terça-feira, novembro 20, 2007
O tempo é mestre das coisas
Nunca mais me esqueci do que o meu avô me dissera quando eu, uma dada altura, estava a braços com uma questão delicada por resolver e que me estava a transtornar bastante, ele virou-se para mim e disse-me :" O tempo é mestre das coisas, cura tudo, resolve tudo". Fiquei a pensar no que o meu avô me dissera e na altura não tomei em conta estas palavras sábias. Pensei que estivesse a dizer-me que eu é que teria que encontrar sozinho a solução para o meu problema e não consegui ver que o meu avô acabara de me dar a solução para o problema. Percebi que o meu avô me dera a resposta para o meu problema anos mais tarde quando desenvolvi a ideia que tenho sobre o tempo como espécie de entidade metafísica, num sentido meramente figurado, que restabeleçe os equilíbrios perdidos. Pensem no tempo como uma entidade que no restabelece a paz de espírito necessária para resolvermos os mais diversos problemas, nem todos claro está, mas um número considerável de problemas. Imaginem um problema como se de um baú fechado com vários cadeados se tratasse e que, na ansia de resolvermos os problemas, tentamos forçar frenéticamente os cadeados com as mãos sem alcançar êxito algum. O tempo, essa entidade metafísica figurativa neste caso, traz-nos a serenidade necessária para deixarmos passar algum tempo e acalmarmos o turbilhão emocional que nos tolda o discernimento. De minuto a minuto que passa, o tempo, dá-nos a calma necessária para encontrarmos, uma a uma, as chaves para os cadeados que encerram o baú que contém a resposta instantânea para o nosso problema. O tempo encarrega-se de cura feridas antigas e de dar a perspectiva mais fria sobre os nosso problemas. O tempo é de facto mestre das coisas.
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