quarta-feira, setembro 26, 2007

Esforço Comunitário

Estou envolvido num projecto comunitário que está a utilizar o processo de compostagem para reciclar residuos urbanos ( lixo domésticos) com o intuito de vir a plantar árvores na Primavera. Andar a acartar lixo e a cavar terra rija como cornos é difícil como tudo, se não fosse pelo bem da comunidade, porque entendo que é meu dever como membro da comunidade onde vivo contribuirt desta forma para esta, já tinha desistido. Imaginar daqui a 20 ou 30 anos a sombra que as árvores farão e as sonecas que eu puderei fazer vão-me dando alento, confesso, mas, acima de tudo, o que me dá alento é saber que estou a fazer algo de muito importante que é, com o meu contributo minúsculo, reflorestar a zona onde vivo que tem sido devastada pelos fogos florestais. Para quando um plano de reflorestação a nível nacional?

segunda-feira, setembro 24, 2007

Apetece perguntar

Não tem piada nenhuma este cenário politico actual. O governo PS assume-se como um mal menor sem rival por muito mau que seja porque, as alternativas, deixam ainda mais a desejar e assim não dá para criticar como eu gosto, ou melhor, para destilar veneno como eu gosto. Digo isto porque possuo uma reserva moral que é o facto de não ver a política como uma espécie de extensão passional do futebol. Não tenho que defender a minha camisola política como o faço com o meu Sporting, mea culpa. Os discursos são vagos e desprendidos sem roçar sequer à realidade do votante médio que é aquele que dá trabalho a todos aqueles que dizem que estão a servir o país através da política com desvaneios teóricos e prácticas concretas que servem tudo menos o país. Que país se referem eles? Por vezes tenho a sensação que vivemos num admirável mundo novo onde há pessoas predestinadas a determinados serviços e, essas pessoas, têem a visão necessária e o interesse apenas para cumprir os seus destinos preconcebidos. Como é que vem alguém comunicação social dizer que é uma fatalidade inevitável termos mais mobilidade no emprego quando, em Portugal, temos uma protecção social diminuta e salários insultuosos em comparação com os restantes países da EU? Será desenvolvimento termos Bancos que pagam aos funcionários portugueses menos de metade do que pagam aos seus congéneres espanhóis fazendo exactamente o mesmo trabalho? Será possível que as empresas multinacionais trabalhem cá da mesma forma, quase, que as empresas nacionais no que respeita às políticas de remuneração e gestão de pessoal reduzindo pessoas à condição de máquinas? Já alguém pensou sequer se os processos de recrutamento e selecção de pessoal respeitam a Constituição Portuguesa os direitos lá consagrados a todos os cidadãos? Há alguma objectividade nos processos de recrutamento? Será que procuramos um perfil de candidatos tirado a descalque do R2D2? Será boa ideia enviar uma foto para assegurar aos potenciais selecionadores que não somos pretos? O que é feito dos inúmeros técnicos superiores altamente especializados? Onde estão a trabalhar?

Tudo gira em torno de pressupostos teóricos lavrados por teóricos que procuram o ímpeto do Homem tipo do Neoliberalismo, o Especialista!!! O Individuo que dá certezas onde não se pensaria ter!! Dêem uma capa e este homem e uns collants por baixo das cuecas e teremos a salvação no Super-Homem Neoliberal!!! Xanâm!!! Caminhamos para uma sociedade de informação que se informa mais acerca dos seus cidadãos do que informa os seus cidadáos sobre ela mesma. É como a figura do velho pai que puxa do cinto, bate mas é para o nosso bem, umas gotinhas de sangue no soalho e umas nódoas negras nunca fizeram mal a ninguém. Vivemos com a cabeça enfiada na areia completamente amorfos. Não vejo as gerações mais novas a lutarem por aquilo que acham mais correcto para o seu futuro, e será que teêm razão para estarem satisfeitos com a educação que têem e a sociedade que os vais “acolher”. Percorri os subúrbios de lIsboa e vi que havia muitos apoiantes de Dolce e Ganbana e da Nike também. Quantos votos terão nas próximas eleições?

terça-feira, setembro 11, 2007

Já vos contei que fui ao Avante?

Já vos contei que fui ao Avante? Pois fui e foi a minha estreia. No geral, gostei do que vi, pesa embora o facto de, o Avante, apesar das opiniões contrárias e doutrinárias dos organizadores, assemelhar-se mais com um festival de juventude do que propriamente um festival político com comício. Estava à espera de ver muita gente e stands de movimentos e ou partidos comunistas de todo o mundo, agora, devo confessar que não estava à espera de ver isto:




PizzaHut???? Fast-food?? Capitalismo selvático personificado numa quadrilha de jovens a auferirem os salário mínimo nacional ou parecido, vendendo pizzas ao proletariado??? e as sandes de coiratos, o que é feito da banca de sandes de coirato, hein?!!! Convinhamos que esta banca desiludiu-me!



O que vale é mesmo a festa e os milhares de jovens que, pelo partido ou não, se juntam numa festa sem causar desacatos e em espírito de camaradagem. Vale a pena ir!

segunda-feira, setembro 10, 2007

Peace and quiet please

Já enfada o circo em torno do caso de Madeleine. Enfada por ser repasto para alguns fazerem deste caso a oportunidade dourada para aparecerem no ecrâ mágico, a TV. Creio que é pacífico em concordar que, o caso Madeleine, é um caso político também. Aqui há uma troca de acusações entre imprensa e Instituições Portuguesas e Inglesas com um casal inglês em solo português, até à pouco tempo, com um desaparecimento a ser investigado por uma Instituição Portuguesa em solo português. Há interesse em capitalizar pequenas vitórias e pequenas derrotas de ambos os lados. Por cá, há candidatos a bastonários, ex-agentes da Judiciária a mandar doutos bitaítes, presidentes de Câmara/roamncistas/preciso aparecer no boneco porque faz sempre muito bem, e um casal estranho que deixa os filhos abandonados à luz da nossa cultura que eles não partilham por pertencerem a outra, a Britânica. Agora estão a degladiar-se, os jornalistas Portugueses, para ouvirem da boca de um qualquer traseunte inglês em Rothely para dizer que não gosta da imprensa Portuguesa e, assim, passar o papel de coitadinhos odiados por todos aí pobrezinhos de nós. Foi nojento ouvir uma reportagem da RTP em que a jornalista perguntava a um traseunte inglês em Rothely se estava farto dos jornalistas e este respondeu que estava farto de todos os jornalistas, todos sem excepção mas a jornalista insistia e perguntava novamente com mais vigor e mais distorção ao ponto de o entrevistado pedir para que esta não colocasse palavras na boca deste e reafirmando que ele estava farto de todos os jornalistas na sua pacata aldeia que não o deixavam andar nas ruas em paz. Entretanto, ao que parece existem provas genéticas que indicam que a Madelene, ou o seu cadáver, estiveram num automóvel alugado 25 dias depois do seu desaparecimento fazendo com que os seus país fossem constituídos arguidos neste caso de Desaparecimento/homicídio ou o que seja. Pergunto-me!!! Será que um dia qualquer se eu fôr arguido de alguma coisa se me deixarão sair do país ou será que tenho que esperar pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros venha cá e que hajam eleições daí a pouco tempo para que a minha saída não se torne um embaraço?????
Que palhaçada brutal!!! Este caso, como outros no nosso país, não passam de repasto para uma comunicação social mediocre que se preocupa somente em vender imagens ou papel do que propriamente com a verdade. Entretanto, há um carro cheio de explosivos abandonado na nossa fronteira por alegados terroristas da ETA e uma criança alemã desaparecida em Espanha, nada disto é noticiado. Portugal tem a Presidência da UE por acaso ao mesmo tempo que tudo isto decorre, hum....não sou apreciador do gênero Telenovela mas desta já estou farto e ainda agora começou.