São as mais pequenas coisas que nos fazem pensam ou que, noutras circunstâncias, nos fazem ser aquilo que nós não pensamos ser. Eu explico-me, no meu trabalho lido com empresas exclusivamente e o discurso é unânime, isto está mal....a crise....antigamente é que se ganhava dinheiro e tal..., entretanto, eu entro pela empresa a dentro e peço para falar com o responsável e este, invariavelmente, está de férias no Brasil, Croácia, Algarve etc etc...Isto leva-me a ter uma opinião muito concreta acerca de toda esta situação que é a seguinte: Crise há e sempre houve e haverá mas os que se distinguiram dessas crises foram sempre aqueles que, de uma forma inteligente, perceberam que tinham que inovar e apertar o cinto, dosoutros nunca mais se ouviu falar deles, os seus lamentos esvairam-se nos tempos. Os discursos miserabilistas pecam por raramente trazerem ideias e só causam ruído porque, parafraseando Mário Cesariny, afinal o que importa não é ter fome porque assim como assim ainda há gente que come.
Lembro-me de lanchar todos os dias um pão com manteiga e fiambre e um sumo de laranja arrematado com um café no final que era um estalo pás!! Agora não o faço custa mais de cinco euros a brincadeira mas como um iogurte na vending machine que custa 80 cêntimos e que fazem as vezes do meu pão com manteiga e fiambre e um sumo de laranja arrematado com um café no final. Assim como assim ainda há gente que come, a minha vida teve que mudar e aprendi a dar valor a outros prazeres da vida que, actualmente, fazem a minha delícia de viver e sou feliz, temos que inovar.