Muitas vezes percorremos a nossa memória visual à procura de lugares distantes e exóticos que nos ofereçam a noção de que o tempo pára e que temos todo o seu espectro na nossa mão. Procuramos fugir do quotidiano para aliviar o nosso stress, procuramos novos panteões e deuses forasteiros para não termos que estar sempre a ajustar as contas do dia a dia com os nossos e termos, também, a sensação de que nada nos detém na senda de sermos felizes, ao menos, por momentos salpicados na tela da vida ( lamechas eu sei mas não deixa de ser verdade). Eu encontrei aqui mesmo ao lado num cantinho recondido do nosso jardim. não encontrei nenhum panteão mas sim a relação mais primária e intensa entre eu e a natureza selvagem, os elementos primaciais de toda a criação sem panteão. O ar, a água, o fogo e a terra tudo numa só paisagem num só fôlego. Fala-vos dos Açores, e mais concretamente, da Ilha de São Miguel onde estive e me deslumbrei por completo.
Cratera de um Vulcão, Lagoa do Fogo, São Miguel, Açores.
As furnas e o sempre presente elemento, o fogo.
Num arquipélago profundamente católico, os imponderáveis, os resistentes. Uma nota em relação ao Cemitério judaíco de Ponta Delgada, está abandonado e não referenciado nos circuitos turísticos o que mostra que, num local onde a fé se mostra em Impérios, os judeus aqui são filhos de um Deus menor, é lamentável.
O Farol guia os barcos , o Império guia as almas dos crentes no Divino Espírito Santo.
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