A Lei que prevê a extinção de partidos políticos que tenham menos de 5000 militantes é, quanto a mim, uma má Lei. Porquê? Porque apesar de a Democracia, o menos imperfeito de todos os sistemas politícos, se centrar em maiorias e são estas que governam, pesa embora o facto de a maioria puder ser metade mais um, é certo que para o debate político sejam necessários todos os partidos políticos, mesmo os tais com menos de 5000 militantes.É certo que a bem da pluridade temos sempre os PNR de índole imaginário-absurda que advogam o nacionalismo, ou lá o que isso seja, como projecto político para o país mas que, em democracia, e é bom que lhes demos esse exemplo, têem o seu direito a existir per si. Porque não um partido de índole regional ou representativo de uma franja pequena de população existir para levar ao debate político as suas reinvindicações? Que maxificação pretendemos ter na política? Que princípio é este que dá azo a que alguém no poder se julgue detentor de toda a razão sem ouvir os demais? É prepotente mas exemplificativo da política de massas que temos e que vive de quotas de eleitorado e campanhas de marketing, este pensar por nós sem nos dar a possibilidade de criar e formular opiniões porque, pensam eles, só quem lá está é que sabe o que é o melhor para o país. Vejo cada vez mais do mesmo e o que se avizinha são tempos dificéis para quem faz parte de uma quota de eleitorado porque, esses, não são ouvidos, fazem com que estes oiçam mas não os deixam ter uma opinião visível. Já escrevi aqui o que penso acerca da falta de participação cívica do povo português entre os quais me incluo, não preciso dizer mais nada, aliás, no íntimo de cada um de nós está um tão católico mea culpa,mea maxima culpa .
A ideia que nos transmitem acerca da relação que deveremos ter para com o trabalho em que nos é exigido que tenhamos que investir na nossa formação sem garantias ou planeamento de necessidades de mercado, que tenhamos empenhamento e cada vez mais produtividade porque algures na India ou China alguém , em escravatura encapotada, consegue produzir mais barato que nós e competir livremente no mercado com os os nossos produtos é, quanto a mim, demasiado vergonhoso para se falar de tão grande absurdo e bestialidade se tratar. Em pleno século XXI ainda temos a pretensão de dominar povos e de nos aproveitarmos, em nome do lucro fácil, de seres humanos sem que estes tenham garantidos os direitos humanos consagrados. Mais, como é possível que nos peçam para trabalhar cada vez mais anos, ganhar cada vez mais o mesmo ou menos e ao mesmo tempo as grandes empresas verem os seus lucros dispararem? São questões imaturas e um pouco demagogicas algumas mas eu tenho consciência disso e faço-o de propósito, quero que as pessoas com uma mensagem clara e simples pensem um pouco e nas resoluções do ano que vem não se deixem ficar pelo supérfulo tão somente. Afinal porque teremos que ter um défice tão baixo, qual será o retorno, que retorno tem os meus impostos? Um sacrifício para vermos todo um sistema social europeu ser desmantelado para que percamos regalias e paguemos mais impostos? Mau negócio para quem paga. Mais, como poderemos nós continuar nesta espiral de insensibilização entre pares que faz com que se tratem pessoas como números ou como coisas dispensáveis, para quem vai este sacrifício que fazemos todos os dias ? Pensem nisto e esperemos por um ano melhor sem Bush e os seus desvaneios esquizofrénicos de um inimigo imaginário para fazer a guerra e assim alimentar o lobby do armamento, sem Tony Blair e sua hipocrisia, sem Darfur´s, sem esta insensibilização e com uma europa mais humana.