quarta-feira, novembro 30, 2005
Chouriços e Crucifixos
Comparar, como fez Ana Drago, um chouriço a um crucifixo, apesar de haver talvez outros exemplos menos chocantes, não é de todo inadmissÃvel na medida em que, quer o chouriço quer o crucifixo, fazem parte do quadro iconográfico Português. A diferença reside no facto de um representar uma Instituição ainda demasiado poderosa, a Igreja, e o outro representar a cultura popular e gastronómica do paÃs. Qualquer das vias não é essa a questão central, a questão aqui centra-se num Estado Laico com iconografia Católica, ou qualquer outra que seja, em Instituições Públicas do Estado. Não faz sentido a continuidade dos crucifixos nas escolas apesar de muitos alunos serem católicos, ou melhor, serem católicos culturais. Na lista possÃvel de Ãcones a serem expostos nas escolas portuguesas estarão muitos no topo das listas de prioridades que não propriamente o crucifixo. Quer queiramos quer não, o Estado Português, é laico e assim deverá continuar. Havendo crucifixos nas escolas deverá haver também a Estrela de David e o crescente da religião muçulmana.
segunda-feira, novembro 28, 2005
A eleição dos cinco equÃvocos
Muito se tem falado acerca dos candidatos à Presidência da República e pouco se tem falado acerca do cargo que um dos candidatos ocupará quando fôr eleito. Entretanto, analisando o perfil dos candidatos, há que parar um pouco e pensar no perfil destes candidatos e encaixá-los no perfil de competências e raio de acção do Presidente da República. Atendendo a isto, dir-se-ia que o rei vai nú, ou seja, nenhum dos candidatos, em especial Cavaco Silva, se perfila como uma figura consensual dentro da polÃtica portuguesa e que, através dos poderes que tem, consiga manter a coesão e o normal funcionamento das Instituições.
O maior dos equÃvocos é Cavaco Silva, esse grande amador da polÃtica portuguesa, conseguiu criar em torno deste a ideia que salvará o paÃs de um futuro incerto e que, ele, será o timoneiro de uma reviravolta que nem ele conseguiu concretizar durante 11 anos de governação, nem conseguirá concretizar com os poderes que poderá ter se eleito para Presidente da República. Então afinal quem ou qual o perfil que conseguirá ser um Presidente da República eficaz atendendo à competências do cargo? Certamente não a intransigência de Jerónimo nem a irreverência de Lousã. Manuel Alegre poderá ser, atendendo ao respeito que demonstrou pelas competências do cargo, um candidato aperfilado mas a poesia não está neste cargo nem tão pouco será uma figura consensual já que não o conseguiu ser no seio do seu partido. Mário Soares é uma figura respeitável e com créditos firmados mas, à semelhança de toda uma classe polÃtica europeia já gasta, servirá melhor no lado de fora a enviar os devidos recados à governação. Cavaco Silva é quanto a mim o maior dos equÃvocos porque não é consensual e conciliador, é um homem só que se regula por ele aninhando-se nele próprio e tornando-se impermeável à s opiniões contrárias. Para mais é um perigo latente na medida em que já aflorou a possibilidade de alterar as competências do presidente da República, tornando Portugal num sistema presidencialista em que o presidente nunca se engana e raramente tem dúvidas, lembram-se?
Nisto o que há a fazer? Certamente evitar a vitória de um candidato de Direita com um discurso preparado de Esquerda não o sendo nem nunca o tendo querido ser. A esquerda terá que se unir e eleger um dos candidatos numa prespectiva do mal menor.
Deixo-vos a descrição e perfil de competências, à luz da Constituição Portuguesa, do Presidente da República
O Presidente da República é, a par da Assembleia da República, do Governo e dos Tribunais, um órgão de soberania (art.º 110.º, n.º 1, da Constituição), sendo o seu estatuto, forma de eleição e competências estabelecidos no TÃtulo II da Parte III da Constituição (art.ºs. 120.º a 146.º).
As suas funções constitucionais são fundamentalmente as de representação da República Portuguesa, de garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições, sendo ainda, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas (art.º 120.º).
O Presidente da República exerce as suas competências ao abrigo dos art.ºs. 133.º, 134.º e 135.º da Constituição, sendo que a prática de alguns actos é partilhada ou depende da audição de outros órgãos e entidades.
Dentro dessas vastas competências destacam-se, pela sua importância no conjunto dos poderes do Estado e no relacionamento com os outros órgãos de soberania:
- o Comando Supremo das Forças Armadas [ art.ºs. 133.º / p) e 134.º / a) ]
O Presidente da República exerce as funções de Comandante Supremo das Forças Armadas e nomeia e exonera, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e os Chefes de Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas.
- a dissolução da Assembleia da República [ art.º 133.º/ e) ]
O Presidente da República pode, observados os limites temporais e circunstanciais do art.º 172.º, dissolver a Assembleia da República, o que implica a necessidade de convocação de novas eleições parlamentares (art.º 113.º, n.º 6) e, após a realização destas, a demissão do Governo [art.º 195.º, n.º 1, a)].
- a nomeação do Primeiro-Ministro [ art.º 133.º/ f) ] e a demissão do Governo [ art.º 133.º/g) ]
O Presidente da República nomeia o Primeiro-Ministro tendo em conta os resultados eleitorais (art.º 187.º, n.º 1) e nomeia os restantes membros do Governo sob proposta do Primeiro-Ministro [art.º 133.º, h)]. Pode, por outro lado, demitir o Governo quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas (art.º 195.º, n.º 2).
- a dissolução dos órgãos de governo próprio das regiões autónomas [ art.º 133.º/ j) ]
Os órgãos de governo próprios das regiões autónomas podem ser dissolvidos pelo Presidente da República, por prática de actos graves contrários à Constituição (art.º 234.º).
- declaração do estado de sÃtio ou do estado de emergência [ art.º 134.º / d) ]
O Presidente da República declara o estado de sÃtio e de emergência, ouvido o Governo e sob autorização da Assembleia da República (art.º 138.º, n.º 1).
- a declaração da guerra e feitura da paz [ art.º 135.º/ c) ]
Sob proposta do Governo e mediante autorização da Assembleia da República, o Presidente da República pode declarar a guerra em caso de agressão efectiva ou iminente e fazer a paz.
- a promulgação das leis, decretos-leis e decretos regulamentares e a assinatura dos restantes decretos do Governo [ art.º 134.º/ b) ]
O Presidente da República promulga ou assina e, consequentemente, pode recusar a promulgação ou assinatura de leis, decretos-leis, decretos regulamentares e restantes decretos do Governo, ainda que a possÃvel recusa de promulgação das leis, decretos-leis e decretos regulamentares esteja sujeita aos limites temporais e condicionamentos previstos no art.º 136.º e nos art.ºs. 278.º e 279.º.
- a ratificação dos tratados internacionais e a assinatura dos decretos e resoluções que aprovem acordos internacionais [ art.ºs. 134.º/ b) e 135.º/ b) ]
No domÃnio das suas competências nas relações internacionais, o Presidente da República ratifica os tratados internacionais [ art.º 135.º/ b) ] e assina as resoluções da Assembleia da República e os decretos do Governo que aprovem acordos internacionais [art.º 134.º/ b)].
- a convocação do referendo [ art.º 134.º/ c) ]
O Presidente da República decide sobre a convocação do referendo cuja realização, nos termos do art.º 115.º, lhe seja proposta pela Assembleia da República (eventualmente com base na iniciativa de cidadãos) ou pelo Governo (art.º 115.º, n.ºs 1 e 2).
- a fiscalização preventiva da constitucionalidade [ art.º 134.º/ g) ]
Para além do poder de iniciativa que detém no domÃnio da fiscalização sucessiva (art.º 281.º, n.º 2) e da fiscalização da inconstitucionalidade por omissão (art.º 283.º), o Presidente da República pode requerer ao Tribunal Constitucional a apreciação preventiva da constitucionalidade de normas constantes de convenções internacionais ou de decretos que lhe tenham sido enviados para promulgação como lei orgânica, lei ou decreto-lei (art.º 278.º, n.ºs 1 e 4).
- a nomeação e exoneração de titulares de órgãos do Estado
O Presidente da República nomeia e exonera, em alguns casos sob proposta do Governo, titulares de importantes órgãos do Estado como sejam os Ministros da República para as regiões autónomas [art.º 133.º, l)], o Presidente do Tribunal de Contas e o Procurador Geral da República [art.º 133.º, m)], cinco membros do Conselho de Estado e dois vogais do Conselho Superior da Magistratura [art.º 133.º, n)].
- a nomeação dos embaixadores e dos enviados extraordinários [ art.º 135.º/ a) ]
O Presidente da República nomeia os embaixadores e os enviados extraordinários, sob proposta do Governo, e acredita os representantes diplomáticos estrangeiros.
- o indulto e comutação de penas [ art.º 134.º/ f) ]
O Presidente da República, ouvido o Governo, indulta e comuta penas.
- os poderes transitórios relativos a Macau e Timor Leste (art.º 292.º e art.º 293.º)
Enquanto o território de Macau se mantiver sob administração portuguesa, cabe ao Presidente da República praticar os actos e exercer os poderes previstos no estatuto do território (art.º 292.º, n.º 1), competindo-lhe, relativamente a Timor Leste, em conjunto com o Governo, praticar todos os actos necessários à realização dos objectivos da promoção e garantia do seu direito à autodeterminação e independência (art.º 293.º).
Durante o seu eventual impedimento temporário, o Presidente da República é substituÃdo interinamente pelo Presidente da Assembleia da República (art.º 132.º) que não pode, todavia, praticar alguns dos actos previstos nas referidas competências do Presidente da República (art.º 139.º).
O Presidente da República preside ao Conselho de Estado que é o órgão polÃtico de consulta do Presidente da República (art.º 141.º) e designa cinco cidadãos para integrarem a composição deste órgão pelo perÃodo correspondente à duração do mandato do Presidente da República (art.º 142.º).
O Presidente da República preside ao Conselho de Ministros quando o Primeiro-Ministro lho solicitar [ art.º 133.º/i) ].
O maior dos equÃvocos é Cavaco Silva, esse grande amador da polÃtica portuguesa, conseguiu criar em torno deste a ideia que salvará o paÃs de um futuro incerto e que, ele, será o timoneiro de uma reviravolta que nem ele conseguiu concretizar durante 11 anos de governação, nem conseguirá concretizar com os poderes que poderá ter se eleito para Presidente da República. Então afinal quem ou qual o perfil que conseguirá ser um Presidente da República eficaz atendendo à competências do cargo? Certamente não a intransigência de Jerónimo nem a irreverência de Lousã. Manuel Alegre poderá ser, atendendo ao respeito que demonstrou pelas competências do cargo, um candidato aperfilado mas a poesia não está neste cargo nem tão pouco será uma figura consensual já que não o conseguiu ser no seio do seu partido. Mário Soares é uma figura respeitável e com créditos firmados mas, à semelhança de toda uma classe polÃtica europeia já gasta, servirá melhor no lado de fora a enviar os devidos recados à governação. Cavaco Silva é quanto a mim o maior dos equÃvocos porque não é consensual e conciliador, é um homem só que se regula por ele aninhando-se nele próprio e tornando-se impermeável à s opiniões contrárias. Para mais é um perigo latente na medida em que já aflorou a possibilidade de alterar as competências do presidente da República, tornando Portugal num sistema presidencialista em que o presidente nunca se engana e raramente tem dúvidas, lembram-se?
Nisto o que há a fazer? Certamente evitar a vitória de um candidato de Direita com um discurso preparado de Esquerda não o sendo nem nunca o tendo querido ser. A esquerda terá que se unir e eleger um dos candidatos numa prespectiva do mal menor.
Deixo-vos a descrição e perfil de competências, à luz da Constituição Portuguesa, do Presidente da República
O Presidente da República é, a par da Assembleia da República, do Governo e dos Tribunais, um órgão de soberania (art.º 110.º, n.º 1, da Constituição), sendo o seu estatuto, forma de eleição e competências estabelecidos no TÃtulo II da Parte III da Constituição (art.ºs. 120.º a 146.º).
As suas funções constitucionais são fundamentalmente as de representação da República Portuguesa, de garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições, sendo ainda, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas (art.º 120.º).
O Presidente da República exerce as suas competências ao abrigo dos art.ºs. 133.º, 134.º e 135.º da Constituição, sendo que a prática de alguns actos é partilhada ou depende da audição de outros órgãos e entidades.
Dentro dessas vastas competências destacam-se, pela sua importância no conjunto dos poderes do Estado e no relacionamento com os outros órgãos de soberania:
- o Comando Supremo das Forças Armadas [ art.ºs. 133.º / p) e 134.º / a) ]
O Presidente da República exerce as funções de Comandante Supremo das Forças Armadas e nomeia e exonera, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e os Chefes de Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas.
- a dissolução da Assembleia da República [ art.º 133.º/ e) ]
O Presidente da República pode, observados os limites temporais e circunstanciais do art.º 172.º, dissolver a Assembleia da República, o que implica a necessidade de convocação de novas eleições parlamentares (art.º 113.º, n.º 6) e, após a realização destas, a demissão do Governo [art.º 195.º, n.º 1, a)].
- a nomeação do Primeiro-Ministro [ art.º 133.º/ f) ] e a demissão do Governo [ art.º 133.º/g) ]
O Presidente da República nomeia o Primeiro-Ministro tendo em conta os resultados eleitorais (art.º 187.º, n.º 1) e nomeia os restantes membros do Governo sob proposta do Primeiro-Ministro [art.º 133.º, h)]. Pode, por outro lado, demitir o Governo quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas (art.º 195.º, n.º 2).
- a dissolução dos órgãos de governo próprio das regiões autónomas [ art.º 133.º/ j) ]
Os órgãos de governo próprios das regiões autónomas podem ser dissolvidos pelo Presidente da República, por prática de actos graves contrários à Constituição (art.º 234.º).
- declaração do estado de sÃtio ou do estado de emergência [ art.º 134.º / d) ]
O Presidente da República declara o estado de sÃtio e de emergência, ouvido o Governo e sob autorização da Assembleia da República (art.º 138.º, n.º 1).
- a declaração da guerra e feitura da paz [ art.º 135.º/ c) ]
Sob proposta do Governo e mediante autorização da Assembleia da República, o Presidente da República pode declarar a guerra em caso de agressão efectiva ou iminente e fazer a paz.
- a promulgação das leis, decretos-leis e decretos regulamentares e a assinatura dos restantes decretos do Governo [ art.º 134.º/ b) ]
O Presidente da República promulga ou assina e, consequentemente, pode recusar a promulgação ou assinatura de leis, decretos-leis, decretos regulamentares e restantes decretos do Governo, ainda que a possÃvel recusa de promulgação das leis, decretos-leis e decretos regulamentares esteja sujeita aos limites temporais e condicionamentos previstos no art.º 136.º e nos art.ºs. 278.º e 279.º.
- a ratificação dos tratados internacionais e a assinatura dos decretos e resoluções que aprovem acordos internacionais [ art.ºs. 134.º/ b) e 135.º/ b) ]
No domÃnio das suas competências nas relações internacionais, o Presidente da República ratifica os tratados internacionais [ art.º 135.º/ b) ] e assina as resoluções da Assembleia da República e os decretos do Governo que aprovem acordos internacionais [art.º 134.º/ b)].
- a convocação do referendo [ art.º 134.º/ c) ]
O Presidente da República decide sobre a convocação do referendo cuja realização, nos termos do art.º 115.º, lhe seja proposta pela Assembleia da República (eventualmente com base na iniciativa de cidadãos) ou pelo Governo (art.º 115.º, n.ºs 1 e 2).
- a fiscalização preventiva da constitucionalidade [ art.º 134.º/ g) ]
Para além do poder de iniciativa que detém no domÃnio da fiscalização sucessiva (art.º 281.º, n.º 2) e da fiscalização da inconstitucionalidade por omissão (art.º 283.º), o Presidente da República pode requerer ao Tribunal Constitucional a apreciação preventiva da constitucionalidade de normas constantes de convenções internacionais ou de decretos que lhe tenham sido enviados para promulgação como lei orgânica, lei ou decreto-lei (art.º 278.º, n.ºs 1 e 4).
- a nomeação e exoneração de titulares de órgãos do Estado
O Presidente da República nomeia e exonera, em alguns casos sob proposta do Governo, titulares de importantes órgãos do Estado como sejam os Ministros da República para as regiões autónomas [art.º 133.º, l)], o Presidente do Tribunal de Contas e o Procurador Geral da República [art.º 133.º, m)], cinco membros do Conselho de Estado e dois vogais do Conselho Superior da Magistratura [art.º 133.º, n)].
- a nomeação dos embaixadores e dos enviados extraordinários [ art.º 135.º/ a) ]
O Presidente da República nomeia os embaixadores e os enviados extraordinários, sob proposta do Governo, e acredita os representantes diplomáticos estrangeiros.
- o indulto e comutação de penas [ art.º 134.º/ f) ]
O Presidente da República, ouvido o Governo, indulta e comuta penas.
- os poderes transitórios relativos a Macau e Timor Leste (art.º 292.º e art.º 293.º)
Enquanto o território de Macau se mantiver sob administração portuguesa, cabe ao Presidente da República praticar os actos e exercer os poderes previstos no estatuto do território (art.º 292.º, n.º 1), competindo-lhe, relativamente a Timor Leste, em conjunto com o Governo, praticar todos os actos necessários à realização dos objectivos da promoção e garantia do seu direito à autodeterminação e independência (art.º 293.º).
Durante o seu eventual impedimento temporário, o Presidente da República é substituÃdo interinamente pelo Presidente da Assembleia da República (art.º 132.º) que não pode, todavia, praticar alguns dos actos previstos nas referidas competências do Presidente da República (art.º 139.º).
O Presidente da República preside ao Conselho de Estado que é o órgão polÃtico de consulta do Presidente da República (art.º 141.º) e designa cinco cidadãos para integrarem a composição deste órgão pelo perÃodo correspondente à duração do mandato do Presidente da República (art.º 142.º).
O Presidente da República preside ao Conselho de Ministros quando o Primeiro-Ministro lho solicitar [ art.º 133.º/i) ].
sábado, novembro 26, 2005
A propósito ainda da minha viagem a Moçambique, o que eu reti, em termos de ensinamento, foi o quão fúteis e mesquinhos são os nossos problemas do dia a dia no mundo ocidental. Vi uma expressão que resume toda a incongruência do nosso estilo de vida Europeu, completamente centrado no amanhã esquecendo completamente o presente, e daÃ, como seria de esperar, uma vida fútil e cinzenta que levamos sem saber bem porquê.
Eis a citação:
Uma vez perguntaram a Confúcio:"O que o surpreende mais na humanidade?"Confúcio respondeu:
"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para a recuperar. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro.Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido..."
Eis a citação:
Uma vez perguntaram a Confúcio:"O que o surpreende mais na humanidade?"Confúcio respondeu:
"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para a recuperar. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro.Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido..."
sexta-feira, novembro 25, 2005
O padrão do meu cérebro
Your Brain's Pattern |
You have a dreamy mind, full of fancy and fantasy. You have the ability to stay forever entertained with your thoughts. People may say you're hard to read, but that's because you're so internally focused. But when you do share what you're thinking, people are impressed with your imagination. |
Galaico-Português
Foi rejeitada a candidatura Luso-Espanhola para instauração do Galaico-Português como património imaterial da humanidade. Parece que não é nada de grave mas o facto é que se corre o risco de se verem desaparecidas tradições orais comuns à Galiza e Norte de Portugal. é conhecido o esforço que Franco fez para a total e completa obliteração da cultura Galega durante o seu periodo de Ditadura, bem como, já nos tempos da Democracia a negligência a que a lÃngua e tradições galegas foram devotadas.
Da mesma forma que o a Inglaterra fez com que o galês desaparecesse quase completamente com a polÃtica do Welsh Not, actualmente a galiza poderá perder parte do seu legado cultural se nada for feito no sentido de preservar as tradições, ou pelo menos registar-las e dá-las a conhecer à s gerações mais novas, e assim A Galiza e Portugal poderão perder um legado cultural comum. É muito importante para Portugal envedar esforços no sentido de dar a conhecer a cultura galega em Portugal pois, esta, é um legado comum não fossemos nós ao fim e ao cabo Galegos também.
Da mesma forma que o a Inglaterra fez com que o galês desaparecesse quase completamente com a polÃtica do Welsh Not, actualmente a galiza poderá perder parte do seu legado cultural se nada for feito no sentido de preservar as tradições, ou pelo menos registar-las e dá-las a conhecer à s gerações mais novas, e assim A Galiza e Portugal poderão perder um legado cultural comum. É muito importante para Portugal envedar esforços no sentido de dar a conhecer a cultura galega em Portugal pois, esta, é um legado comum não fossemos nós ao fim e ao cabo Galegos também.
Mulheres
O Talmud é um livro judeu, onde se encontram condensados todos os depoimentos, ditados e frases pronunciadas pelos Rabinos através dos tempos.Tem um que termina dizendo o seguinte:Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida, e do lado do coração para ser amada".
Concordo com isto mas porque é que Deus criou as sogras? Também são mulheres ou não?!
Concordo com isto mas porque é que Deus criou as sogras? Também são mulheres ou não?!
quarta-feira, novembro 23, 2005
Pequenas Verdades
A diferença entre os paÃses pobres e os ricos não é a idade do paÃs. Isto pode ser demonstrado por paÃses como Ã�ndia e Egipto, que têmmais de 2000 anos e são pobres. Por outro lado, Canadá, Austrália eNova Zelândia, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são paÃses desenvolvidos e ricos.
A diferença entre paÃses pobres e ricos também não reside nos recursos naturais disponÃveis. O Japão possui um território limitado, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e criação de gado, mas é a segunda economia mundial. O paÃs é como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria-prima domundo todo e exportando produtos manufacturados. Outro exemplo é a SuÃça, que não planta cacau mas tem o melhor chocolate do mundo. No seu pequeno território cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro meses no ano. Não obstante, fabrica lacticÃnios da melhor qualidade. É um paÃs pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, oque o transformou na caixa forte do mundo.
A diferença também não está na inteligência dos nativos dos paÃses ricos. Estudantes de paÃses pobres que emigram para aqueles paÃses conseguem resultados excelentes na sua formação. Executivos de paÃses ricos que se relacionam com seus pares de paÃses pobres mostram que não há diferença intelectual significativa.
A raça ou a cor da pele também não são importantes: imigrantes rotulados de preguicosos nos seus paÃses de origem são a força produtiva dos paÃses ocidentais ricos.
Qual é então a diferença?A diferença é a atitude das pessoas, moldada ao longo dos anos pela educação e pela cultura. Ao analisarmos a conduta das pessoas nos paÃses ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue os seguintes princÃpios de vida:
Qual é então a diferença?A diferença é a atitude das pessoas, moldada ao longo dos anos pela educação e pela cultura. Ao analisarmos a conduta das pessoas nos paÃses ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue os seguintes princÃpios de vida:
1. A moral, como princÃpio básico.
2. A integridade.
3. A responsabilidade.
4. O respeito às leis e regulamentos.
5. O respeito pelo direito dos demais cidadãos.
6. O amor ao trabalho.
7. O esforço pela poupança e pelo investimento.
8. O desejo de superação.
9. A pontualidade.
10. A ordem e a limpeza.
11. Humildade para admitir os erros próprios e omissões.
Pesem um bocado acerca disto e iniciem o vosso dia.
terça-feira, novembro 22, 2005
Exéquias fúnebres
O soldado Português morto no cumprimento do dever no Afeganistão chegou hoje ao aeroporto de Figo Maduro. No hangar, o caixão, no meio da plateia, devidamente sentados, estavam todos os generais e polÃticos e nos cantos, de pé, estavam os familiares e restantes amigos ou anónimos que foram prestar a devida homenagem ao soldado morto. Relevando uma insensibilidade atroz, a famÃlia do soldado português foi deixada num canto de pé enquanto os generais e polÃticos estavam sentados e, espantem-se também, nas exéquias fúnebres o Bispo Dom Januário dirigiu-se primeiro aos generais e polÃticos e somente no final fez uma pálida menção à famÃlia. É nojento a forma como de uma tragédia se cria uma oportunidade para aparecer em frente da televisão e assim tentar ganhar algum protagonismo.
Da minha parte as mais sentidas e sinceras condolências à famÃlia do falecido.
Da minha parte as mais sentidas e sinceras condolências à famÃlia do falecido.
sábado, novembro 19, 2005
Emigrantes por cá
Tive a oportunidade, mais uma vez, de conversar com uma cidadã alemã que fixou residência em Portugal. O curioso da conversa foi saber o porquê desta mudança, ou seja, saber se era pelo motivo mais conhecido, o clima. De facto, o clima, é um dos motivos que levaram esta cidadã alemã e seu marido a saÃrem da sua Baviera Natal, no entanto, este não foi o único nem o mais importante segundo eles. Fartaram-se da vivência de um povo frio e insensÃvel e de um sistema laboral que, ultimamente, tem vindo a perder privilégios com a adicional pressão crescendo de tom. Eles enfatizaram a questão da vivência entre os alemães ser má e que, segundo eles, fez com que virassem costas ao seu paÃs. Em Portugal, reconheço que o paÃs se encontra num estado caótico e que estamos a atravessar momentos muito complicados mas, a vivência neste paÃs, ainda não me fez querer sair deste paÃs, aliás, sair do paÃs já foi minha vontade e continua a ser mas não por motivos de vivência entre as pessoas felizmente. Moral da história? Nem tudo é mau no nosso paÃs e deviamos começar a agir para melhorar e não chorar pelo leite derramado.
quarta-feira, novembro 16, 2005
Frescura contagiante de Mário Soares
Venha daà a freguesia, temos um Quiz fresquinho!!
The Keys to Your Heart |
You are attracted to those who are unbridled, untrammeled, and free. In love, you feel the most alive when things are straight-forward, and you're told that you're loved. You'd like to your lover to think you are optimistic and happy. You would be forced to break up with someone who was emotional, moody, and difficult to please. Your ideal relationship is lasting. You want a relationship that looks to the future... one you can grow with. Your risk of cheating is zero. You care about society and morality. You would never break a commitment. You think of marriage as something precious. You'll treasure marriage and treat it as sacred. In this moment, you think of love as something you don't need. You just feel like flirting around and playing right now. |
Por vezes dá-me para isto
Gostava de ser um ribeiro que nunca secasse no Verão. Despreocupado com o destino, corria livremente sem pensar para onde. De quem bebesse a minha água para saciar a sede eu não me preocuparia pois, assim como assim, alguma água restava para correr e a sede, essa, era saciada por mim.
sábado, novembro 12, 2005
Chicotada psicológica
Hoje está a realizar-se a procissão a Nossa Senhora de Fátima em Lisboa. Nas ruas milhares de populares acenam lenços brancos. Será que está iminente mais uma chicota psicológica?
sexta-feira, novembro 11, 2005
30 anos de Independência
quarta-feira, novembro 09, 2005
Promessas
Este ano prometo que não irei falar acerca dessa grande feira de vaidades que é a Feira do Cavalo na Golegã. Bem vistas as coisas devo confessar que os cavalos até nem têem culpa alguma no meio desta história toda e a indústria da naftalina também tem que sobreviver. Também não irei falar nas hordas de jovens com cabelinho à jovem monárquico nem nas moçoilas em transe com sevilhanas, não repito que não, este ano vai ser diferente. Também não irei falar nos ribatejanos de Lisboa, ou lá o que isso seja, eles também têem direito à vida. Em suma, este ano, não falarei acerca da Feira do Cavalo na Golegã. Tenho dito!!!
segunda-feira, novembro 07, 2005
Tumultos em França
Algures no pós guerra, a França, como outros paÃses europeus, recorreram a milhares de emigrantes, de várias nacionalidades, para a reconstrução do paÃs devastado pela Segunda Grande Guerra Mundial. Na altura, os emigrantes eram braços necessários para a reconstrução do paÃs apesar de estes só verem a sua situação regularizada anos mais tarde. O facto é que essas comunidades emigrantes ajudaram a reconstrução de França, bem como, o engrandecimento de várias empresas Francesas que prosperaram com a mão-de-obra barata livre de impostos. Nessa altura, tudo ia bem e a “tolerânciaâ€� ia-se verificando. Anos mais tarde, esses emigrantes que foram ficando, tiveram filhos e os laços que os ligavam aos paÃses de origem resumiam-se à saudade. Aà é que começaram os problemas com a inexistência de qualquer polÃtica de integração dessas comunidades que em tanto contribuÃram para as economias emergentes de paÃses como a França. É sabido que os emigrantes são as primeiras vÃtimas do trabalho precário e, os seus filhos, vendo a situação de seus paÃs, não encontram a motivação necessária e imprescindÃvel para continuarem os estudos, de certa forma, à nascença, os horizontes são cortados devido à origem emigrante das pessoas. ConvÃnhamos que, apesar de qualificado, um trabalhador nacional tem mais facilidade em encontrar um emprego do que um emigrante qualificado, algures na equação a cor da pele é um variante que subtraà sempre qualquer coisa ao trabalhador qualificado de origem emigrante. Esta é a situação dos guetos das urbes europeias e, atendendo à falta de perspectivas de futuro dos guetizados, o que terão eles a perder? É sempre de evitar este tipo de distúrbios quando há possibilidade disso mas quando não há diálogo, quando não há vontade de resolver os problemas das comunidades emigrantes, a violência é a solução desesperada mas que a única que está ao alcance. Se até então em França o programa de requalificação dos bairros sociais estava na gaveta devido a cortes orçamentais, actualmente e após os confrontos em Paris, o programa está a ser de novo equacionado e será posto em prática.
Há um outro aspecto fundamental em torno desta questão que tem a ver com a sectarização desta questão. Muitos analisam esta questão colocando-se no lado oposto aos dos autores destes tumultos. Analisando bem a questão, teremos que ver que esta questão não é exclusiva das comunidades emigrantes em França, é também, dos cidadãos “nacionaisâ€� na medida em que, o desemprego não está apenas a afectar as comunidades emigrantes. Quando na Europa, a Velha Europa, temos dirigentes polÃticos que nos querem fazer crer que as polÃticas neo-liberiais que promovem a deslocalização das empresas europeias para paÃses onde a mão-de-obra é mais barata e desprotegida são inevitáveis e normais, temos que reflectir muito bem acerca de que lado nos deveremos colocar nas barricadas. O facto é que as comunidades emigrantes são as mais prejudicadas com a deslocalização das empresas para outros paÃses mas não são as únicas. Num quadro actual em que as polÃticas de protecção social na Europa estão a ser destruÃdas e o desemprego está a aumentar devido à deslocalização das empresas, urge colocar as seguintes questões: Quem está a lucrar com esta situação? O povo europeu que vê os seus postos de trabalho perdidos devido à deslocalização das empresas onde trabalhavam ou as grandes empresas e grupos económicos que vêm desta forma os seus lucros maximizados à custa do desemprego de europeus e ao recurso da exploração semi-esclavagista de mão de obra em paÃses do terceiro mundo?
O que os povos dos paÃses europeus ainda não compreenderam é que esta luta é, de certa forma, a luta deles também. Seria preferÃvel que não houvesse recurso a este tipo de violência mas, infelizmente, quando a classe polÃtica europeia é autista há poucas alternativas. Em Maio de 68 houve tumultos graves e a ordem pública foi muito alterada mas o facto é que houve uma série de questões que foram alteradas e nesta situação está a acontecer o mesmo.Repito que o recurso à violência é sempre de evitar mas quando não há vontade de diálogo por parte dos governantes, o povo tem é que vir para a rua. Por fim resta-me referir que no meio destes tumultos graça também a destruição gratuÃta infleizmente.
Há um outro aspecto fundamental em torno desta questão que tem a ver com a sectarização desta questão. Muitos analisam esta questão colocando-se no lado oposto aos dos autores destes tumultos. Analisando bem a questão, teremos que ver que esta questão não é exclusiva das comunidades emigrantes em França, é também, dos cidadãos “nacionaisâ€� na medida em que, o desemprego não está apenas a afectar as comunidades emigrantes. Quando na Europa, a Velha Europa, temos dirigentes polÃticos que nos querem fazer crer que as polÃticas neo-liberiais que promovem a deslocalização das empresas europeias para paÃses onde a mão-de-obra é mais barata e desprotegida são inevitáveis e normais, temos que reflectir muito bem acerca de que lado nos deveremos colocar nas barricadas. O facto é que as comunidades emigrantes são as mais prejudicadas com a deslocalização das empresas para outros paÃses mas não são as únicas. Num quadro actual em que as polÃticas de protecção social na Europa estão a ser destruÃdas e o desemprego está a aumentar devido à deslocalização das empresas, urge colocar as seguintes questões: Quem está a lucrar com esta situação? O povo europeu que vê os seus postos de trabalho perdidos devido à deslocalização das empresas onde trabalhavam ou as grandes empresas e grupos económicos que vêm desta forma os seus lucros maximizados à custa do desemprego de europeus e ao recurso da exploração semi-esclavagista de mão de obra em paÃses do terceiro mundo?
O que os povos dos paÃses europeus ainda não compreenderam é que esta luta é, de certa forma, a luta deles também. Seria preferÃvel que não houvesse recurso a este tipo de violência mas, infelizmente, quando a classe polÃtica europeia é autista há poucas alternativas. Em Maio de 68 houve tumultos graves e a ordem pública foi muito alterada mas o facto é que houve uma série de questões que foram alteradas e nesta situação está a acontecer o mesmo.Repito que o recurso à violência é sempre de evitar mas quando não há vontade de diálogo por parte dos governantes, o povo tem é que vir para a rua. Por fim resta-me referir que no meio destes tumultos graça também a destruição gratuÃta infleizmente.
sexta-feira, novembro 04, 2005
Esperanças
Esperei que tivesse me visto livre de Cavaco Silva quando este perdeu as últimas eleições para a Presidência da República. Actualmente, com o cavaco Silva como candidato à s presidenciais, tenho que me ver confrontado com a mesma postura de sempre desse amador da PolÃtica Portuguesa. O desiderato de ter que levar com a expressão de enfado que este mostra cada vez que os jornalistas lhe colocam questões, mesmo que, esses mesmos jornalistas, lhe façam campanha encapotada. Na minha mente vão as expressões que este deixou imortalizadas na História Contemporânea Portuguesa em que, segundo ele, houve um primeiro Ministro que nunca se enganou e raramente teve dúvidas e que, qual seguimento do Marcelismo, vincou a ideia de um Portugal periférico e pobrezinho coitadinho. Nunca tive um contacto próximo com este candidato, e como tal, não irei a este como má ou boa pessoa que poderá ser no privado do seu seio familiar e circulo mais restricto de amigos mas, no que concerne o candidato Cavaco Silva, esse sim, deixa muito a desejar. As últimas declarações deste acerca do que poderá ser a sua conducta como presidente da república se fôr eleito são o seguimento das suas polÃticas autoritaristas. Creio que se marcelo caetano passasse a pasta da governação seria para Cavaco Silva.
quarta-feira, novembro 02, 2005
Falar com Deus online
É do corrente conhecimento que já existem sites onde se pode falar com mulheres, Homens, amigos e amigas online, mas com Deus é a primeira vez que vejo isso. Não vi a luz se é isso que estão pensar, apenas deparei-me com um site em que se pode falar com Deus num chat segundo os autores. Vejam lá o dizem ao Boss!!
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