quinta-feira, agosto 31, 2006

Reflecti

Descansei que não vou escrever um post isotérico com uma ou outra m+áxima cabalístico tirada de um de muitos forwards que inundam a minha caixa do correio. Reflecti se iria postar uma foto de uma efeméride que ocorreu em Córdova a propósito da minha chegada. Sem querer ser muito pretensioso mas o Oliveirinha teve honras de Estado e fui recebido pelo Consul Romano da cidade de Córdova. Eis a foto da efeméride



Clichés QB

Normalmente dispenso os clichés mas admito que um cliché desde que seja dito de uma forma controlada e propícia tem um sabor especial. Com amorte anunciada do Independente e a condenação da ONU a Israel por ter utlizado bombas de fragmentação nas últimas 72 horas do conflito com o Líbano, apeteceu-me ouvir um cisne a cantar não sei porquê.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Velhos hábitos do dia a dia

Aprecio as pequenas subtilezas dos hábitos quotidianos das várias pessoas que conheço. Costumo dizer que adoro o desporto da observação de pessoas, as expressões que fazem quando se cruzam entre si num local público são fascinantes. Por vezes não nos damos conta da excentricidade dos nossos hábitos e quando nos damos conta dessa excentricidade há sempre alguém ao nosso redor que nos surpreende com um hábito diferente do nosso. Aconteceu-me em Zafra quando observei uma senhora de idade a tomar o seu pequeno almoço. Ao lado da sua media de leche um papo seco aberto ao meio, num pires uma embalagem com azeite, nas suas mãos a embalagem de azeite regava abundantemente o pão. Um hábito quotidiano na Extremadura Espanhola, uma excentricidade para os meus hábitos que nunca contemplaram tal hábito. Enfim gosto de ser surpreendido por estes gestos mas continuo a não comer pão regado com azeite, no entanto, gosto de quem, como eu, não respeita o protocolo e tem a inteligência e a liberdade de nos surpreender.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Tempo profilático

Não foi dito a mim mas quando ouvi as palavras senti que tinham sido ditas a mim e por momentos quase senti o calor da respiração de uma velha ansiã a sussurar ao meu ouvido. O tempo é como as marés, vai e vem e no entretanto há a maré que enche e a que vaza. Maior parte dos problemas é o tempo que os resolve, ele tanto traz um destroço de um navio como uma arca cheias de moedas perdida por um qualquer pirata do nosso imaginário, enquanto a maré não muda há que esperar, o tempo traz tudo e resolve quase tudo como uma maré.

Viagens na terra dos outros


Na muy Católica Catedral de Córdoba, antiga mesquita do Califado de Córdoba, os panfletos distribuídos pela Igreja Católica enfatizam o facto daMesquita de Córdoba ser um templo cristão, sede do episcopado de Córdoba. A Igreja Católica tem sempre que meter o o bedelho em tudo e a ideia que fica é que o monumento em causa se foi muculmano foi por acaso.

Aqui está a Luz de Alah na Catedral Católica de Córdoba

domingo, agosto 27, 2006

I´m back

Voltei!!! Mais tarde irei postar algumas fotos e uns textos. Até já!

domingo, agosto 20, 2006

A saga continua

Pois é, como gostei da semana de férias em que estive no Festival de Sines, agora, decidi tirar mais duas semanitas de férias. Até lá o tasco vai estar encerrado para férias mas com a promessa de, quando voltar, ter muitas histórias para contar ou não fosse eu de férias num carro que, anteriormente, já tinha caído o motor em plena autoestrada. Digamos assim, adoro a adrenalina da incerteza de ficar ou não no meio do caminho e não me importo nada se ficar ou não estivesse eu de férias. Até já!!!

quinta-feira, agosto 17, 2006

Festivaleiro

O primeiro foi à muitos anos e desde então o gosto tem vindo a aumentar em mim. Refiro-me aos Festivais de Música, essa oportunidade única de, no mesmo local e à mão de semear, ouvir músicos e suas respectivas bandas num ambiente em que o efeito perverso da multidão se atenua num ambiente aprazível tal como se quer para ouvir música. No entanto, os festivais, foram acontecendo e eu fui crescendo neles e actualmente festival per si só não me atraí. Tem que ter qualidade de cartaz e inovaão, ou então, juntar teatro de rua stand-up comedy e outras actividades num cidade como Edimburgo que, na maior parte do ano, é cinzenta. Quem tiver oportunidade vá que não se irá arrepender.

domingo, agosto 13, 2006

Núvens

Se andar nas nuvens é maravilhoso e induz-nos uma sensação libidinosa de que tudo corre bem nas nossas vidas, a aterragem acaba por assumir um papel que poderá ser castrante ou encorajador para novos voos. O problema quando andamos nas nuvens não é a aterragem propriamente dita porque, mal ou bem, este velho biplano já descolou e aterrou muitas vezes bem e mal diga-se. O problema aqui reside no facto de nos vermos algures no ar sem plano de voo e sem fazer a mínima onde e como aterrar e sem poder antever se deveremos prepararmo-nos para uma aterragem de emergência. Isso é que nos faz por vezes ficar em terra com medo de nos magoarmos na aterragem de um voo sem planos alguns. Este sentimento é falacioso na medida em que, independentemente da aterragem, o importante é o voo e o que nos faz sentir, o resto, quando batermos com o costado no chão logo se verá e o importante é recompormo-nos o mais rapidamente possível para o próximo voo. Enjoy the ride! !!

terça-feira, agosto 08, 2006

A melhor bagaceira para os mais ilustres convidados

Este espaço é aquilo que eu sempre pretendi que fosse apesar de, algumas vezes, esse objectivo ter sido alcançado outras vezes não. Todavia este é o espaço que eu mantenho aberto a qualquer pessoa apesar de, qualquer pessoa, vislumbrar um pouco de mim sem me ver ou vislumbrar-me sequer num corropio que um Teatro de sombras poderá provocar na minha ideia transloucada da vida. É um espaço também que eu frequento e como tal gosto de ter de vez em quando uma boa bagaceira ou um whiskey de reserva para os meus ilustres convidados. Apreciem esta magnífica reserva que vos deixo aqui e não deixem migalhas, devorem todas as estrofes deste poema de Herberto Hélder.
Há cidades cor de pérola onde as mulheres

Há cidades cor de pérola onde as mulheres
existem velozmente. Onde
às vezes param, e são morosas
por dentro. Há cidades absolutas,
trabalhadas interiormente pelo pensamento
das mulheres.
Lugares límpidos e depois nocturnos,
vistos ao alto como um fogo antigo,
ou como um fogo juvenil.
Vistos fixamente abaixados nas águas
celestes.
Há lugares de um esplendor virgem,
com mulheres puras cujas mãos
estremecem. Mulheres que imaginam
num supremo silêncio, elevando-se
sobre as pancadas da minha arte interior.
Há cidades esquecidas pelas semanas fora.
Emoções onde vivo sem orelhas
nem dedos. Onde consumo
uma amizade bárbara. Um amor
levitante. Zona
que se refere aos meus dons desconhecidos.
Há fervorosas e leves cidades sob os arcos
pensadores. Para que algumas mulheres
sejam cândidas. Para que alguém
bata em mim no alto da noite e me diga
o terror de semanas desaparecidas.
Eu durmo no ar dessas cidades femininas
cujos espinhos e sangues me inspiramo fundo da vida.
Nelas queimo o mês que me pertence.
o minha loucura, escada
sobre escada.
MuIheres que eu amo com um des-espero .
fulminante, a quem beijo os péssupostos entre pensamento e movimento.
Cujo nome belo e sufocante digo com terror,
com alegria. Em que toco levemente
Imente a boca brutal.
Há mulheres que colocam cidades doces
e formidáveis no espaço, dentro
de ténues pérolas.
Que racham a luz de alto a baixo
e criam uma insondável ilusão.
Dentro de minha idade, desde
a treva, de crime em crime - espero
a felicidade de loucas delicadas
mulheres.
Uma cidade voltada para dentro
do génio, aberta como uma boca
em cima do som.
Com estrelas secas.
Parada.
Subo as mulheres aos degraus.
Seus pedregulhos perante Deus.
É a vida futura tocando o sangue
de um amargo delírio.
Olho de cima a beleza genial
de sua cabeça
ardente: - E as altas cidades desenvolvem-se
no meu pensamento quente.
Herberto Hélder - 1979

segunda-feira, agosto 07, 2006

Virgens Profissionais

Comparações absurdas e reivindicações narcisícas de quem se esquece de tudo em seu redor desesperam-me. Não sou o Super-homem, e mesmo que o fosse, não vestiria as cuecas por cima das calças como ele, imaginariamente é claro, usa. Não tenho o dom da clarividência nem tenho pretensões de ser um semi-deus qualquer de um qualquer panteão. O facto é que me esforço em não comparar o que são os meus problemas ou dificuldades da vida com as dificuldades ou problemas dos outros porque, indubitavelmente, os problemas dos outros são para mim fáceis de resolver porque não os sinto nem perco sono a pensar neles. Logo, qualquer tipo de comparação entre o que é a nossa vida com a vida de outrem é, pelo exposto anteriormente, intelectualmente desonesto e invariavelmente resulta sempre na noção de que os nossos problemas são sempre difíceis do que dos demais. É muito mais fácil apontar o dedo aos outros do que é, em primeira mão, questionar a nossa própria conduta e verificar se o problema não partirá de nós mesmos. É um acto de inteligência, sensibilidade e bom carácter deparar-me com pessoas que, pelo menos, tentam, já que é difícil conseguirmos este poder de autocrítica a todo o tempo. Há quem se esforce e revele a sensibilidade e a inteligência suficiente para tentar perceber o âmago das questões com que se deparam ao longo da vida e fazerem a devida introspecção sobre o seu papel na origem ou resolução de um determinado problema. São estas as pessoas que vencem a luta juvenil contra a virgindade, ou seja, são aqueles que foram mas já não são mais virgens, desfloraram definitivamente, ao passo que, outros há que apesar de terem deflorado em tenra idade, continuam a portarem-se como as eternas virgens imaculadas das culpas do mundo em que os seus problemas são sempre culpa de outros. A virgem antes de o ser já o era virgem de condição pelo menos.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Férias, doces e curtas Férias aí aí

Devo dizer que a parte que menos gostei do Festival de Sines foi, precisamente, o facto de ter que me ir embora porque, de resto, o Festival de Sines teve a receita certa para me proporcionar um curto periodo de férias muito proveitoso. Artistas estupendos dos quais eu destaco Trilok Gurtu, Diabaté e Gaiteiros de Lisboa, o restantes artistas proporcionaram também aquela visão do mundo que tem muito a nos oferecer e que, a música, não são apenas sons, são formas de estar e sentir a vida e o nosso quotidiano familiar, social e pessoal em particular, é a comunhão de algo íntimo com os demais. Assim, partilho convosco as fotografias, possíveis, que tirei do Festival e neste caso da actuação dos Varttina, para que vos desperte a curiosidade em, no próximo ano, ir ao Festival de Sines. Sempre fui perdido por causa de loiras devo confessar: