Cada vez mais tenho a convicção que é necessário reciclar muitas das mentalidades e formas de estar na vida de todos nós Portugueses. Portugal sempre foi um paÃs em que a “eliteâ€� pouco produziu de si própria e muito copiou de outros. De certa forma, essa foi a estratégia para continuar a dominar os ensejos modernistas do paÃs utilizando sempre a expressão “ lá fora é que é bomâ€�. Nos antÃpodas desta questão residem aqueles que, impregnados de um atavismo cego e crónico, procuraram sempre defender as tradições deste paÃs. Ora vejamos, o Fado não é sÃntese musical da música produzida em Portugal, Lisboa, a capital, não é único nem privilegiável cartaz turÃstico de um paÃs macrocéfalo, com laivos de Primeiro Mundo vivendo, fora dos cartazes turÃsticos, num limbo entre o primeiro e o terceiro mundo. Portugal não é, acima de tudo, como disse Filomena Mónica, um paÃs com um povo feio porque era atarracada a estatura média do povo. É acima de tudo, um gigante adormecido, quer em estatura, quer em valia e desenvolvimento. A todos aqueles que dizem que querem ir embora ou que este paÃs não dá mais e que está à beira do colapso, eu digo, têem razão sim senhor, ide ide embora, em terra de cegos quem tem olho é Rei!!!
Por fim, gostaria de salientar um aspecto importante, que tem a ver com muito do que tem vindo a ser dito acerca do povo Português. O povo português é trabalhador quando motivado, disciplinado quando motivado, criativo quando necessário e empreendedor. Apesar disto, temos que aguentar, até ver, com uma burguesia pouco instruÃda e preguiçosa, um empresariado que é constituÃdo em 73% por indivÃduos com a 4ª classe, e uma aristocracia indolente e tesa que nem um barrote.
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