Uma sala cheia de idosos, uns doentes outros a matarem o tempo que lhes resta e uns indivíduos de fato e gravata a pairarem à volta dos médicos é um quadro pouco saudável para quem vai a um edifício intitulado, ironicamente creio eu, de centro de saúde. Comparativamente, percebo mais facilmente a lógica do idoso que vai ao centro de saúde para matar o tempo com uma de muitas maleitas que se resumem apenas a uma enorme solidão do que a lógica de um individuo de fato e gravata, que não sendo médico, vende medicamentos a médicos. A lógica parece ser a de anunciar medicamentos das empresas farmacêuticas a médicos por indivíduos que não são médicos nem fazem a mais pálida ideia do que é que estão a vender, perdão digo, que estão a propagandear a troco de idas gratuitas e desinteressadas a congressos no Brasil ou outros destinos paradisíacos, mesmo não fazendo a mais pálida ideia do que é que estão a propagandear. Tão depressa esses delegados propagandeiam um anti-inflamatório como uma pastilha de urânio enriquecido para a tosse, a diferença está no congresso claro está. Depois há uma outra coisa que me irrita nesses tipos que é o aspecto sabujo deles, o aspecto sinuoso que eles têem com a curvatura fácil da espinha perante uma bata mesmo que por engano se verguem perante uma auxiliar que passa no corredor. As remessas são constantes e gratuitas há possibilidade de fazer as experiências que forem necessárias, as cobaias não faltam e pagam a taxa moderadora.
quinta-feira, novembro 30, 2006
Abutres
segunda-feira, novembro 27, 2006
Homenagens
Não gosto muito de homenagens. Parece sempre algo empacotado na altura que chega a toda a gente, a morte. Durante a vida deverá haver reconhecimentos da obra e dos feitos de cada um e não depois da morte porque, reza a hipocrisia, na hora da morte somos todos uns tipos muito porreiros e ninguém ousa dizer que o fulano que está no caixão era uma autêntica besta. O epíteto desta situação são as estátuas e ou busto que não passam de sanitários para pombos. Isto foi a título de esclarecimetno do post anterior.
domingo, novembro 26, 2006
Mário Cesariny
Homenagens chamam pombos para defecarem num busto frio e insensível. O importante é mesmo viver a obra de quem já partiu.
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
Mário Cesariny
sexta-feira, novembro 24, 2006
As cheias do Ribatejo, úúúhh grande coisa!!!
Para poupar as cenas dramáticas das cheias que são habituais no Ribatejo, vou postar algumas fotos tiradas hoje de tarde no cais de Vila Nova da Barquinha. Antes que venha aí o Albarran dizendo o drama, a tragédia, o horror, coloco aqui as imagens do cais que no Verão está uns 8 a 10 metros acima da linha de água mas que, nesta altura, encontra-se a centímetros do último degrau. Já agora, à malta que não é de cá, não se preocupem nós sabemos nadar e estamos habituados a estes cenários.
quinta-feira, novembro 23, 2006
Estações e Tendências
Em relação ao post anterior e utilizando o vernáculo da moda por assim dizer, a tendência a que me referi, ou seja, o Sporting ganhar ao Inter de Milão, não deve ser para esta estação, vamos a ver para as próximas estações se se confirma a tendência que eu referi. Correu mal enfim!
Precisam-se de avançados, ou melhor, precisam-se de individuos que consigam materializar o momento mais alto do Futebol como diria talvez o Gabriel Alves. Marquem golos porra!!!
Precisam-se de avançados, ou melhor, precisam-se de individuos que consigam materializar o momento mais alto do Futebol como diria talvez o Gabriel Alves. Marquem golos porra!!!
quarta-feira, novembro 22, 2006
Capital da Moda
Milão é a capital da Moda Italiana. Hoje que vai lá jogar o Sporting Clube de Portugal contra o Inter de Milão, vamos a ver se impomos a tendência de ganhar ao Inter como fizemos em Alvalade.
SPOOOORRTTIIINGGG!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
SPOOOORRTTIIINGGG!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quinta-feira, novembro 16, 2006
Pequenito
O nosso país é de facto pequenito. Digo isto não somente pelo seu tamanho diminuto mas pela reduzida amplitude de aspirações que os seus concidadãos têm do país em que vivem. Será possível que a Política neste país seja, como antigamente se fazia com os ofícios, um ofício de pai para filho. Tudo gira em torno de meia dúzia de famílias sedeadas em Lisboa que partilham entre si as influências e as decisões sobre o filho de quem será o quê. É um ciclo vicioso em que para se chegar algures na Política tem que se seguir a cartilha do pai ou do padrinho que nos educa bem para o que deveremos dizer e ou pensar. Mesmo quando os velhos caciques que os educaram se "reformam" as suas vozes não se deixam de ouvir, estas estão lá por detrás omnipresentes e vinculativas. Pergunto-me se eu, que não pertenço a esta grande família política e refiro-me quer ao plano ideológico e ao plano geneológico, se teria a "oportunidade" de ter uma entrevista para limpar a cara de 7 meses ( terríveis) de desgovernação?? No lo creo!!
Ainda fora do espectro da política embora igualmente ridículo estão as movimentações em torno do indíviduo de capachinho e com vernáculo taberneiro a quem foram arrestados bens da sua mansão por alegadas dívidas que ascendem aos 5 milhões de euros. Falam acerca deste indivíduo como se fosse uma vítima de um processo complexo de inveja e cobranto elevado com requintes de malvadez. Que raios o individuo em causa fugiu aos impostos e agorasó porque é dirigente de um clube de futebol é um coitado? Porquê? porque foi apanhado na prevaricação ou porque prevaricou? Pequenitos que somos nós.
Ainda fora do espectro da política embora igualmente ridículo estão as movimentações em torno do indíviduo de capachinho e com vernáculo taberneiro a quem foram arrestados bens da sua mansão por alegadas dívidas que ascendem aos 5 milhões de euros. Falam acerca deste indivíduo como se fosse uma vítima de um processo complexo de inveja e cobranto elevado com requintes de malvadez. Que raios o individuo em causa fugiu aos impostos e agorasó porque é dirigente de um clube de futebol é um coitado? Porquê? porque foi apanhado na prevaricação ou porque prevaricou? Pequenitos que somos nós.
terça-feira, novembro 14, 2006
Hum...dá-em impressão
Dá-me a impressão que à minha volta tudo e todos estão cinzentos rasgados com tons avermelhados de raiva em riscas simétricas que alinhadas par a par desafiam a vista numa ilusão que não se vê mas sente-se. Será do movimento em torno de mim ou serei eu que corro frenéticamente em volta das pessoas? Sempre preferi os carrinhos de choque ao Carrossel, os seus tons não têem padrões simétricos muito menos avermelhados de raiva. Espero pacientemente pelo Arco-íris e os seus padrões simétricos que acalmam o meu espírito de vermelhos e outras cores.
sexta-feira, novembro 10, 2006
A Feira
É pela boca que morre o peixe já reza o ditado popular e é bem verdade. Durante muito tempo sempre disse que não iria à Feira da Golegã por causa de todo o ambiente de ostentação balofa que é aquilo. Mas como diz o ditado é pela boca que morre o peixe e no meu caso foi bem verdade não fosse eu ter quebrado o jejum de mais de 10 anos sem ter posto os pés na Feira da Golegã e tudo isto por causa de uma pessoa. Enfim a vida tem destas coisas.
segunda-feira, novembro 06, 2006
Rambos e outros que tais
Este fim de semana participei num jogo de Paintball que eu gostei mas o melhor desse dia até nem foi o Paintball. Contudo, é do Paintball que vou falar porque observei e participei, de alguma forma diga-se de passagem, a um fenómeno masculino até certo ponto de vista, visto que, esse fenómeno, pode ser extensível a ambos os sexos mas devido ao facto da tradição judaico-cristã a atribuir os papéis da guerra e da caça ao Homem, este fenómeno, poderá ser entendido mais facilmente dentro desse preconceito machista por assim dizer. Assim, e num cenário que simula a guerra é fácil ver o empolgamento dos participantes pelo combate mas essencialmente pelo tiro, ou seja, não é tanto o acto de "matar" outrém que motiva mas sim o facto de atirar, de ter o poder de decidir quem ou o que sobreviverá. Explicar não terei as bases científicas suficientes para explicar objectivamente o fenómeno mas cá para mim isto cheira-me a caveman. Memso tendo consciência deste fenómeno uma vez dentro do jogo o racional é subplantado pelo instintivo animalesco que temos dentro de nós.
sexta-feira, novembro 03, 2006
Um Rambo em potência
Tenho em mim um autêntico Rambo em potência que amanhã vai aparecer no jogo de Paintball em que vou participar. Já tenho a fitinha vermelha só falta o defeito na fala. Bom fds !!!!
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