quarta-feira, setembro 21, 2005

Ignorância

Tenho como princípio basilar da minha conduta diária, e de vida também, o respeito pela opinião dos outros. No entanto, não consigo ser tolerante com opiniões desfazadas e insanas que partam de princípios que em nada tenham a ver com a natureza humana. Nesta categoria coloco o racismo na sua vertente discriminatória que tem a ver com cores de pele diferentes. Esta discriminação é induzida nas pessoas ao ponto de estas criarem fobias em relação a pessoas diferentes do seu padrão autocriado de normalidade. O diálogo nestas circunstâncias é practicamente impossível e a tolerância impracticável sob pena de entrarmos numa situação de demência agravada. Faz-me muita confusão os limites e as divisórias que as pessoas criam na sua relação inter-pares, em especial, as situações de conflito latente entre pessoas de diferentes entre si e que, por isso, se isolam numa espécie de bolha lunar estanque de tudo o que se passa à sua volta. Fui educado a respeitar a individualidade de cada qual que me rodeava, pelo que, o racismo na vertente a que me referi anteriormente, nunca me foi incuntido, e como tal, não tenho preconceito em relação a ninguém que tenha uma tonalidade de pele diferente da minha.
Isto tudo à laia de dizer que cada qual tem a sua onda e devemos respeitar a onda de cada um. Que legitimidade tem alguém para condenar outrém por ser apenas diferente? A única explicação para esta discriminação passa pelo facto de, as pessoas que discriminam, se discriminarem a si próprias por falta de auto-estima. De alguma forma pensam que se estiverem rodeadas de outros individuos iguais a eles que se sentem mais seguros. Isto é patológico creio eu.

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