terça-feira, março 29, 2005

Polícias e ladrões

As visitas matinais ao típico café Português são profícuas numa série de eventos e até mesmo cultura. Para além do típico pacote de açúcar no chão, o Correio da Manhã faz as suas honras na mesa do café. Como é de conhecimento geral, o Correio da Manhã, é o jornal que traz as notícias de faca e alguidar. A sogra que mata o genro, o genro que mata a sogra, a disputa que acaba em morte e outras notícias do real e concreto Portugal Português. Apesar disso, tenho vindo a verificar que, ultimamente, as notícias acerca de homicídios têm agora um novo elemento, a arma de fogo com calibre de guerra. Apesar de este tipo de arma de fogo ser ilegal em Portugal, o facto é que, a proliferação deste tipo de armas tem vindo a aumentar e quem sofre são as autoridades e as vítimas em si. Quantas armas existiram em Portugal nas mãos de indivíduos sem que estes sejam portadores de licença de uso e porte de Arma, e mesmo que tivessem essa referida licença, porque razão é que é permitido um cidadão fazer-se acompanhar de uma arma de fogo tão perigosa? Gostaria que o meu país não se tornasse uns Estados Unidos da América apesar de cá já existirem muitos cowboys e outras figuras do Farwest.
Já tivemos ou conhecemos alguém que já tenha sido alvo ou vítima de algum assalto ou outro tipo de acto de violência que tenha que ter sido dado conta às autoridades. Já ouvimos, por diversas vezes, queixas acerca da inoperância das autoridades policiais na resolução de uma série de crimes e, como não podia deixar de ser, queixamo-nos da Polícia. Como em todas as profissões há bons e maus profissionais e a Polícia não é excepção, contudo, penso por vezes se não será pedir milagres a indivíduos, os Polícias, que labutam a troco de míseros Euros ao final do mês. Um agente da autoridade que, em perseguição de um suspeito, danifique o veículo que conduz é obrigado a pagar as reparações no veículo, também, é obrigado a pagar do seu bolso o uniforme que eventualmente de tenha danificado durante a perseguição. O mais grave está no facto de, um policia que ganha mal, estar a arriscar a sua própria vida para deter um criminoso que, se for necessário, dias após a sua detenção está em liberdade ameaçando por vezes a integridade física do agente ou da sua família. Sabendo que o sistema judicial Português é capaz e feitos prodigiosos como a prescrição do caso Beleza entre outros, o que é que poderemos exigir a um agente da polícia? É sempre bom ver os dois lados da barricada.

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