Não sou muito dado a escrever coisas muito íntimas sobre mim mas desta vez vou ceder nesse aspecto. Não posso deixar de partilhar que a experiência de ser Pai está a ser, para mim, absolutamente fantástica. É claro que agora que o meu filhote é pequenino é a fase mais ternurenta de todas até chegar à adolescência onde, invariavelmente, dá a vontade, por vezes, de apertar-lhes o pescoço( figuradamente claro). Até à adolescência é curtir ao máximo as primeiras palavras, as primeiras gracinhas, as primeiras gargalhadas e os mimos. Depois, são as chatices da idade do armário e da parvoeira e eu que o diga porque se o rapaz sair ao pai vou passar uns maus bocados mas até lá é aproveitar. Não sei quem é que disse que os filhos tornam a vida mais saborosas mas quem quer que seja tem toda a razão. Dão imenso trabalho mas amam-nos incondicionalmente e o que retribuem é de longe muito mais do que o trabalho que provocam. Não quero desrespeitar quem tomou a opção de não ter filhos mas desculpem-me, pelo menos para mim, é uma vida um pouco cinzenta.
Não tenho propriamente um projecto de Educação para o meu filho nem devo o ter. Pretendo que o meu filho se interesse em aprender mais do que colecionar um determinado canudo. No fundo quero o que qualquer Pai quer do seu filho, que seja muito feliz sendo o que quiser ser. Valorizo a forma como ele se esforçará, ou não, para atingir as metas que pretenda atingir. Não tenho vergonha em dizer que o meu filho não quer ser doutor se for essa a vontade dele, quero sim orgulhar-me de dizer que o meu filho é um grande profissional seja no que for com ou sem curso superior. Claro que transmitirei todo o meu conhecimento e, acima de tudo, o gosto por aprender, por saber mais do que o comum, Supra Vulgus sepere cupit e isso, provavelmente, levará ao ensino superior de uma forma muito natural.