quarta-feira, agosto 03, 2005

Ora vejamos

É natural e de salutar sempre a curiosidade que muitos de nós temos por culturas diferentes da nossa. Por vezes, essa curiosidade, reveste-se de algum exotismo, e é também, alvo de alguns mitos urbanos curiosos por sinal. Lembro-me de uma história que me "venderam" por verídica, mas que, não a posso confirmar, pelo que, irei contá-la sem mencionar muitos detalhes quanto à identidade das pessoas envolvidas. Numa festa com vários convidados dos corpos diplomáticos em Londres, a esposa de um diplomata inglês que esteve na China, apresenta ao pescoço um medalhão dado numa recepção a que esta tinha estado em Pequim por um alto dignatário do governo chinês. Nesse medalhão constavam caracteres chineses que a senhora não compreendia, mas que, qualquer das vias, a senhora, apavoneava-se com o referido medalhão com muito orgulho. Nessa mesma festa a senhora mostrou o medalhão a um individuo que lhe dissera que tinha estado muitos anos na China, e daí resultou a seguinte conversa:

Senhora: Esteve na China? Que interessante eu também estive na China com o meu marido e até me ofereceram um medalhão quando me fui embora. Quer ver?
Senhor: Com certeza.

Após rápido exame ao medalhão o Senhor vira-se para a senhora e pergunta:

A senhora sabe o que está escrito neste medalhão?
Senhora: Por acaso não sei mas já agora poderia traduzir o que está escrito no medalhão.
Senhor: Com certeza. O medalhão diz: Licença sanitária de prostituição nº1

Como podem ver é preciso algum cuidado com o que se veicula acerca de uma cultura diferente, pois, como já vimos, essa cultura poderá ser veiculada com algum folclore à mistura.
Equívocos são muitos quando nos deparamos com culturas diferentes e por vezes episódios estranhos sucedem-se como é exemplo a atribuição do nome Canguru ao marsupial mais popular da Austrália. Ao que parece, canguru foi a resposta que um aborigene deu à pergunta que um Inglês colocou ao indagar que bicho saltitão era aquele. Ora, Canguru na língua aborígene significa " Não Percebo" e desde então chamamos "Não percebo" a um animal, o que é estranho. Isto estende-se aos nomes índios de certos animais que, dá-me a impressão, sofreram alguma adulteração senão vejamos: Jaguar na língua Maia quer dizer animal que mata com um pulo. Quanto a mim há aqui alguma coisa estranha, ou então, os maias eram muito poupadinhos a falar.

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