terça-feira, fevereiro 15, 2005

Honras de Estado

Tendo por base o mais profundo respeito pela vida de qualquer ser Humano e, consequentemente, pela sua morte, a morte da Irmã Lúcia é de pesar como qualquer outra morte de qualquer outro ser Humano. No entanto, dar honras de Estado, aquando da sua morte, a uma pessoa que, para o país, não fez absolutamente nada é de bradar aos céus. Não pretendo aqui discutir o milagre de Fátima até porque este existiu, pelo menos, o milagre da multiplicação do dinheiro. Hoje foram anunciados 15 milhões de Euros de lucro registados na TAP, obra de um Homem que, apesar de não ter perdido o gado na serrania nem ter visto a Nossa Senhora conseguiu, de alguns anos a esta parte, trazer uma empresa público dos sucessivos buracos financeiros, a que caía constantemente, para resultados positivos. Certo será que este Homem, se sair da TAP, não terá honras de Estado, certo é que a Viúva de Salgueiro Maia viveu de uma pensão miserável durante muito tempo, mas certo é que, a Irmã Lúcia que ao país nada fez teve honras de Estado. Isto dá que pensar, que país tão madrasto para quem lhe quer bem.
Faz-me impressão a forma basbaque como os jornalistas receberam os mercenários do Iraque quando chegaram, faz-me impressão a forma como os combatentes do Ultramar foram recebidos quando voltaram, os que voltaram. É muito estranho.

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