sexta-feira, dezembro 28, 2007

Thoughtfull wishes

A Lei que prevê a extinção de partidos políticos que tenham menos de 5000 militantes é, quanto a mim, uma má Lei. Porquê? Porque apesar de a Democracia, o menos imperfeito de todos os sistemas politícos, se centrar em maiorias e são estas que governam, pesa embora o facto de a maioria puder ser metade mais um, é certo que para o debate político sejam necessários todos os partidos políticos, mesmo os tais com menos de 5000 militantes.É certo que a bem da pluridade temos sempre os PNR de índole imaginário-absurda que advogam o nacionalismo, ou lá o que isso seja, como projecto político para o país mas que, em democracia, e é bom que lhes demos esse exemplo, têem o seu direito a existir per si. Porque não um partido de índole regional ou representativo de uma franja pequena de população existir para levar ao debate político as suas reinvindicações? Que maxificação pretendemos ter na política? Que princípio é este que dá azo a que alguém no poder se julgue detentor de toda a razão sem ouvir os demais? É prepotente mas exemplificativo da política de massas que temos e que vive de quotas de eleitorado e campanhas de marketing, este pensar por nós sem nos dar a possibilidade de criar e formular opiniões porque, pensam eles, só quem lá está é que sabe o que é o melhor para o país. Vejo cada vez mais do mesmo e o que se avizinha são tempos dificéis para quem faz parte de uma quota de eleitorado porque, esses, não são ouvidos, fazem com que estes oiçam mas não os deixam ter uma opinião visível. Já escrevi aqui o que penso acerca da falta de participação cívica do povo português entre os quais me incluo, não preciso dizer mais nada, aliás, no íntimo de cada um de nós está um tão católico mea culpa,mea maxima culpa .

A ideia que nos transmitem acerca da relação que deveremos ter para com o trabalho em que nos é exigido que tenhamos que investir na nossa formação sem garantias ou planeamento de necessidades de mercado, que tenhamos empenhamento e cada vez mais produtividade porque algures na India ou China alguém , em escravatura encapotada, consegue produzir mais barato que nós e competir livremente no mercado com os os nossos produtos é, quanto a mim, demasiado vergonhoso para se falar de tão grande absurdo e bestialidade se tratar. Em pleno século XXI ainda temos a pretensão de dominar povos e de nos aproveitarmos, em nome do lucro fácil, de seres humanos sem que estes tenham garantidos os direitos humanos consagrados. Mais, como é possível que nos peçam para trabalhar cada vez mais anos, ganhar cada vez mais o mesmo ou menos e ao mesmo tempo as grandes empresas verem os seus lucros dispararem? São questões imaturas e um pouco demagogicas algumas mas eu tenho consciência disso e faço-o de propósito, quero que as pessoas com uma mensagem clara e simples pensem um pouco e nas resoluções do ano que vem não se deixem ficar pelo supérfulo tão somente. Afinal porque teremos que ter um défice tão baixo, qual será o retorno, que retorno tem os meus impostos? Um sacrifício para vermos todo um sistema social europeu ser desmantelado para que percamos regalias e paguemos mais impostos? Mau negócio para quem paga. Mais, como poderemos nós continuar nesta espiral de insensibilização entre pares que faz com que se tratem pessoas como números ou como coisas dispensáveis, para quem vai este sacrifício que fazemos todos os dias ? Pensem nisto e esperemos por um ano melhor sem Bush e os seus desvaneios esquizofrénicos de um inimigo imaginário para fazer a guerra e assim alimentar o lobby do armamento, sem Tony Blair e sua hipocrisia, sem Darfur´s, sem esta insensibilização e com uma europa mais humana.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Feliz Ano Novo

A todos os meus votos de um Feliz Ano Novo com saúde e com tudo aquilo que desejarem. E como pedir não custa, a todos um tachozito como o do Armando Vara ;)



FELIZ ANO NOVO DE 2008

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Feliz Bacalhau!!!

O Natal traz todo o fanatismo consumista reprimido por um salário que não chega durante o ano inteiro mas que, em Dezembro com o crédito e a ajuda do Subsídio de Natal, chega um pouco mais para satisfazer a gula desse monstro que é o consumismo. É altura de satisfazer as necessidades impostas pela sociedade de consumo que nos leva a desejar coisas supérfulas para combater a ansiedade que criamos por viver numa sociedade que oblitera as pessoas e as trata como bilhetes de transportes públicos, ou seja, só é válido para a viagem em causa porque depois vai para o lixo sem dó nem apelo. Nesta altura a penúria deu lugar à fartura e agora já se pode comprar o GPS para o Fiat Uno de 88 artilhado com uma bufadeira que o faz parecer um formula 1 a engasgar-se. Dão-se presentes, ou melhor, nos casos mais afortunados, trocam-se presentes de preferência presentes que contenham os bens materiais iconizados e reconhecíveis no grupo em que se inserem, tais como, telemóveis de 200 e tal euros para quem faz poucas chamadas porque é muito caro telefonar excepção feita às chamadas para a Menina Júlia para ver se calha o prémio da manhã, GPS para um gajo não se perder algures entre a Rinchoa e o Cacém porque para mais longe não dá porque a gasolina está cara, LCD´s enormes a pagar em prestações que depois se vê como as pagar para vermos o Filme do Homem Aranha 3, que eles oferecem é claro porque os DVD´s estão caros, ou o Benfica quando dá na TVI porque SportTv é a televisão dos ricos, ah!!! um lCD enorme para ver se conseguimos ver bem as mamocas da Soraia Chaves ou a tranca da Merche Romero ( o argumento para convencer a esposa são os espectáculos de variedades que esta pode ver e a possibilidade de ver com detalhe os vestidos de lantejoulas e as rugas das gajas que aparecem nas revistas com a precisão que só a tecnologia de ponta nos oferece claro está ). Enfim, tudo quanto possa fazer subir a nossa cotação lá no bairro ostentando estas coisas que nos fazem realmente felizes e já para não esquecer da Playstation 3 para a nossa cria obesa de tanto estar sentada(o) sem fazer exercício nenhum a jogar, ao lado do seu paizoca também obeso de fato de treino, porque a playstation 2 já está toda marada, a versão oficial é a de que foi a criança obesa é que estragou de tanto jogar, resta saber como é que foi parar cerveja e amendoins para dentro do aparelho pois pois. Foi sempre assim desde que nos conhecemos como espécie Homo Sapiens Sapiens, não julgem que 5 milhões de anos de evolução conseguiram fazer de nós seres racionais que descartam as coisas supérfulas e se centram no essencial e no real bem fazer para a comunidade, é a lei da selva e nós só temos que ser os macacos dominantes.

A nossa Cultura Judaico-Cristã impingiu-nos uma coisa bem pior que este consumismo desenfreado. A Igreja doutrinou-nos a acreditar que nesta altura se celebra o nascimento de Jesus Cristo, antes demais os meus parabéns ao menino Jesus, e que este morreu pregado numa cruz pelos romanos maus para redenção dos nossos pecados, o que, desde já, coloca-nos numa situação vantajosa. Se o Jesus morreu por nós para redenção dos pecados da Humanidade então agora o que é preciso fazer é trocar uns presentitos por altura do Subsídio de Natal e relembrarmo-nos que há os coitadinhos desfavorecidos a quem damos umas roupas velhas e um litro de óleo Fula à saída do supermercado e voilá, o nosso contributo para o bem da humanidade já está dado, não temos que tomar decisões nem fazer muito sacrifícios, à excepção dos Filipinos que, por esta altura, alguns pregam-se na cruz só naquela de não vá a crucificação do Jesus ser pouco para os pecados da Humanidade e assim fica compensado e tal. Ora, o motivo é válido mas os meios foram sanguinários, quer-se dizer, pregar um desgraçado na cruz ora bolas não é preciso chegar a tanto e o Natal assim correria o perigo de parecer uma festividade de cariz sanguinário e com riscos de virem os senhores da ASAE e fecharem o Natal porque a cruz é feita de madeira e isso está carregado de bactérias nocivas para saúde humana, logo, o Natal teria que se fechar de imediato. Para compensar surgiu um velhote de face rosada com cara de quem andou a beber uns copitos e que desce as chaminés apesar de ter um perimetro de cintura para aí de uns 5 metros ou mais, à meia noite e distribuí os presentes a toda a gente que, supostamente, se portou bem o ano inteiro. Ora, eu já nem falo nas questão das horas extraordinárias que o Santa Claus faz e que se saiba não as recebe porque, entre estar o ano inteiro a ver o que cada um pediu e depois distribuir os presentes restam poucas folgas e é todos os anos este ritmo. Mas o problema aqui está entre o mérito de cada um e a fama que cada um tem porque, em comparação, o Jesus para além de fazer anos e ter sido crucificado tem a concorrência, quanto a mim desleal, de um Velho vestido de vermelho ( bahhhh !!!!) que apesar de ser pendurado nas janelas e varandas à chuva e ao vento não se compra com o ficar pregado numa cruz e querouba protagonismo sem ter feito tanto quanto o Jesus fez para merecer as luzes da ribalta. Mas há outro protagonistanesta quadra que é completamente esquecido, o Bacalhau, esse messias Escandinavo, da Noruega entenda-se, que morre nas águas frias do Atlântico para ser depois salgado e comido nesta altura. Cá estamos nós outra vez a ir de encontro com prácticas sanguinárias e mais, à medida que o desgraçado do Bacalhau é escado daqui a uns anos não há mais Bacalhau para ninguém e depois, nessa altura, reza-se para que no Natal venha Bacalhau. Ao preço que o bacalhau está um dia destes os padrinhos oferecem bacalhaus às afilhadas como enxoval em vez de cordões de ouro. Voltando ao cerne da questão e analisando as três personagens, o Jesus, o Pai Natal e o bacalhau proponho que seja eleito como figura desta quadra festiva o Bacalhau. Sim, o bacalhau porque morreu para o bem da humanidade porque mata a fome a muita gente e porque é salgado e não traz problemas de conservação não correndo desta forma o risco dos senhores da ASAE fecharem o Natal porque não se trata de um produto fresco. Quanto ao Pai Natal eu proponho uma cura de desintoxicação e uma dieta porque o velho por este andar a comer e a beber da maneira como o faz não chega ao próximo Natal.

Feliz Bacalhau

sábado, dezembro 01, 2007

Fedorentos

Saber que há promiscuidade entre o poder e certos favores é um dado adquirido. Porquê tanta ríspidez em dizer isto desta forma crua, simples, está mais que evidente o porquê desta rispidez. Após ter lido um artigo no jornal " O público" de sexta-feira, em que Fátima Felgueiras terá, como autarca, apresentado uma conta de cerca de 200.000 euros a título de honorários a serem pagos aos seus advogados por uma das autarquias mais endividadas do país porque é um procedimento normal por entre muitas autarquias em Portugal. O motivo deste pedido é tão somente porque será a Câmara Municipal de Felgueiras a pagar os honorários advogados de Fátima Felgueiras no processo do "Saco Azul de Felgueiras" e isto porque, segundo a própria Fátima Felgueiras, é um procedimento normal já que está a ser julgada a representante da autarquia de Felgueiras aquando do exercício das funções de representante da autarquia e, como tal, é normal e práctica corrente em muitas autarquias neste país e por isso justificável numa lógica do: " ah tu fizeste mal!! mas tu também fizeste mal!! então está bem que se lixe! " . Que sabemos que os há, e muitos, fedorentos na política é certo mas, qualquer das vias, elegermo-os em sufrágio directo e universal como foi exemplo Fátima Felgueiras é comicidade pura e dura do mais elevado requinte de malvadez, como se de um bondage cerebral se tratasse com chicotadas à inteligência e uns saltos altos cravados no pouco bom senso que restaria talvez( tenho dúvidas que ainda tenham, desculpem a franqueza). Claro está que Fátima Felgueiras é inocente até se provar o contrário mas, neste caso dos honorários dos seus advogados no processo do saco azul e pela justificação que ela própria deu, é culpada de ser a Dominatrix de todos aqueles que votaram nela por acharem que ela está inocente e por todos os outros cidadadãos neste país que ainda acalentavam as esperanças de serem os únicos a saberem que há corrupção e como se faz sem ninguém perceber excepto, claro está, eles próprios após aturada pesquisa nos fundos dos copos de três e imperial lavados com Sonasol cujas bolhinhas ajudam a fluir as ideias tolas até à ervilha cerebral. Assim, se houvesse uma Vila Nova de Sálem em Portugal, enviaria a Fátima Felgueiras para lá sob a acusação de associação fedorenta e nociva com o que está por demais evidente mas que todos nós gostamos de comentar e deixar andar, a corrupção do sistema para proteger a sua clientela directa, a classe política fedorenta que temos. Que há quatro gatos que de nome se trazem por fedorentos sabiamos desde já mas não são os únicos fedorentos, aliás, são mais gatos do que fedorentos porque trazem ao de cima os verdadeiros fedorentos, a classe política instituída em Portugal neste momento.