifacetado, as visões acerca do assunto são controversas e verosímeis apesar de contraditórias mas o facto é que tem que haver uma visão acerca do assunto. Refiro-me às declarações de Joaquim Chissano na Universidade do Minho a propósito do seu Doutoramento naquela instituição. Chissano disse que ainda falta, aos países europeus, pedirem desculpas pela escravatura em �frica. Aqui está o que é a minha visão acerca do assunto em específico e outros apensos a este tema:

Como Português orgulho-me da minha história e do passado do meu povo, sabendo no entanto que, fizemos coisas das quais eu não me orgulho e que as tenho como lições acerca do que nunca se poderá repetir no futuro e presente. O caso da escravatura é um exemplo flagrante daquilo que eu não me posso orgulhar acerca do meu povo mas que, não me irei auto-flagelar para o resto da vida por causa disso. Sei também que o meu povo foi, outrora, escravizado por outros povos mas isso, essencialmente, não serve de desculpa nem tão pouco de fundamento de martírio próprio por causa disso.

O pedido de desculpas por parte de Portugal e outros países europeus, aliás, a exigência de Chissano, é tão plausível quanto Portugal exigir um pedido de desculpas por Marrocos ( Mouros) e a Itália ( Romanos) terem-nos invadido no passado. Hoje em dia, Portugal é o que é, na sua riqueza cultural, devido a essas invasões e �frica é também, o que é actualmente, por causa das invasões europeias do Continente.

Nem vou referir a história da escravatura, com o lucro que muitos reinos africanos tiveram com esse negócio sujo que foi a escravatura e que nós Portugueses e restantes países europeus lucraram também, o viver e o pulsar de um país parte da forma como entendemos a história e aprendemos com ela de forma a trabalhar num futuro melhor. Prendermo-nos com o passado e utilizarmos o passado com o Estado de Israel faz, por exemplo, é retrógado e primário. Não posso tolerar esta manipulação, nem este racismo primário de Chissano. É tempo de enterrar os Mortos ( fantasmas do passado ) e cuidar dos vivos ( Nação Moçambicana ).

Sem comentários: