terça-feira, novembro 06, 2007

Civismo e comunidade

Li o Post da Rita no Cacaoccino e não pude deixar de concordar com o ela escreveu. No entanto, gostaria de acrescentar mais alguns pontos acerca desse tema melindorso para a cultura Portuguesa que é a Cidadania. Que os Portugueses, desculpem-me a generalização, gostam de ter conversas de café acerca do quão mal está o país e de quão bons são eles a quem nada nem ninguém os engana, nem o Estado, isso, é um ponto assente e visível em qualquer café deste país. O que não é visível é o sentido de comunidade dos Portugueses. Numa sociedade ainda nas grilhetas da sua herança cultural judaico-cristã encabeçada pela ICAR e os seus 70 milhões para a nova fábrica de fé, ou lá o que seja aquilo, os únicos momentos em que se pode roçar o sentido de comunidade do comum dos Portugueses é para a construção da capelinha na aldeia ou para o campo da bola, essa catedral masculina de fé, esperança e muito álcool (ao Domingo mulheres na Igreja, Homens na Bola, so very typical ). Não há o impulso do comum dos cidadãos para fazer serviço comunitário, não, descansem não é cumprir pena porque esses, os criminosos, têem tempo de sobre para cumprir pena, refiro-me a auxiliar a comundade que poderá se revestir de muitas formas diferentes. Desde a atitude cívica do dia a dia para não deixar sujas as ruas, ou não sujar pura e simplesmente, a participação nos actos governativos da sa comunidade. Neste último aspecto percebe-se que, por um lado, a falta de participação dos cidadãos em assembelias de freguesia ou de concelho se deve por vezes ao "divórcio" dos cidadãos portugueses com a sua classe política, mas por outro lado, não vontade sequer e a preguiça, sejamos sinceros, impera. Isto traz-nos para um forma de estar do comum dos cidadãos para com o Estado que, no caso Português, é curiroso. Nós Portugueses temos uma relação muito paternalista para com o Estado, ou seja, vemos o Estado como a figura Paternal que o cultura Latina nos ensinou a encarar e a respietar à nossa maneira muito suis generis. Na cultura Latina o Pai é Lei, o Pai castiga, o Pai é pão. Ora, na relação dos Portugueses para com o estado, isso reflecte-se de uma forma curiosa porque, nós os Portugueses, comportamo-nos como adolescentes para com o velho e sábio Pai que castiga, que bate mas é sempre Pai. Somos penalizados nos impostos mas perdoamos o Estado porque é Pai e pai tem sempre razão e o que faz é para o nosso indubitável bem maior. Entretanto, fugimos, sempre que podemos, aos impostos para nos "safarmo-nos" qual adolescente a tentar afirmar-se como projecto de adulto. Pregamos aos céus que não precisamos e que sabemos melhor e que, o Velho Pai, o estado, já não sabe nada mas, quando as coisas apertam e correm mal, viramo-nos para o Velho Pai porque, o Pai é Lei, o Pai castiga, o Pai é pão. Dobramo-nos para sofrer o castigo e depois tudo volta à normalidade do fugir e enganar o velho outra vez até sermos apanhados de novo.
Em Portugal temos que iniciar um novo ciclo em que a cidadania é uma prioridade para o desenvolvimento do nosso Povo. Preocuparmo-nos com a nossa comunidade melhorar a nossa qualidade vida pessoal porque nos sentimos como parte de algo, como útis já que nos nossos empregos somos tratados como números. Pensem nisto.

A propósito de serviço comunitário em Março vamos plantar árvores no Entroncamento quem quiser participar chegue-se à frente ;)

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