terça-feira, agosto 02, 2005

Graus

Vivemos num país em que se discutem graus académicos em vez de se discutirem competências e qualificações técnicas. São os resquícios de uma Velha Senhora que, num país de analfabetos, idolatrizou os doutores, vulgo licenciados. Se na restante europa um em cada três jovens detém uma licenciatura, em regra não superior a três anos, por cá apenas 15% dos jovens entre os 30 e os 35 anos de idade têem uma licenciatura. Se por cá ainda é um escândalo ter licenciados no Desemprego, na restante Europa, dois em cada três licenciados desempenham funções diversas da sua área de formação e salário. São as realidades que são distintas e Portugal que se mantem agarrado ao velho estar de coisas. Por cá o ensino superior é cada vez mais caro e sem qualquer tipo de orientação em termos de conteúdos lecionados e de quem leciona. Vive-se na espectativa que uma licenciatura é o mesmo que o Santo Graal, por artes mágicas, alguém fica enbuído da sabedoria máxima, por efeito de hosmose, de todo o conhecimento incontestável que necessita para se elevar a um plano próximo do Olímpo. Algo tem que mudar radicalmente em Portugal.

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