domingo, março 20, 2005

Domingo

Os domingos, para mim, são sempre ocupados com a tão frenética actividade de nada fazer e total entrega ao ócio. Ainda não cheguei ao ponto lastimável de me esticar no sofá a ver televisão ou, para os mais duros, fazer zapping. Aos domingos fico sempre no meu quarto deitado sobre a cama a ouvir música e a contemplar o tecto. Os passeios de Domingo sempre foram difíceis para mim, de alguma forma, os domingos constrangiam-me bastante. Os milhares de pessoas que se passeiam com o happy smile domingueiro, os carros lavadinhos de propósito para a saída domingueira e o centro comercial, provocaram sempre em mim uma sensação muito estranha, uma espécie de paz podre entre os homens. Devo dizer contudo que, na maior parte dos domingos dos meus tempos aureos de boémia eram sempre pautados por uma ressaca descomunal ou por um despertar muito estranho em locais ainda mais estranhos, já para não falar de algumas companhias. Enfim é Domingo e vou passear o meu fiél amigo Che, o meu cão, no parque da cidade e com sorte ainda poderei ver o meu cão a desfazer um Lulu domingueiro qualquer. Hoje estou um pouco sádico.

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